O PRÉ-DIABETES – LUZ AMARELA

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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É uma condição clínica que precede o diabetes tipo 2. É neste momento, através dos exames de sangue, que os níveis de açúcar (glicose) estão começando a ficar elevados, e os níveis de insulina também. O pré-diabetes é muito conhecido pelo estado de resistência à insulina, quando o pâncreas passa a produzir insulina em excesso na tentativa de controlar os níveis de açúcar no sangue. O pré-diabetes é fácil de detectar e fácil de tratar.

Se considerarmos que a população total no Brasil é de pouco mais de 200 milhões de pessoas, estima-se que o pré-diabetes atinja cerca de 40 milhões e, na grande maioria dos casos, as pessoas estão assintomáticas. Entretanto, a glicose alta vai solapando os órgãos aos poucos, podendo culminar com as doenças que mais matam no mundo (infarto cardíaco e derrame cerebral), além, é claro, de insuficiência renal, cegueira, entre várias outras complicações decorrentes do diabetes.

O principal fator de risco é o ganho de peso. Com o aumento ponderal, o pâncreas passa a produzir mais e mais insulina na tentativa de controlar os níveis de açúcar. No entanto, o organismo não interpreta este aumento na produção de insulina de forma benéfica, e o estado de resistência insulínica aparece, fazendo com que, apesar de muita insulina estar disponível, ela acabe funcionando pouco. Portanto, quando a glicose de jejum estiver entre 100 e 125mg/dl considera-se estado de pré-diabetes. Existem também vários casos nos quais a glicose ainda está em patamares normais, entretanto, os níveis de insulina estão drasticamente elevados, demonstrando que a pessoa está caminhando para o pré-diabetes. O ganho de peso, a genética, o sedentarismo e uma alimentação baseada em alimentos hipercalóricos estão todos envolvidos como causas do pré-diabetes.

Na maior parte dos casos, o tratamento vai se iniciar com orientações para modificação de hábitos de vida, ou seja, dieta com redução de calorias, gorduras saturadas e carboidratos, principalmente os simples, além do estímulo à atividade física. Em alguns casos, o médico poderá optar por iniciar tratamento com medicação para prevenir a evolução para o diabetes. Nos pacientes que estão com sobrepeso ou obesidade, a perda de cerca de 10% do peso corporal já leva a uma melhora drástica. Com o uso associado de medicação, é possível evitar a progressão do pré-diabetes para diabetes em vários casos.

As mudanças do estilo de vida são o pilar do tratamento. Sabendo que é um quadro reversível, a preocupação é que o paciente adote novos hábitos saudáveis. Atividades físicas programadas (cerca de 30 minutos cinco vezes por semana), dieta com redução de carboidratos simples por carboidratos complexos, diminuição do consumo de gorduras saturadas e aumento do consumo de fibras e carnes magras são as medidas a serem tomadas para o controle completo do estado do pré-diabetes. Enfim, o tratamento baseia-se em melhora dos hábitos de vida. É fácil, só depende de você!

Nota: imagem copiada de diet.reynoldstocks.com

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