Morisot – PSIQUE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Seu nome e seu talento já são muito importantes para nós, para que possamos prescindir dela. (Edgar Degas)

A impressionista francesa Berthe Morisot (1841 – 1895) veio de uma influente família. Seu pai era administrador e formado em arquitetura e sua mãe era sobrinha-neta de Jean-Honoré Fragonard, famoso pintor do Rococó. Foi copista do Museu do Louvre, onde teve a oportunidade de conhecer muitos artistas e professores, como Camille Corot, pintor de paisagens. Sob a influência dele ela começou a pintar ao ar livre. Foi a primeira mulher a fazer parte do grupo dos impressionistas. É tida como uma das grandes pintoras do Impressionismo, juntamente com Marie Bracquemond e Mary Cassatt. Seus trabalhos foram muito importantes na inovação deste estilo. Foi casada com Eugène Manet, irmão do pintor Édouard Manet.

A composição intitulada Psique, também conhecida como O Espelho de Vestir, é uma obra da artista que gostava de pintar mulheres fazendo sua toalete. O nome dado à pintura faz referência ao mito de “Amor e Psique”, encontrado na mitologia clássica. A postura dos braços da retratada, lembrando as asas de uma borboleta, pode ser uma alusão à imortalidade da alma, de acordo com a Psique do século XIX. Este quadro foi apresentado na exposição impressionista de 1877.

Morisot apresenta uma mulher ainda muito jovem, concentrada na sua imagem refletida num grande espelho, entre duas janelas que contribuem para a iluminação total da cena. Atrás da jovem, próximo à janela, encontra-se um sofá cujo tecido é muito parecido com o da cortina. As manchas e pintas – vistas no tapete de fundo vermelho que cobre todo o chão do ambiente – lembram uma pintura floral, realçada com os tons claros presentes no quarto. A moldura do espelho retangular, mostrando o reflexo da jovem, atinge a parte superior da tela, criando um quadro dentro do outro.

A mulher retratada traz as mãos nas costas, abaixo da cintura, lidando com o fecho de seu corpete branco. A manga esquerda de sua vestimenta, feita com pinceladas imprecisas, está a cair-lhe pelo ombro. Seu cabelo castanho encontra-se preso num coque e no pescoço ela traz uma fita preta. Tudo no seu quarto burguês exala naturalidade e bem-estar. Ela age serenamente, como se tratasse de uma tarefa rotineira à qual dedicava seu tempo com prazer.

A pintora usou pinceladas largas e livres em diferentes direções de sua tela. As transparências e as diferentes texturas apresentadas dão suavidade e leveza à obra. É sabido que ela costumava usar sua própria casa como cenário, apresentando seus móveis e objetos pessoais. Este quarto com espelho – dele visto apenas uma pequena parte – era o quarto da artista.

Ficha técnica
Ano: 1876
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 65 x 54 cm 
Localização: Museu Thyssen-Bornisza, Madri, Espanha

 Fontes de Pesquisa:
Impressionismo/ Editora Taschen
https://deanimaverbum.weebly.com/de-anima-verbum/berthe-morisot-a-primeira-
https://remi.uninet.edu/arte/morisot.htm

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