HARMONIA EM VERMELHO (Aula nº 92 A)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Um único tom não é nada em termos de cor; dois tons são um acorde, são a vida. (Henri Matisse)

Harmonia em Vermelho é uma refinada e elegante composição fauvista do pintor Henri Matisse. É também conhecida com vários títulos, tais como: Toalha de Mesa, ou Mesa Posta ou ainda Quarto Vermelho e ainda A Mesa de Jantar. Embora haja a presença de uma criada arrumando a mesa, o que se destaca na tela e fica impressa na mente do observador é a predominância da cor vermelha que se expande com força.

A princípio a composição era baseada em tons de azul (segundo a Abril Coleções) ou verde (segundo a Taschen) que substituía o vermelho, mas depois de pronta e pendurada na parede de seu estúdio, Matisse não gostou do efeito, não achando a composição “bastante decorativa”, pois, segundo ele, não havia contraste com a paisagem que se via através da janela presente na composição. A tela foi, então, refeita com a cor vermelha, e seu resultado agradou bastante o artista, ao reduzir todos os planos a uma dimensão única.

A parede e a mesa vermelhas presentes na tela são delimitadas por uma fina linha preta. Há na pintura uma corajosa composição das cores primárias: vermelha, amarela e azul, acrescidas do verde, cor secundária. Duas cadeiras estão em volta da enorme mesa, sendo que da presente à esquerda pode-se ver o assento. O marco da janela introduz o observador no jardim, onde se vê uma pequena casa e um céu azulado.

O motivo principal da composição é formado pelo jogo entre o desenho do papel de parede, o pano da toalha da mesa e os objetos sobre ela. Até mesmo a figura humana (observe o penteado da mulher e o modo como ela se inclina, fazendo uma linha curva com os ombros, braços cabeça e parte inferior do corpo), os objetos sobre a mesa e a paisagem (veja a sinuosidade das árvores) lá fora estão desenhadas e pintadas de modo a integrarem-se às flores do papel de parede.

Ficha técnica
Ano: 1908
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 180 x 220 cm
Localização: Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia

Fontes de pesquisa
História da arte/ E.H. Gombrich
Matisse/ Coleção Folha
Matisse/ Abril Coleções
Matisse/ Taschen

6 comentaram em “HARMONIA EM VERMELHO (Aula nº 92 A)

  1. Hernando Martins

    Lu

    Bela obra do artista Henri Matisse, O Quarto Vermelho, grande representante do Fauvismo. Apresenta o interior de uma casa com uma mulher arrumando uma mesa como cores vibrantes,predominando o vermelho, com detalhes em azul, que se unem com à parede, separados por uma linha muito suave, pouco observada pelo espectador. É evidente o primitivismo dessa obra, mostrando que o artista revela algo de seu interior, mostrando simplicidade. Apresenta cores vibrantes, característica marcante do Fauvismo.

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Hernando

      Henri Matisse foi um artista muito versátil que tinha muito gosto pela experimentação, tendo passado por alguns estilos. Esta obra é mesmo interessante. Depois de vê-la, ela fica marcada na nossa mente, talvez pela força do vermelho.

      Abraços,

      Lu

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  2. Marinalva Autor do post

    Lu
    Henri Matisse foi um grande artista do Fauvismo. HARMONIA EM VERMELHO é uma belíssima obra cheia de elegância e muito refinada. O vermelho é a cor que predomina. São cores fortes, porém harmoniosas, vivas equilibradas, tranquilas e serenas. Baseando-se na alegria das coisas simples do cotidiano da vida das pessoas. As cores e os temas abordados expressam tudo isso.

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Marinalva

      Henry Matisse foi um grande artista. Ele transitou por diferentes estilos. No Fauvismo ele criou belas obras, inclusive “A Dança” possui características fauvistas.

      Abraços,

      Lu

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  3. Adevaldo R. de Souza

    Lu,

    Ficou interessante o contraste entre o vermelho da toalha de mesa e da parede com a paisagem externa. As cores primárias possuem papeis bem definidos com suas propriedades. O azul, o amarelo e o verde dão formas e conteúdos, enquanto o vermelho harmoniza e faz o plano de fundo. Apesar das cores fortes, elas têm o poder de descansar a vista e induzir o observador ao imaginário da cena. A composição não tem nenhum ponto focal central.

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Adevaldo

      Realmente o contraste entre as cores chama bastante a atenção do observador. Matisse foi bem ousado ao tentar juntar tais cores. Ousadia era o que não faltava aos fauvistas.

      Abraço,

      Lu

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