Cézanne – OS JOGADORES DE CARTA (I)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

OSJOCAR

Na sua composição Os Jogadores de Carta, pintada com uma grande gama de cores, Paul Cézanne restringe ao máximo os elementos, dando ênfase ao núcleo principal: uma mesa com uma garrafa de vinho e, frente a frente, dois homens jogando cartas.

As duas figuras mostram-se rígidas e extremamente concentradas, com os braços recostados à mesa e o rosto voltado para as cartas que têm às mãos. Ambos usam chapéus, de tipos diferentes, e parecem ter a mesma estatura. O jogador da esquerda, pintado com cores mais fortes, fuma um cachimbo e mostra-se mais tenso, com o corpo ereto. O espaldar de sua cadeira está à vista. O segundo jogador, pintado com cores mais claras, mostra-se bem mais tranquilo, trazendo as costas encurvadas, não sendo visto em sua totalidade.

O eixo central do quadro é a garrafa de vinho, que recebe um reflexo branco, mas ela não está centralizada simetricamente na composição, pois encontra-se mais à direita. Ela leva o olhar do observador para as mãos dos dois jogadores, como se ele, o observador, estive aguardando a próxima jogada. O último plano é escuro, tendo apenas uma pequena parte clara. Os reflexos da luz artificial estão presentes no cachimbo, na toalha e na garrafa.

Concentrados no jogo, o rosto dos dois homens não expressam emoção. O artista pintou os chapéus, de modo a trazer mais informações sobre eles. O da esquerda usa um chapéu maior, com o bojo para cima, e aba para baixo. O da esquerda usa um chapéu amassado, com abas voltadas para cima.

Os Jogadores de Cartas são representados numa série de cinco telas, sendo esta pintura, com sua organização simétrica, e com delicadas variações nas cores, a mais famosa e solene. Todas trazem os personagens sentados em volta de uma mesa, também jogando cartas. Os modelos são trabalhadores das terras de sua propriedade de Jas Bouffan, retratados nos momentos de folga.

Curiosidade
Este quadro foi comprado em 2011, por mais de 250 milhões de dólares, na mão do magnata grego George Embiricos, que jamais o emprestou para exposições ou se predispôs a vendê-lo, apesar das ofertas recebidas. Vendeu-o pouco antes de morrer. E, segundo a ARTnews, este era um dos quadros mais valiosos do artista em mãos particulares, uma vez que os outros quatro encontram-se em museus públicos.

Ficha técnica
Ano: c. 1890.1895
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 47 x 57 cm
Localização: Museu d´Orsay, Paris, França

Fontes de pesquisa
Cézanne/ Coleção Folha
Cézanne/ Abril Coleções
Cézanne/ Girassol
Cézanne/ Taschen
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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