Beleza é a adaptação de todas as partes proporcionalmente, de modo que não se pode adicionar ou subtrair ou alterar, sem prejudicar a harmonia do todo.
O italiano Leon Battista Alberti (1404 – 1472) foi uma das figuras maiores da Renascença italiana. Embora hoje seja conhecido principalmente como arquiteto, também foi pintor, escultor, compositor, autor, poeta, dramaturgo, matemático, humanista e filósofo. Pela sua cultura e versatilidade, tem o seu nome associado ao do grande Leonardo da Vinci, outro gênio do Renascimento.
Alberti definia a pintura como “uma projeção de linhas e cores numa superfície”, e insistia para que os artistas tivessem conhecimento da poesia e da retórica, assim como certa dose de cultura geral, de modo a retratar os seus temas com propriedade.
Esse homem universal elevou a arte, até então tida como mero artesanato, ao nível de uma ciência, dando a ela uma abordagem humanista. Além de seus textos teóricos sobre como pintar e das profundas explicações sobre perspectiva, ensinava nos seus tratados os critérios próprios para avaliar uma pintura ou qualquer outra arte. Para ele “a beleza é uma espécie de harmonia e acordo entre todas as partes” e estas devem formar um todo, “de acordo com certa ordem, como a do princípio da simetria, a lei mais importante e mais perfeita da natureza”.
As principais ideias de Leon Batistta Alberti referem-se ao traçado dos contornos, a estruturação da composição e o uso da cor. Para ele, somente a harmonização desses três elementos poderia conduzir a um bom resultado. Uma de suas célebres frases foi:
Uma obra está completa quando nada pode ser acrescentado, retirado ou alterado, a não ser para pior.
Ensinava Alberti que as várias partes do corpo devem corresponder entre si em tamanho, caráter, propósito e outras qualidades, pois, “se numa imagem a cabeça é muito grande, o tronco pequeno, as mãos largas, os pés e o corpo inchados, a composição seria decerto feia”. Compara o quadro a “uma janela aberta para o mundo”, afirma que “a perspectiva nos mostra o mundo tal como Deus o fez” e complementa: “fixo o ponto de vista onde eu quiser”. Ao mostrar o homem como princípio de ordem do mundo, expõe sua visão humanista.
No tratado de arquitetura de Alberti, publicado por volta de 1450, ele aborda a questão das proporções harmoniosas aplicadas aos edifícios, que toma como premissa o fato de que a beleza é o resultado da harmonização de todas as partes num todo unificado. Dando ênfase ao princípio da proporção, em que cada parte deve ser unificada e independente, e, ao mesmo tempo, encerrar a harmonia do conjunto.
Leon Battista Alberti personificou o ideal renascentista do «uomo universale», ou seja, o letrado humanista capaz em numerosos campos de atividade.
Fontes de pesquisa:
1000 Obras-Primas da Pintura Européia
Wikipédia
Ciência Viva
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Lu Dias
Pena que na sua época ainda não existiam os pintores surrealistas, como o maior de todos, Dalí, pra ele ter uma visão diferente…
Abração
Mário Mendonça
Mário
Sempre que vejo uma obra do Dalí, eu me lembro de você.
Estou trabalhando com os mais antigos, para chegar nele.
Não me esqueci de você.
Abraços,
Lu
Querida Lu Dias
Fico feliz de saber que tu te lembras de mim.
Abração
Mário Mendonça