HISTÓRIA EM QUADRINHOS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Apesar de várias décadas de estudos na busca pela origem da história em quadrinhos (HQs), deduções mostram que este é um trabalho inglório, pois toda cultura tem propensão para contar histórias, aliando texto e imagem. Assim, torna-se impossível definir qual foi a “primeira” história em quadrinhos a surgir. Contudo, a “pré-história” dos quadrinhos pode ser encontrada na Coluna de Trajano (monumento feito em Roma, pelo arquiteto Apolodoro de Damasco, onde figuras em baixo relevo contam a história da guerra contra os dácios), nas tapeçarias medievais, nos retábulos, nos pergaminhos asiáticos, nas estampas japonesas, etc.

O trabalho do caricaturista suíço Rofolphe Töpfer, o mangá do artista japonês Hokusai, a série britânica Ally Sloper e os funmies (“engraçados” – nome dado às primeiras histórias em quadrinhos nos EUA e demais países de língua inglesa, sendo posteriormente chamados de comics), que eram publicados nos jornais, entre o final do século XIX e o início do século XX, foram os responsáveis por trazerem as HQs à tona. Apesar de terem aparecido nas mais diferentes culturas, sempre houve um intercâmbio cultural entre elas, recebendo e irradiando influências. As histórias em quadrinhos, que já possuem mais de 150 anos de vida, também são conhecidas como mangá (em japonês), fumetti (em Italiano), comique (em francês), historietas (em espanhol), comics (em inglês), etc.

As HQs tiveram o ano de 1968 como uma data importante, pois foi quando grandes nomes dessa arte, tanto no Japão,  quanto na América do Norte e na Europa, concluíram que elas eram muito mais do que um mero divertimento infantil, mas também arte para os adultos. Muitos de nós adultos ainda nos lembramos de Astro Boy (de Osamu Tesuka), Tio Patinhas e Pato Donald (de Carl Barks), Tintin (de Hergé), O Pequeno Nemo (de Winsor McCay), etc.

Até algumas décadas após a Segunda Guerra Mundial, os quadrinhos não eram levados a sério, sendo vistos apenas como diversão efêmera. Seus criadores deveriam trabalhar dentro de normas traçadas por considerações comerciais, que delimitavam o gênero, o formato, a abordagem narrativa e o estilo gráfico, que fossem tidos como ideais e comercializáveis para o grande público. Não havia preocupação com o trabalho artístico, desde que se encaixasse nas regras estipuladas. Os quadrinhos estavam voltados, sobretudo, para as crianças.

As políticas de censura asseguravam que as revistas em quadrinhos estivessem direcionadas apenas ao público infantil e, por isso, não podiam comprometer seus valores morais, interferindo na educação das crianças. Por sua vez, as tiras de jornal, direcionadas aos adultos, podiam tratar de uma temática variada, com maior liberdade, nos EUA e na Grã-Bretanha. Os quadrinhos, no entanto, poucas décadas depois, passaram a se libertar das normas impostas.

Fonte de pesquisa:
Quadrinhos/Dan Mazur & Alexander Danner

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2 comentaram em “HISTÓRIA EM QUADRINHOS

  1. Edward Chaddad

    LuDias
    Lembro-me, e muito, do tempo pós guerra – década de cinquenta – quando lia e devorava gibis, as historinhas de quadrinhos. Eram a nossa diversão, vendida nas bancas de revistas, que mais a garotada gostava. Lembro que não havia televisão, que somente se iniciou mais tarde. Eu tinha um amigo – muito inteligente – que colecionava os tais gibis. Eu vivia lendo, em sua casa, de carona, todas as historinhas, como você menciona, voltadas às crianças e iniciantes da adolescência. Ele – esse amigo – passou a desenhar e fazer também suas historinhas em quadrinhos. Foi muito divertido esse tempo de minha vida.

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Ed

      Já levei muito puxão de orelha por causa de gibis.
      Meus pais achavam que esses enfraqueciam os estudos.
      Era a concepção de nossos pais à época.
      Mas eu os lia debaixo do cobertor, fizesse calor ou frio.
      Era um verdadeiro troca-troca entre colegas.
      Hoje, sabemos que é um grande estímulo para a criança.

      Abraços,

      Lu

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