Autoria do Dr. Telmo Diniz
A bronquite consiste, basicamente, na inflamação dos brônquios, que são os responsáveis por levar o ar inalado através dos pulmões. O surto pode durar algumas semanas, meses ou até mesmo anos, nos casos das bronquites crônicas.
Os casos agudos têm a ver com as viroses de inverno ou com o contato da pessoa com os chamados “alérgenos”, que são os poluentes ambientais. O tabagismo, entre os poluentes, é a principal causa de piora do quadro, que muitas das vezes evolui de uma simples bronquite para uma pneumonia bacteriana.
Tanto na forma aguda quanto na crônica, a tosse é o principal sintoma da bronquite. Nos casos agudos, ela pode ser seca ou produtora de secreções. Na crônica, é sempre produtiva, e a expectoração, normalmente clara no início, pode dar lugar a uma secreção amarelada e espessa, indicando a evolução para um quadro de broncopneumonia. Falta de ar e chiado são outros sintomas bastante comuns que podem também acompanhar os quadros de bronquite.
A bronquite aguda é uma doença autolimitada, que dura no máximo de dez a 15 dias. O tratamento é basicamente sintomático, com boa hidratação, uso de vaporizadores, de analgésicos e de descongestionantes quando necessários. Evitar a exposição aos poluentes ambientais é imprescindível para prevenir a piora do quadro ou a sua recorrência.
A medida mais importante no tratamento da bronquite crônica é parar de fumar, no caso dos fumantes, ou evitar ficar perto desses no caso dos não tabagistas. O uso de medicamentos broncodilatadores, antibióticos, xaropes mucolíticos e anti-inflamatórios deve ficar restrito aos casos que passam por uma avaliação médica criteriosa.
O objetivo final é sempre a prevenção dos surtos. Portanto, reuni alguns pontos importantes a serem observados por quem tem problemas com esse tipo de patologia:
- Inicialmente, pare de fumar se tem o hábito do tabagismo.
- A hidratação é sempre importante e, nos casos das bronquites, tem especial função, pois ajuda a fluidificar o muco das vias respiratórias, facilitando assim a expectoração – uso de mucolíticos pode ser útil nesses casos.
- Mantenha as mãos sempre limpas.
- Lançar mão do álcool em gel é uma atitude de prudência extra.
- O uso de máscaras poderá ajudar no caso de indivíduos que estejam em contato com poluentes ambientais.
- De igual forma, durante as crises, evite locais com aglomerações de pessoas e com ar-condicionado.
- A vacinação contra gripe e pneumonia é de suma importância.
- A automedicação com “xaropes” pode ser um problema, dado que determinados medicamentos inibem uma tosse produtiva, o que pode ser contraproducente.
Portanto, a busca por auxílio médico não pode ser negligenciada.
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