CORONA-19 — PRIMEIRO A VIDA OU A ECONOMIA?

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Entrevista com Monica Bolle

As injustiças com as quais a gente convive não são sustentáveis no médio e longo prazo e deixam as economias extremamente vulneráveis quando a gente tem um choque como esse, causado por um vírus. A gente caminha para sistemas mais justos. (Monica de Bolle)

Vamos vencer o coranavírus com sabedoria e respeito à vida humana (Francisca Pereira da Rocha Seixas)

A economista e professora da Universidade Johns Hopkins em Washington, Estados Unidos, Monica de Bolle conversou com a TV 247 sobre a crise financeira mundial causada pela pandemia do novo coronavírus. Ela enviou um recado aos empresários brasileiros que insistem em afirmar que a crise da economia do País será mais grave que o próprio vírus. 

O dono da Havan, Luciano Hang, do Madero, Junior Durski, o diretor do Giraffas, Alexandre Guerra, e o empresário Roberto Justus, além de Jair Bolsonaro, já defenderam que o Brasil não pare por conta do coronavírus por acreditarem que a crise econômica trará mais danos ao País do que a pandemia em si. Monica de Bolle desmontou este argumento e esclareceu que, caso a pandemia seja tratada com descaso, os brasileiros terão que reconstruir o país como um todo, e não só a economia.

“Esse argumento não tem base científica nenhuma. Vou passar um recado bem duro aqui para os empresários que pensam isso: vocês estão brincando com o colapso dos países ao dizer uma coisa dessas, vocês não estão brincando com o colapso da economia, vocês estão brincando com o colapso de um país. O que acontece se uma epidemia foge de controle e mata tanta gente quanto essa mata, sobretudo com a sobrecarga do sistema de saúde, o que acontece é: colapso social, colapso político e colapso econômico, que tal? Isso a gente não sabe reconstruir. A gente sabe reconstruir a saída de uma epidemia se as medidas sanitárias que tiverem sido adotadas estiverem no lugar, mesmo que isso cause um quadro de depressão econômica a gente sabe reconstruir uma economia depois de um quadro de depressão econômica, mas a gente não sabe reconstruir um país depois de um colapso generalizado, que é o que acontece se vocês deixarem a epidemia correr solta”.

Monica disse que espera que o Brasil saia da crise com menos descrença na ciência e sabendo da importância do fortalecimento do multilateralismo. “Aqueles governantes e aquelas pessoas que hoje são anticiência, antieducação, terraplanistas de vários tipos, esses aí eu espero que sumam do mapa depois que essa epidemia acabar. A outra coisa é o renascimento do multilateralismo. Eu acho que uma das coisas que a gente vai ver na saída dessa crise, por necessidade, porque os países têm que trabalhar juntos, não têm alternativa, vai haver eu acho uma refundação do multilateralismo com bases diferentes daquelas que foram firmadas no pós-guerra”, disse, lembrando que foi o que ocorreu também após a Segunda Guerra Mundial.

Questionada sobre a necessidade de cortar salários dos servidores, a economista disse que não é a hora de discutir redução de salários e classificou como “desmiolado” quem coloca este tema em pauta. Ela pontuou que quando for preciso discutir cortes salariais, é necessário discutir primeiramente os cortes em supersalários.

Para a professora, os governadores brasileiros estão corretos em trabalhar em conjunto e sem dependerem do governo federal. A economista falou também que o ministro da Economia, Paulo Guedes, está isolado. “O Paulo Guedes já colocou um cordão de isolamento em torno dele próprio. Hoje, se por acaso for aprovada a medida da renda básica emergencial, ela derruba completamente os planos que o Paulo Guedes tinha desenhado anteriormente. Já é um sinal do Congresso Nacional trabalhando para o país em vez de ficar aí dependendo de um Executivo que não faz nada”.

Ela também ressaltou que o Brasil não vai quebrar com a crise por conta da dívida pública. “Vamos lembrar o seguinte: a dívida pública brasileira está praticamente toda denominada em reais. Quem é que detém essa dívida? Os bancos, as instituições financeiras, os veículos de investimentos. Os bancos vão começar a jogar fora títulos da dívida pública ou não vão querer mais comprar títulos da dívida pública? Isso requer um esforço do governo, o Brasil já teve razões dívida/PIB extremamente elevadas e rolagens de dívida super curtas, a gente vivia isso nos anos 80”.

Monica disse acreditar que o País superará o coronavírus e aprenderá a ser uma sociedade mais justa após este cenário caótico. “As injustiças com as quais a gente convive não são sustentáveis no médio e longo prazo e deixam as economias extremamente vulneráveis quando a gente tem um choque como esse, causado por um vírus. A gente caminha para sistemas mais justos”.

14 comentaram em “CORONA-19 — PRIMEIRO A VIDA OU A ECONOMIA?

  1. Hernando Martins

    Lu

    Excelente texto sobre a pandemia do novo coronavírus que o mundo está enfrentando!

    Vírus são organismos acelulares, incapazes de reproduzir fora de uma célula. Na ausência da célula ele morre, cristaliza. Sua estrutura é bastante simples se comparada a qualquer ser vivo na natureza. Um ser invisível é extremamente simples, mas capaz de provocar uma catástrofe no sistema de saúde e econômico do planeta, usando uma forma muito inteligente na sua disseminação.

    Num ambiente onde a natureza está íntegra, onde o equilíbrio é o fator primordial, não existe doença, porque todos os reinos estão em equilibrio, tudo está em homeostase.

    A partir do momento que o homo-sapiens lascou a pedra e transformou-a em arma, iniciou a transformação do planeta, sendo que toda mudança interna gera uma mudança interna. Como o desenvolvimento insustentável, exaurindo o planeta, o desequilíbrio tem acontecido em progressão geométrica, principalmente o ecológico gigantesco. O desenvolvimento econômico tem acontecido sem um mínimo de sustentabilidade.
    Como a natureza tem uma inteligência fenomenal, não tardamos em receber uma resposta.

    Esta pandemia pode ser uma mensagem para a humanidade, que não temos controle de nada e que somos insignificantes diante da grandeza do Universo, devendo parar de brincar de ser deuses. Neste momento todos somos iguais e o acometimento do novo coronavírus é democrático, atingindo ricos, pobres, negros, brancos, amarelos, independentemente de qualquer preconceito.

    Certamente,a vida está acima de tudo, inclusive da economia! O capitalismo só consegue as riquezas através da exploração do trabalho, do controle do tempo alheio. Através do que ganha na exploração da mão de obra (mais valia),promove acumulação de riqueza. Para sustentar a economia é necessário que o trabalhador esteja com as condições físicas e psíquicas equilibradas para estabelecer a produtividade, imprescindível ao desenvolvimento econômico.

    O Pai da Medicina, Hipócrates, já dizia há 370 a.C:
    “Não tenha planos de saúde, tenha saúde sem planos”.

    A prevenção e a cura de praticamente todos os males estão na natureza. Mantenham-se lúcidos, alimentem-se de uma forma consciente e vejam por si próprios as mudanças em benefício da vida.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Hernando

      Alegra-me muito o nível de comentários aqui expostos, sendo possível apreender sobre vários campos da vida. Trafegamos desde a invisibilidade do coronavírus-19 e os grandes estragos feitos à importância de se manter o isolamento social, sobretudo para não esfacelar o sistema de saúde, ocasionando mais mortes.

      As autoridades governamentais não podem dizer que foram pegas de surpresa. Já tiveram o exemplo da China, Itália, Espanha e EUA. Se não aprenderem com o exemplo de tais países, melhor seria dar o lugar para pessoas mais capacitadas. Sem dúvida alguma, o posicionamento dos governadores em vários Estados brasileiros é o maior responsável pela redução do número de mortes, o que contrasta com o do dirigente mor.

      Gostaria muitíssimo que os empresários com postura genocida tivessem acesso ao seu pensamento:

      “Certamente,a vida está acima de tudo, inclusive da economia! O capitalismo só consegue as riquezas através da exploração do trabalho, do controle do tempo alheio. Através do que ganha na exploração da mão de obra (mais valia),promove acumulação de riqueza. Para sustentar a economia é necessário que o trabalhador esteja com as condições físicas e psíquicas equilibradas para estabelecer a produtividade, imprescindível ao desenvolvimento econômico.”

      Também comungo com os seus dizeres:

      “Esta pandemia pode ser uma mensagem para a humanidade, que não temos controle de nada e que somos insignificantes diante da grandeza do Universo, devendo parar de brincar de ser deuses. Neste momento todos somos iguais e o acometimento do novo coronavírus é democrático, atingindo ricos, pobres, negros, brancos, amarelos, independentemente de qualquer preconceito.”

      Obrigada, meu caro, por contribuir com este espaço num momento tão sofrido da vida nacional e mundial.

      Abraços,

      Lu

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  2. Kat

    Sempre falei que essa quarentena revelou os graves problemas sociais que já existiam e a podridão da elite brasileira.

    Não me surpreendi dos grandes empresários desdenharem a vida dos idosos ou mandar o povão trabalhar, fazendo carreata, protegidos dentro dos carros de luxo. A elite e sua família está segura, para eles sempre terá um ventilador.

    Não podemos dizer o mesmo da classe trabalhadora que sai para trabalhar cedo e volta tarde, utiliza ônibus e trem lotados, alimenta-se mal e passa a adquirir doenças crônicas precocemente (HAS/DMII, Burnout, depressão, Transtornos ansiosos e etc.) por falta de tempo e dinheiro para se cuidar, da classe baixa que há tempos não vê a carteira assinada, do povo das comunidades onde uma boa parte não sabe o que é saneamento básico, e ainda morre vítimas de doenças causadas pela situação de pobreza, como diarreia e parasitoses. Até a classe média que utiliza convênios, tem um pequeno negócio como fonte extra de renda e notam a precariedade do sistema privado de saúde com baixo número de trabalhadores e consultas express.

    O povo tem que se unir. É a Elite que depende dele para sustentar seus luxos. O Brasil há tempos vive um boom de trabalhadores informais (sob o contexto de empreendedorismo). Os últimos dois governos nada fizeram para mudar esse cenário, pelo contrário até estimulam a fim de agradar o empresariado. Quem pega metrô em SP sabe: você entra no vagão e vê vendedores clandestinos de todas as idades vendendo, brigando entre si para vender e até pedindo moedas. E conversando com um deles, eles acham privilégio ter carteira CLT. O número de moradores de rua aumentou. Isso tudo é a falta de um Estado forte para resolver ou minimizar os problemas sociais.

    E uma coisa é certa, funcionou perfeitamente: Se não fosse a decisão dos nossos Governadores estaríamos vivendo uma hecatombe e a única porta-voz do povo seria a imprensa, anunciando os milhares de mortos.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Kat

      Sinto-me privilegiada ao contar neste espaço com leitores tão conscientes, cidadãos de primeira linha, envolvidos com os problemas fundamentais desta nossa pátria chamada Brasil. As verdades aqui expostas por você e pelos demais comentaristas é uma prova de que ainda existem seres pensantes, atuantes e preocupados com o nosso povo, cuja imensa maioria ainda se vê marginalizada, sem ter acesso aos direitos básicos de um povo. Tais vozes crescem cada vez mais, o que é um alento para nós, cidadãos ávidos por mudanças capazes de tratar as desigualdades que aviltam este país como nação.

      A verdade sobre as nossas elites é um soco na cara. Um pequeno exemplo de como são egoístas é o fato de as empresas de produtos hospitalares terem aumentado os materiais de extrema necessidade, neste momento da pandemia, para salvar vidas, como as máscaras e aventais hospitalares, em mais de 3.000%. Nossas elites não são solidárias nem mesmo nos estados de suma gravidade pelos quais passam seus conterrâneos. Penso que sejam as piores do mundo. Outro exemplo são as “carreatas da morte”, com os grã-finos protegidos dentro de seus carros, como bem disse você. Os Justus da vida jamais comparecerão às suas empresas, ali estarão os gerentes e operários, como front na garantia dos lucros.

      Diante de um governante federal genocida resta-nos aplaudir o exemplo dos governadores,sim, independente de qual partido seja, cujo punho forte vem impedindo que a pandemia perca o freio. Ainda assim existe a necessidade de pressionarmos o governo federal, onde se encontra a caixa de dinheiro que serve para impedir a quebra de bancos, comprar políticos, mas que não pode ser usada em benefício do povo. Os governadores têm deixado claro que o caixa de seus Estados vêm enfraquecendo a cada dia, necessitando da ajuda federal.

      Também não podemos deixar de elogiar o papel informativo da mídia responsável, sobretudo da TV Globo que repercute em todo o território nacional, mesmo nos rincões mais esquecidos, na frente desta batalha, lutando tenazmente contra um presidente lunático, serviçal das elites, terraplanista, inimigo da ciência e de seu povo. Gostaria apenas de enfatizar que não foram os últimos dois governos que preferiram bajular as elites. Foram TODOS os que passaram pela nossa República. Este é um traço de servilismo muito comum a todos aqueles que governaram o Brasil. E os que ousaram sair deste perfil acabaram mortos ou presos. Como você não citou nomes, ora faço o mesmo. Quem conhece a nossa história sabe muito bem como têm sido os agrados feitos às elites em detrimento da maioria da população brasileira.

      Kat, será sempre muito produtivo contar com a sua presença neste espaço, a fim de que, juntos, todos nós possamos contribuir para a tomada de consciência de nosso povo. Cada comentário aqui repassado é mais uma voz a juntar-se a muitas outras. E elas serão tantas que haverão de ressoar pelos quatro cantos de nossa pátria, promovendo mudanças.

      Um grande abraço,

      Lu

      Responder
  3. Rodolpho Caniato

    Prezada LU,

    Parabéns por mais um bom serviço prestado, enquanto entramos em um “túnel” cujo comprimento e escuridão ainda desconhecemos. Sensatas e oportunas as ideias da Dra. Monica Bolle. Também esperamos que diante desta grande “sacudida” do tabuleiro político, as “peças” possam se rearrumar num clima mais cooperativo para o país e para as pessoas: uma politização por via menos dolorosa. Talvez se nos imponha um caminho mais cooperativo tanto no Brasil quanto no “tabuleiro internacional”.

    A “peste” aqui foi tornada mais evidente com um presidente ostensivamente ignorante e estúpido e que tem por supremo “guru” um maluco astrólogo terraplanista.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Professor Caniato

      É com muita alegria que recebo o seu comentário com palavras tão sábias. O seu posicionamento é para mim de uma grandeza imensurável, pois sei o quanto o senhor fez por este país. Quanto às suas palavras relativas ao “esboço manchado” de mandatário de nossa pátria, penso ser esta a opinião dos brasileiros comprometidos com o Brasil. Que ele prossiga com seu guru terraplanista pelos quintos do inferno.

      Abraços,

      Lu

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  4. Mário Mendonça

    Prezada Lu Dias

    Se “nosso” presidente fosse um pouquinho esperto, poderia surfar numa onda positiva se demitisse seu “poste ipiranga”, colocando em seu lugar um Economista Progressista que desse carta branca para a Saúde Publica que atendesse toda a população neste tempo sombrio.

    Abaixo algumas sugestões:

    1 – Obrigar hospitais particulares a gratuidade;
    2 – Transformar hotéis em leitos de hospitais;
    3 – Transformar todos os Ginásios, Grandes Templos e Estádios em hospitais;

    Acho que sua popularidade iria ao pico, porém, creio que as elites e oligarquias que nos governam ao lado dele, se poriam contra.

    Abração

    Mário Mendonça

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Mário

      Você está corretíssimo, mas o presidente brasileiro é de uma estupidez a toda prova. Sua imbecilidade não seria capaz de tanto.

      Sua proposta, meu amigo, tem sido posta em prática pela Itália, Espanha, França e agora Japão e EUA. Mesmo os governadores de certos Estados estão levando à frente o que você propõe. É impossível não notar. Bolsonaro segue na contramão da História, querendo fazer um decreto obrigando os pobres a voltarem ao trabalho, pois os ricos ali não porão os pés com medo de serem contaminados por seus operários. Viu a “carreata da morte”?

      Fiquei feliz ao receber o seu comentário. Já estava com saudades.

      Beijos,

      Lu

      Responder
  5. Ana Maria

    Olá, querida Lu!

    Obrigada por mais um texto esclarecedor em tempos tão difíceis.

    Após anos e anos de exploração da natureza, dos animais e de vidas humanas para alimentar a ganância de alguns poucos, o nosso planeta está dando o seu recado. Devemos mudar! Mas ela é tão generosa que nós temos a chance de reverter isso e sair com vida, porém, infelizmente muitas pessoas não estão aceitando o novo modelo de mundo que deve ser adotado para conseguirmos a salvação e harmonia.

    Eu seguirei com meus cuidados redobrados, por mim e pelo próximo, muita reflexão e orações. Não quero e não posso perder a fé de que o bem irá vencer!

    Um grande abraço.

    Ana Maria

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana Maria

      O nosso planeta foi sempre um grande mestre. Sempre que a avidez humana ultrapassa o limite do imponderável, ele dá o seu recado. Nada acontece por acaso. Tudo tem uma razão de ser. O que temos agora é uma aula de fraternidade, mostrando que todos somos irmãos e temos os mesmo direitos, ainda que nossa etnia seja diferente ou nossa condição social. Diante das calamidades ninguém está sozinho. Ou nos salvamos juntos ou naufragaremos todos. Não é possível salvar o rico, deixando o pobre morrer à míngua – o vírus não admite isso. Penso que a partir de agora a preocupação com as políticas de saúde pública não mais serão as mesmas… Temos a chance de mudar, como sabiamente afirma você. Só assim, juntos, estaremos a salvo.

      Penso que o mundo sairá melhor depois de passar por tudo isso.

      Beijos,

      Lu

      Amiguinha,

      Responder
  6. Edward Chaddad

    Ótimo argumento e excelentes as explicações dadas pela economista e professora da Universidade Johns Hopkins, em Washington, Monica Bollee, onde, ao final, deixou patente que;

    “As injustiças com as quais a gente convive não são sustentáveis no médio e longo prazo e deixam as economias extremamente vulneráveis quando a gente tem um choque como este, causado por um vírus. A gente caminha para sistemas mais justos”.

    Sobre este último aspecto penso que a pandemia, provocada pelo apavorante coronavírus, veio ensinar àqueles que defendem o estado mínimo, que ele, mesmo democrático, é um equívoco e nunca será a solução. O Estado deve ser forte para possibilitar educação, saúde e ação social, além, é claro, da segurança a todos os segmentos da sociedade.

    Vejam que não são só os recursos à saúde que irão propiciar a defesa de todos os segmentos da sociedade diante de doenças, mas, inclusive, a educação, que permite ao povo ter melhor compreensão do que ocorre e tomar as medidas necessárias, para a não propagação da doença.

    O povo tem que se alimentar melhor, para que possa ter saúde, melhores condições de imunidade que não permitam a fácil transmissão do vírus, o que nos mostra que as ações sociais são importantes.

    O Estado mínimo não irá dar proteção aos poderosos, se não há o mesmo tratamento para as classes menos favorecidos. O Estado tem que ser democrático, forte, insista-se, para ter condições de proteger a sociedade.

    E aí, talvez, compreendendo isto, possamos pensar em um País fortalecido, pois somos todos partes de uma sociedade, portanto, devemos ser tratados pelo Estado como iguais.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Edward

      Seu comentário levanta uma questão da maior relevância:

      “O Estado mínimo não irá dar proteção aos poderosos, se não há o mesmo tratamento para as classes menos favorecidos.”

      É exatamente isto que esta pandemia deixa patente. Não há como proteger a sociedade abastada sem que se proteja a classe trabalhadora e a classe marginalizada. Democrática, a pandemia faz tombar poderosos e desprotegidos, ricos e pobres… Não há como separar o ar que todos nós respiramos. Não há portões ou muros grandiosos que impeçam que a desgraça venha a alastrar-se por todas as vias da sociedade.

      Imagine, amigo, se o SUS tivesse sido extinto, como era a posição deste governo despreparado? A rede privada já teria fechado suas portas aos necessitados.

      Reafirmo o que escreveu:

      “E aí, talvez, compreendendo isto, possamos pensar em um País fortalecido, pois somos todos partes de uma sociedade, portanto, devemos ser tratados pelo Estado como iguais.”

      Grande abraço,

      Lu

      Responder
      1. Edward Chaddad

        É preocupante o fato de certos poderes estimularem a quebra da quarentena. Neste momento é levar milhares de brasileiros à morte.

        Infelizmente, embora os governos estaduais e municipais, em sua maioria, estejam se esforçando muito com a manutenção da quarentena (o Estado de São Paulo, com uma população aproximadamente de 40,8 milhões de pessoas, até o 13% dia, após o início da primeira morte pelo coronavírus, está com a taxa de mortalidade de 7,5 mortes por dia), eles precisam de apoio do governo federal.

        A China, com uma população de 1 bilhão e trezentos e oitenta e seis milhões, até o 13% dia do início da primeira morte pelo coronavírus, estava com a taxa de mortalidade de 1,3 mortes por dia, com quarenta social, sob pena de prisão. Por estes dados, uma média de 6 vezes mais do que a China. É aterrorizante o que poderemos passar quando o pico da crise estiver ocorrendo.

        Principalmente pela campanha que muitos paulistas (incentivados pelo governo federal) estão movendo para derrubar a quarentena social (há muita desobediência por aí, fruto inclusive de ignorância) e introduzir a quarentena vertical (só idosos e pessoas de risco).

        Que Deus nos ajude!

        https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/na-media-sp-tem-6-vezes-mais-mortes-por-coronavirus-que-a-china

        Responder
        1. LuDiasBH Autor do post

          Edward

          Quando o chefe da casa estimula a família à desobediência, fica realmente difícil conter o resto. O que vemos é uma irresponsabilidade total do presidente da República, contrária até mesmo ao Ministro da Saúde, já em vias de ser demitido por não rezar na mesma cartilha do Bolsonaro que diz abertamente estar de “saco cheio dele”. E só não foi demitido ainda por pressão dos militares, como podemos acompanhar na mídia. A equipe já está toda unida para renunciar junto.

          Portanto, meu amigo, devemos contabilizar toda a culpa ao senhor presidente da República e seu guru terraplanista, como diz acima o Prof. Caniato.

          Continuemos juntos!

          Abraços,

          Lu

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