Autoria de Lu Dias Carvalho
A composição São Gil e a Corça é obra de um pintor franco-flamengo desconhecido, cujo pseudônimo é Mestre de São Gil, de cerca de 1500, que possui poucas obras conhecidas, todas do estilo gótico tardio. Seu pseudônimo deveu-se à feitura de painéis dedicados a São Gil, também conhecido como São Gil, o Eremita. Segundo a lenda, o santo era filho de reis. Viveu como eremita, tendo apenas uma corça como companhia.
O painel, que foi provavelmente a parte central de um tríptico, apresenta o santo com uma flecha na mão. O rei e sua comitiva estavam caçando, quando este atirou uma flecha contra a corça, acertando o dorso da mão do santo, que protegeu seu animalzinho.
A cena mostra, em primeiro plano, o rei, ajoelhado ao lado de um bispo, pedindo perdão ao santo abraçado à corça. À sua direita, de pé, está um nobre da corte trajando um manto vermelho. Atrás, em segundo plano, está a comitiva do rei, um dos homens segura um arco.
Na arte medieval, a corça é o seu símbolo de São Gil, e seu emblema é uma seta. Ele se tornou o patrono das pessoas com deficiência física. Uma árvore divive do centro da tela e separa o santo com sua corça do rei e seu séquito. Ao fundo da composição vê-se uma cidade que, presume-se, seja Saint-Gilles-du-Gard.
Ficha técnica
Ano: c. 1500
Técnica: painel
Dimensões: 61,6 x 46,3 cm
Localização: Galeria Nacional, Londres, Grã-Bretanha
Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
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