Mestres da Pintura – Andrea Mantegna

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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O pintor e gravador Andrea Mantegna (1431-1506), filho do carpinteiro Biagio, é tido como um dos artistas mais importantes do Pré-Renascimento no norte da Itália. A sua aprendizagem teve início quando estava com 10 anos de idade, sob a tutela de Francesco Squariciona que o levou a conhecer a arte da antiguidade clássica. Squariciona tinha uma turma enorme de alunos, mas Mantegna era o seu predileto, contudo, inconformado por não receber comissões nas obras das quais participava, seu aluno deixou-o quando tinha 17 anos. Ao travar contato com as esculturas de Donatello e com as pinturas de Andrea del Catagno e Jacopo Bellini, Andrea Mantegna sentiu uma grande admiração por esses artistas e seus trabalhos. Veio depois a casar-se com Nicolosia Bellini, tornando-se genro de Jacopo Bellini.

Andrea Mantegna foi convidado a trabalhar na corte da família Gonzaga em Mântua, sob a tutela do marquês Ludovico Gonzaga. Foi necessário muito empenho por parte dos Gonzaga para que o pintor, então com 26 anos, resolvesse deixar a cidade universitária de Pádua, tentativa que durou três anos. Ele sabia que a vida de um pintor de corte era cansativa e cheia de tarefas não originais, tais como a decoração de casas de campo, a organização de festas da corte, etc., sem falar que Mântua não tinha lá muitos atrativos. Somente o bom pagamento convenceu o ambicioso artista. Para recompensar o atraso dos pagamentos, os Gonzaga enchiam-no de honrarias sociais.

Em Pádua o artista pintou, para uma igreja, uma série de murais que tinha por finalidade ilustrar a lenda de São Tiago, mas, infelizmente, durante um ataque ao lugar, durante a Segunda Guerra Mundial, grande parte da série foi destruída, deixando o mundo de contemplar grandes obras de arte desse primoroso artista. Uma delas mostra São Tiago sendo levado para o local em que seria executado.

A obra de Mantegna tornou-se famosa pela exatidão anatômica das figuras, pela incorporação de detalhes importantes e pelo virtuosismo da perspectiva. Tais inovações influenciaram não apenas seus cunhados Giovanni e Gentile Bellini, mas também os artistas do norte dos Alpes em razão de suas famosas gravuras em cobre. Os afrescos produzidos por ele em Pádua, causavam grande admiração em seus conterrâneos, quer pelas perspectivas empregadas, quer pelo retorno que fazia à Antiguidade Clássica em suas obras, época essa que estava sendo redescoberta. Também lhe agradava a cultura artística da corte, o modo como tratavam os artistas e a aceitação das novidades advindas do Renascimento.

Andrea Mantegna, além de um fantástico pintor, era também um exímio gravador que fazia seu trabalho em folhas de cobre. Cerca de 50 placas são atribuídas a ele, sendo as principais: Deuses Marinhos, Judite com a Cabeça de Holofernes, Triunfos Romanos, Hércules e Antaeus, Deposição da Cruz, Madona da Gruta e Ressurreição. Faleceu aos 75 anos de idade. Mantegna marcou a pintura de sua época, influenciando vários pintores como Albrecht Durer e Leonardo da Vinci, dentre outros. Contudo, sua maior herança foram as pesquisas sobre perspectivas ilusionistas.

Fontes de pesquisa
Los secretos de las obras de arte/ Taschen
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann

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