Autoria de Lu Dias Carvalho
O nome completo da composição é Rosto de Mae West Podendo Ser Utilizado como Apartamento Surrealista. Grande, não?
Quando teve contato com Hollywood, Dalí ficou conhecendo a atriz Mae West, uma das provocantes divas da época, carregada de “sex symbol”, que deixava os conservadores e puritanos vermelhos de vergonha com suas tiradas do tipo “Quando sou boa, sou ótima, mas quando sou má, sou melhor ainda.”. E, como não poderia deixar de ser, também acabou impressionando o pintor que tomando como base uma página de revist, onde estava o rosto da loiraça, usando desenho e lápis, guache e colagem, fez uma extravagante composição.
Os cabelos longos, loiros e cacheados da atriz são usados como a cortina que dá acesso à sala. No centro do aposento está o sofá, que nada mais é do que sua boca fechada. As narinas, encostadas na parede vermelha, transformaram-se na lareira, que tem sobre si um enorme relógio de pêndulo. Os olhos transformaram-se em quadros com molduras similares, pendurados na parede.
Tomando por modelo a boca da diva, cinco sofás foram produzidos em três versões diferentes, em 1938: um de feltro vermelho, outro de cetim rosa e o terceiro de feltro vermelho, mas contornado com preto. Dalí está, portanto, à frente de Andy Warhol, que produziu as suas muitas Marilyn Monroe.
Ficha técnica
Ano: 1934-1935
Técnica: guache, grafite e colagem sobre página de revista
Dimensões: 28,3 x 17,8 cm
Localização: The Art Institute, Chicago, EUA
Fontes de pesquisa
Dalí/ Abril Coleções
Dalí/ Coleção Folha
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Lu Dias
Fico me perguntando: como não gostar do mestre do surrealismo?
Suas obras são loucuras que quanto mais admiramos, mais aumenta nossa vontade de vê-las ou viagem.
Parece que ele fez cada obra para ficarmos observando a vida inteira, e descobrirmos uma novidade a cada olhada.
Sei que estou sendo redundante, mas como não ser?
Abração
Mário Mendonça