Michelangelo – ESCRAVO AGONIZANTE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

escravo

Michelangelo procurou conceber suas figuras, como se elas existissem ocultas no bloco de mármore, em que estava trabalhando, sendo sua tarefa remover a pedra que as cobria. (E.H. Gombrich)

 Ao contrário da criação de Adão, presente no teto da Capela Sistina, o Escravo Agonizante, também conhecido como o Escravo Moribundo ou Escravo Amarrado, do genial Michelangelo, retrata o momento em que a vida está se desvanecendo do corpo do jovem escravo. Ainda assim, é impossível não encontrar beleza nessa entrega final, quando o corpo não consegue mais resistir.

Apesar da morte aparente, o langor que transparece no rosto do escravo e a musculatura trabalhada de seu corpo quase sem vida são de uma beleza incomparável. O personagem nu, com apertadas faixas no peito, é vitimada por um espasmo longo e lento.

O artista não trabalhou o mármore por inteiro, deixando o pé direito do escravo, aprisionado ao bloco. A figura longa e sinuosa  foi executada em três ângulos:  os cotovelos e  o joelho que avança, exprimindo extensão em altura, lagura e profundidade.

Esta escultura, feita para adornar a base do túmulo de Júlio II, não chegou a ser colocada no monumento definitivo, sendo presenteada pelo artista a Roberto Strozzi, exilado na França,  onde se encontra até os dias de hoje. Michelangelo talhou no mármore, ao esculpir o Escravo Agonizante, uma obra de grande sensibilidade e beleza que parece real.

A base do túmulo de Júlio II tratava-se de um esmerado projeto, com fascinantes figuras de Escravos Amarrados. Ainda que tenha trabalhado nele durante quarenta anos, tendo sido muitas vezes interrompido e reduzido, o artista não conseguiu terminá-lo.

Ficha técnica:
Data: 1513 – 1516
Altura: 2, 29 m
Material: mármore
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fontes de pesquisa:
Gênios da Arte/ Girassol
Grandes Mestres da Pintura/ Coleção Folha
Grandes Mestres/ Abril Cultural
Renascimento/ Taschen
Tudo sobre Arte/ Sextante
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 Obras da Pintura Europeia/ Könemann
Os Pintores mais Influentes/ Girassol
Arte em Detalhes/ Publifolha
Góticos e Renascentistas/ Abril Cultural

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