MEDITAÇÕES  – MARCO AURÉLIO

Siga-nos nas Redes Socias:
FACEBOOK
Instagram

Autoria de Lu Dias Carvalho

Um dos livros que li no presente mês foi “Meditações”, escrito por Marco Aurélio, imperador romano – 4º imperador da dinastia dos Antoninos – que viveu no século II. Era senhor de uma refinada educação, nutrindo grande interesse pela filosofia. Apesar de já haver passado 19 séculos, seus pensamentos parecem ter sido escritos em nossos dias. Vejamos algumas citações do imperador sobre o que lhe fora ensinado:

  • Meu avô ensinou-me a boa moral e a dominar meu temperamento.
  • Minha mãe ensinou-me a piedade e a simplicidade na maneira de viver.
  • O meu bisavô descreveu-me a importância da educação e dos bons professores.
  • Com meu governador aprendi a valorizar o trabalho e a trabalhar com as minhas próprias mãos.
  • Diogneto (ver Carta a Diogneto) ensinou-me a não perder tempo com coisas insignificantes; a não dar importância àqueles que apregoam encantamentos e expulsão de demônios e coisas desse tipo; a não criar animais para lutar; a aceitar a liberdade de expressão; e a tornar-me chegado à filosofia.
  • Rusticus (cônsul romano) induziu-me a refinar o caráter e a disciplina; a mostrar-me disposto à reconciliação com aqueles que me ofenderam; a não aceitar o entendimento raso de um livro; e a ter cuidado com os que falam demais.
  • Apolônio (filósofo do mundo greco-romano) ensinou-me sobre a liberdade da vontade e a firmeza do propósito; e a não dar valor algum a quem não esteja imbuído pela razão.
  • Sexto (médico e filósofo grego) ensinou-me a viver em consonância com a natureza; a ter seriedade, mas sem afetação; a apreciar os amigos, mas relevar os ignorantes e aqueles que formam opiniões sem fundamento.
  • Fronto (gramático, retórico e advogado romano) instruiu-me a olhar com atenção a inveja, a duplicidade de comportamento e a hipocrisia que carrega um tirano.
  • Severus (irmão do imperador) ensinou-me a prezar meus familiares, a verdade e a justiça; a conscientizar-me sobre a necessidade de vigilância sobre mim mesmo; e a fazer prevalecer um regime em que haja a mesma lei para todos e os direitos sejam iguais.
  • Meu pai mostrou-me a não ter vanglória nas coisas que os homens chamam de honrarias e glórias. Aprendi com ele a olhar para o que deveria ser feito e jamais para a fama ou glória que é alcançada pelos atos de um homem. Aprendi que é possível um homem habitar um palácio e não viver como um deus, mas aproximar-se do popular, respeitando aquilo que deve ser feito para o bem público de uma maneira que convém a um governante.

Fonte de pesquisa:
Meditações/ Marco Aurélio/ Editora Pé da Letra

4 comentaram em “MEDITAÇÕES  – MARCO AURÉLIO

  1. Arlene de Lucena Ferraz

    Lu
    Filosofar é transformar o tédio em algo que beira o divino. Sonhar com um mundo igual para todos é sonho irrealizável. Infelizmente este é o mundo que os homens foram construindo ao longo dos tempos. É tão sólido toda essa estrutura de milênios que os homens adquiriram o sentimento de poder sobre a vida do outro.

    Responder
    1. Lu Dias Carvalho Autor do post

      Arlene

      Filosofar é buscar o conhecimento sobre si mesmo e sobre o outro outro, conforme apregoam os textos sagrados de todas as religiões. Mas o que chamou a minha atenção é que as meditações do imperador Marco Aurélio são do século II d.C., mas parecem ter sido escritas em nossos dias. A impressão que carrego é a de que a maioria da humanidade está involuindo, apesar de cada vez mais apregoarem o nome de Deus. É muito triste, embora nos países nórdicos a população já se encontra bem avançada. Você não me disse se gostou do meu livro.

      Beijos,

      Lu

      Responder
    1. Lu Dias Carvalho Autor do post

      Mário

      É uma pena mesmo, e ainda continua a apregoar o nome de Deus que, segundo os cristãos, é puro amor.

      Abraços,

      Lu

      Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *