Klee – REVOLUÇÃO DO VIADUTO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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O quadro […] é uma declaração de guerra contra os nacional-socialistas, que tinham conseguido reprimir toda a individualidade na Arte, sempre que esta recusou a uniformização. (Susanna Partsch)

A composição Revolução do Viaduto é uma obra do artista suíço Paul Klee, tida como sua contribuição no combate à arte fascista, tendo se transformado num dos quadros mais famosos do pintor. Embora os críticos sejam unânimes ao dizer que se trata de uma obra de cunho político e histórico, a opinião dos mesmos diverge quanto ao significado. Este tema recebeu cinco versões.

A composição, que possui forma retangular, apresenta um fundo escuro, tendendo para o violeta. Como se saíssem do fundo, doze arcos, com tamanhos e cores diferençadas, parecem caminhar, com seus pés de palhaço, desordenadamente, em direção ao observador.

A título de informação, vejamos algumas opiniões sobre os arcos:

  • Klee tinha por objetivo “mostrar as ameaças que constituem os movimentos totalitários” (visão dos críticos durante muito tempo);
  • mostram um mundo chegado à maturidade e que se vê espezinhado (Haftmann);
  • os arcos avançam “anunciando” um mau agouro ao observador;
  • mostram as retumbantes legiões castanhas (Schmidt)

Mas em 1987, Werckmeister publicou um artigo que joga por terra tais opiniões. Ele diz que a diversidade dos arcos, tanto na forma quanto nas cores, mostra exatamente o contrário, ou seja, a não conformidade com um “movimento totalitário”, que sempre prima pela uniformidade.  No quadro, os indivíduos são diferentes. Eles não querem fazer parte da ordem proposta pela revolução, que os transforma em meros números, eles fazem sua própria revolução, afirmando-se como indivíduos.

Ficha técnica
Ano: 1937
Técnica: óleo sobre fundo de óleo sobre algodão sobre moldura de cunha
Dimensões: 60 x 50 cm
Localização: Hamburguer Kunsthalle, Hamburgo, Alemanha

Fonte de pesquisa
Paul Klee/ Taschen

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