DOENÇA DE ALZHEIMER E DEMÊNCIA

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Os sistemas de saúde terão que fazer frente ao desafio que representa o envelhecimento da população, advertiu a Organização Mundial da Saúde (OMS), em uma série de estudos publicados este mês na revista médica The Lancet. Em 2020, pela primeira vez na história, o número de pessoas com 60 anos ou mais no mundo superará o de crianças com menos de 5 anos.

A pirâmide etária está se invertendo. Uma em cada sete pessoas será idosa em 2020. E em 2050, a população acima dos 60 anos será de 2 bilhões de pessoas (uma em cada cinco) contra os 841 milhões atuais, revela o estudo. É um crescimento vertiginoso. As pessoas estão vivendo mais e, consequentemente, os problemas de saúde crônicos também ocorrem com maior prevalência, como a Doença de Alzheimer, por exemplo.

A demência tem um impacto avassalador não só para a pessoa, mas também na vida social e emocional em cada uma das famílias e seus cuidadores. Quem convive com um idoso com Doença de Alzheimer sabe do que estou falando. A falta de compreensão e conscientização sobre a doença resulta, em última instância, em prejuízo para o adequado cuidado ao idoso.

Pensando nisso, algumas dicas para quem está cuidando de idosos (e para a família) com demência parecem oportunas. Existem estratégias que podem ser utilizadas pelo cuidador para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, e estabelecer um ambiente seguro e de confiança:

• Escrever rotinas das tarefas diárias, como horários para acordar, almoçar, tomar banho, medicamentos, dentre outros, estão na ordem do dia.
• O estímulo intelectual e os exercícios supervisionados são igualmente importantes.
• O cuidador (e a família) deve estar preparado para lidar com as diversas alterações cognitivas que fazem parte do quadro, incluindo os esquecimentos para fatos recentes, alterações de reconhecimento, dificuldade de fixação e de percepção, dificuldades na capacidade de julgamento, confusão mental e alterações de comportamento com irritabilidade, insônia, agitação, ansiedade, agressividades etc.

Portanto, o cuidador (e a família) deve estar pronto para se relacionar com alguém, que está progressivamente perdendo a memória, com muita paciência. Ouvir várias vezes “que dia é hoje”, falar de forma simples, utilizar bilhetes e colocar os objetos pessoais sempre no mesmo lugar são pontos importantes. Da mesma forma, deve utilizar calendários grandes, relógio com localização estratégica e quadro de horários. O cuidador deve ser o ponto de apoio e para as lembranças do idoso. São técnicas que ajudam bastante, porém, o essencial não pode estar “invisível aos olhos”: carinho, paciência e atenção por parte dos que rodeiam os idosos.

Nota: Idosa com um rosário, obra de Paul Cézanne

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