Autoria do Dr. Telmo Diniz
O ar engolido ou os gases formados no aparelho digestivo podem ser expelidos por via oral – a eructação (ou arroto) – ou pelas “vias baixas”, os chamados flatos. A maior parte deles é produzida no intestino por carboidratos (açúcares) que não são digeridos na passagem pelo estômago. Como o intestino não produz as enzimas necessárias para quebrá-los, eles são fermentados por bactérias que ali residem. Este processo é responsável pela maior produção e liberação de gases, que podem causar grande desconforto, pois provocam distensão abdominal, além é claro, do constrangimento social que podem desencadear, em especial entre as mulheres.
Nós eliminamos, “em condições normais de temperatura e pressão”, cerca de 1,5 litros ao dia de gases intestinais, onde 90% não tem odor algum. É isso mesmo! Ao contrário do que se pensa o “pum” geralmente não tem cheiro. O odor desagradável da flatulência é decorrente da ação de bactérias no intestino, que liberam pequenas quantidades de gases contendo enxofre.
Alguns alimentos estão implicados em aumentar a formação destes gases, a citar: feijão, ovos, cerveja, leite e derivados, batata, milho, farelo de trigo, brócolis, aspargos, alho, repolho, bebidas gaseificadas em geral, couve-flor e cebola. Um modo de tentar controlar a formação dos temíveis gases é através de uma dieta cuidadosa, evitando os alimentos que sabidamente agravam o problema. Mas aí vem a pergunta: “Mas eu gosto da maioria destes alimentos. Como fica isso, doutor? Não vou poder comer mais essas coisas?” Nada de desespero! Pode ser que um ou outro alimento deva ser eliminado de início, mas sabendo também que a ansiedade, a prisão de ventre, o sedentarismo e a má digestão contribuem para a piora do problema, podemos tomar atitudes para não sermos pegos de surpresa e em situações indesejadas.
Dicas simples
A auto-medicação, muito comum e errada, com uso de substâncias à base de dimeticona, somente alivia o problema temporariamente, mas não resolve. Algumas medidas podem ser de grande utilidade e, quem sabe, a pessoa até poderá voltar a se alimentar com aquilo que antes era um transtorno.
Dicas simples como aumentar a ingestão de fibras, como aveia, linhaça, granola, pães e torradas integrais, verduras e frutas, bem como dar um incremento no consumo de líquidos (água), irá melhorar o trânsito intestinal, tratando da constipação e reduzindo a formação dos flatos.
Reduza os níveis de ansiedade e tensão, com ajuda médica, se necessário. Mexa-se! Os exercícios físicos estimulam os movimentos intestinais. Aquelas pessoas que têm problemas com a digestão com certos tipos de alimentos, que têm sensação de “empanzinamento” ou “empachamento”, podem se beneficiar com o uso de substâncias que ajudam no processo de digestão. Em alguns casos, a prescrição de substâncias pro-bióticas (lactobacilos) também ajuda no desempenho intestinal e, consequentemente, na redução da formação dos gases. Em suma, a melhora do hábito alimentar, exercícios físicos e, eventualmente uma ajuda médica com maiores orientações poderão livrar a pessoa do “pânico do pum”.
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Lu,
De fato, a flatulência pode ser muito constrangedora em alguns lugares e ocasiões. Conta-se que, durante uma palestra para mais de quinhentas pessoas, um professor de uma respeitável e famosa universidade colocou o microfone sem fio que usava no bolso de trás da calça e assim, ficou com as mãos livres escrever no quadro branco. Porem, ele deixou cair a caneta e, quando abaixou para pegá-la, soltou um pum que naturalmente foi amplificado pelos autofalantes do sistema de som para toda a plateia.
Concluindo: atire a primeira pedra, quem nunca soltou um pum. Ou seria a primeira rolha? Sei lá.
Abraços,
Beto
Lu Dias
BOM DIA
Imagine todo mundo indo ao médico por causa de pum….
Soltar pum é uma delicia….será que há pânico por causa disso?
ABRAÇÃO
Mário Mendonça
Mário
É preferível ar solto do que ar preso.
O pânico só se apresenta quando o pum vem carregado no “perfume”, denunciando a sua origem… risos.
Abraços,
Lu