Hals – RETRATO DE UM CASAL

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Autoria de LuDiasBH

O pintor Frans Hals (c. 1583 – 1666) nasceu provavelmente na Antuérpia, quando as províncias holandesas e Flandres (atual Bélgica) ainda pertenciam à Casa Real espanhola. Seu pai Franchoys era um mestre tecelão. Sua família mudou-se logo a seguir para Haarlem, onde ele passou a maior parte de sua vida. As informações sobre sua vida até os 25 anos são bem escassas, embora se saiba que estudou pintura na Academia de Haarlem com o pintor e escritor Karel van Mander – cujos escritos são uma conhecida fonte sobre os primeiros pintores flamengos – e foi membro oficial da Guilda de São Lucas, à qual chegou a presidir.

A composição intitulada Retrato de um Casal ou também Casal em um Jardim é uma obra do artista em que fica claro a independência e a liberdade de seu estilo. Tendo ele visitado o estúdio de Peter Paul Rubens em Antuérpia, fica evidente neste trabalho que se trata de um retrato inspirado na obra do pintor francês, intitulada “Autorretrato com Isabel Brant”. Apesar da inspiração, as duas obras são bem diferenciadas em sua interpretação. Enquanto as figuras de Hals mostram-se despreocupadas e afetuosas, as de Rubens são bem circunspectas. O casal foi identificado como sendo Isaac Massa e sua noiva Beatrix van der Laen, embora alguns críticos de arte não concordem.

O casal burguês encontra-se sentado à esquerda da composição, encostado ao tronco de uma frondosa árvore, em primeiro plano, com o olhar voltado para o observador. A mulher traz a mão direita apoiada no braço do companheiro – simbolizando a união – e a esquerda no colo. Ambos mostram um semblante de incontida alegria, embora o olhar da mulher pareça revelar algo mais. Já é possível, com tal gesto, perscrutar a capacidade de observação que o artista viria a imprimir em seus trabalhos em seu período de maturidade.

A hera desce do tronco da árvore e rodeia  o lado esquerdo da mulher, enquanto um cardo, presente no canto inferior esquerdo, ao lado do homem, parece fazer uma alusão à Bíblia (Gênesis: 3;17). À esquerda do par, ao fundo, é vista uma vila iluminada pelo sol, uma estátua de mármore, uma fonte, um casal de pavões, lembrando o estilo dos pintores de Veneza. Os detalhes iconográficos mostram a vila como sendo o templo de Juno – a deusa protetora do casamento, cujo atributo era o pavão.

Um segundo casal, presente na paisagem, parece observar os retratados, enquanto dois outros observam a fonte. Pela semelhança com a paisagem dos venezianos paira a dúvida sobre seu real autor. Era muito comum, à época, tanto na Itália quanto nos Países Baixos, o fato de muitos artistas trabalharem em conjunto, cabendo a cada um deles uma parte da obra. Alguns eram especializados em pintar naturezas-mortas, outros pintavam figuras humanas, outros eram responsáveis pelas paisagens, etc. Isso acontecia porque os grandes mestres em razão do excesso de encomendas, como foi o caso de Peter Paul Rubens, precisavam contar com a ajuda de outros pintores.

O pintor Frans Hals, em 1910, assim descreve a pintura em seu catálogo de obras:

Em um jardim, um cavalheiro senta-se no primeiro plano à esquerda, sorrindo para o espectador. Sua mão direita está ao lado do peito e a mão esquerda pressionada ao lado, bigode e barba pontuda, usa um chapéu de feltro preto de abas largas, uma roupa de seda preta com gola de renda e pulseiras de linho finas. A mulher, curvando-se um pouco para a frente, com a cabeça virada para trás, três quartos, sorri maliciosamente para o espectador, a mão direita repousa sobre o ombro esquerdo do homem, a mão esquerda no colo, o vestido preto sob um vestido roxo, um ruff, um boné branco enfiado com uma fita rosa e pulseiras de renda. Por trás do casal estão as árvores. À direita, há um parque com casais felizes, um prédio, uma fonte e uma estátua.

 Ficha técnica
Ano: c. 1622
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 140 x 166 cm
Localização: Museu Frans Hals, Haarlem, Holanda

Fontes de pesquisa
Gênios da pintura/ Abril Cultural
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
https://www.wga.hu/html_m/h/hals/frans/01-1623/12coupl.html

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Hals – A BRUXA DE HAARLEM

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Autoria de LuDiasBH

O pintor Frans Hals (c. 1583 – 1666) nasceu provavelmente na Antuérpia, quando as províncias holandesas e Flandres (atual Bélgica) ainda pertenciam à Casa Real espanhola. Seu pai Franchoys era um mestre tecelão. Sua família mudou logo a seguir para Haarlem, onde ele passou a maior parte de sua vida. As informações sobre sua vida até os 25 anos são bem escassas, embora se saiba que estudou pintura na Academia de Haarlem com o pintor e escritor Karel van Mander – cujos escritos são uma conhecida fonte sobre os primeiros pintores flamengos – e foi membro oficial da Guilda de São Lucas, à qual chegou a presidir.

A composição intitulada Malle Babbe ou Cigana, mas sendo mais conhecida como A Bruxa de Harleem é uma das obras mais famosas do artista barroco em que predomina o movimento e a emoção. Trata-se de uma tela de grande originalidade, cuja linguagem, ao lado de “Dois Rapazes Rindo”, “O Alegre Bebedor”, “La Bohémienne” e “Monsieur Peeckhaering” mostraram novos caminhos para a pintura dos séculos que viriam. O pintor, nesta pintura, deixa claro o seu caráter brincalhão e a sua capacidade de observação do ser humano.

O artista barroco usa o retrato para repassar uma mensagem de moralidade. A personagem retratada é uma velha louca e bêbada. Ela traz no ombro esquerdo um mocho – designação comum a muitas aves de rapina. A presença do mocho como ave noturna representa o mau comportamento dos homens, evidenciado aqui pelo alcoolismo, cuja representação é o jarro de cerveja com a tampa aberta, seguro pela louca. Seu corpo sofre uma torção diagonal, elevando a ave à altura de sua cabeça, o que, ao lado da hierarquização dos motivos presentes na tela, amplia a força do retrato.

A louca é mostrada pelo artista com simpatia, sentada no canto de uma mesa. Seu sorriso é consequência tanto do abuso do álcool quanto da estupidez advinda de sua loucura. Ela aparenta conversar ou rir de alguém à direita da tela. Sua roupa simples retrata a época em que viveu. O retrato é ao mesmo tempo mágico e assustador e ganhou a admiração de inúmeros pintores, pois existem muitas cópias e variantes desta obra. Um de seus grandes admiradores foi Gustave Courbert que dela fez uma cópia. Existe uma série de obras relacionadas à pessoa real que serviu de modelo para Hans nesta pintura.

Ficha técnica
Ano: c. 1634
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 78,5 x 66,2 cm
Localização: Gemäldegalerie, SMPK, Berlim, Alemanha

Fontes de pesquisa
Gênios da pintura/ Abril Cultural
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
https://www.wga.hu/html_m/h/hals/frans/01-1623/12coupl.html

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Hals – A GAROTA CIGANA

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Autoria de LuDiasBH

O pintor holandês Frans Hals (c.1583 – 1666) foi aluno do pintor e escritor Karel van Mander e, posteriormente, tornou-se membro da Guilda de São Lucas, à qual chegou a presidir. Sempre colocando em destaque a figura humana, Hals tornou-se um reconhecido retratista da burguesia holandesa. Contudo, seus retratos eram extremamente realistas, uma vez que era dono de uma rigorosa capacidade de observação e expressão. Seu trabalho foi muito importante para a pintura de seu país ao dar início a um estilo nacional independente.

Em sua composição A Cigana – considerada uma obra-prima do artista – ele une a pintura de gênero com a de retrato. Apresenta uma sorridente e jovem mulher de faces rosadas que se encontra voltada para o observador, embora seu olhar esteja direcionado para seu lado esquerdo, como se olhasse para seus cabelos escuros que caem sobre os ombros. Usa uma blusa branca de mangas compridas com um ousado decote que deixa a descoberto a maior parte de seus seios unidos e fartos. Sobre a blusa usa um corpete vermelho.

Alguns historiadores de arte supõem que a retratada é uma prostituta. Acham que em razão da sensibilidade e capacidade de observação do artista, ele põe a nu a vida das pessoas marginalizadas socialmente, ao retratá-las individualmente. Para eles, a garota cigana aqui retratada, representaria a alegoria do tato, de acordo com as alegorias dos cinco sentidos criadas por ele.

A jovem é iluminada de frente por uma luz clara e direta. As cores presentes são as principais responsáveis por sua forma, bem mais do que a luz e a sombra. A exuberância da luz e das pinceladas coloridas da técnica de Frans Hals transmite a sensação de uma alegria sem constrangimento, trazendo vida à obra. O manuseio da tinta pelo artista tornou-se um meio de expressão em si mesmo. É por isso que muitas de suas obras mostram-se ainda hoje extremamente modernas.

Ficha técnica
Ano: c. 1630

Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 88 x 52 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
http://www.wga.hu/html/h/hals/frans/03-1630/32nogyps.html

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Mestres da Pintura – FRANS HALS

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Autoria de LuDiasBH

O artista deve aproximar-se menos da coisa retratada, a fim de representa-la com maior clareza. (Descartes)

 O pintor Frans Hals (c. 1583 – 1666) nasceu provavelmente na Antuérpia, quando as províncias holandesas e Flandres (atual Bélgica) ainda pertenciam à Casa Real espanhola. Seu pai Franchoys era um mestre tecelão. Sua família mudou-se logo a seguir para Haarlem, onde ele passou a maior parte de sua vida. As informações sobre sua vida até os 25 anos são bem escassas, embora se saiba que estudou pintura na Academia de Haarlem com o pintor e escritor Karel van Mander – cujos escritos são uma conhecida fonte sobre os primeiros pintores flamengos – e foi membro oficial da Guilda de São Lucas, a qual chegou a presidir.

O primeiro trabalho conhecido de Hals foi Retrato de Jacobus Zaffius que faz parte de uma gravura de Jan van Velde. Essa obra contém as características dos trabalhos do artista que viriam, ou seja, as influências recebidas do estilo clássico e qualidades de sua vivacidade e introspecção, assim como de sua personalidade marcante em que predominavam a independência, o otimismo e o bom humor.

Ao visitar o estúdio de Peter Paul Rubens em Antuérpia, Hals encontrou ali um quadro de Caravaggio denominado Nossa Senhora do Rosário que lhe causou grande admiração. Aprendeu com os dois pintores que era preciso ter coragem para ousar, até mesmo ao transgredir os preceitos tidos como irrefutáveis da pintura clássica. Foi baseando-se nessa concepção que Hals foi evoluindo como artista, embrenhando-se no universo do ser humano. A princípio trabalhou com o movimento, a energia e as formas do corpo humano. Depois passou a captar suas características psicológicas, seus mistérios e o refinamento de seu espírito. Acompanhando sua trajetória, fortes contrastes entre luz e sombra, presentes em alguns quadros, viriam a conviver com outros com tons mais suaves e com uma distribuição equilibrada da luz.

A calvinista sociedade holandesa da época escandalizava-se com o modo de viver do artista, embora admirasse o seu talento e não deixasse de fazer-lhe encomendas de retratos. Dentre seus amigos estavam importantes funcionários do governo de sua cidade, homens cultos e filósofos, sendo Descartes um deles. Assim como preconizava o filósofo, físico e matemático francês, Hals passou a buscar o homem além de suas aparências, ou seja, desenvolvendo um grande interesse pela observação psicológica. Contudo, as mudanças na pintura do artista passaram a não agradar os burgueses da época, pois esses preferiam retratos convencionais com a finalidade de ornamentar os  salões de suas residências luxuosas.

Uma vez que os burgueses eram os responsáveis por fazer encomendas aos pintores, sendo, portanto, quem os sustentava materialmente, isso se constituiu num problema para Hals que preferiu enfrentar a miséria a seguir o gosto deles, o que acabou deixando suas dívidas num patamar elevado, não tendo ele nenhuma possibilidade de saldá-las, o que terminou na penhora de seus bens e por levá-lo à prisão, quando já era quase um septuagenário.

Além da vergonha da cadeia, ao se ver livre teve o pintor que contar com a boa vontade do governo da cidade para sustentá-lo com uma pensão oficial. O sofrimento do artista fez com que ele se aprofundasse ainda mais na indagação psicológica de seus retratados. Seu olhar também se tornaria mais perspicaz e ressentido. Veio ele depois a pintar os regentes do asilo de velhos, recebendo uma boa soma por esse trabalho, o que melhorou sua situação. Morreu Hals com cerca de 85 anos.

A obra realista de Frans Hals em que evidenciam a sua capacidade de observação e o seu forte poder de expressão foi, sem dúvida, o primeiro ponto alto da pintura holandesa, além de ser vista como o despertar de um estilo nacional independente, não mais atrelado aos elementos italianos. Estudos mais recentes comprovaram que a ideia passada sobre a vida libertina e o vício pelo álcool do pintor não correspondia à verdade. Hals pertenceu à Associação de Oratória de Wijngaertranken e à milícia cívica de São Jorge. Foi também membro da câmara de reitores e presidente do grêmio de pintores de Haarlem.

Fontes de pesquisa
Gênios da pintura/ Abril Cultural
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
https://operamundi.uol.com.br/historia/30475/hoje-na-historia-1666-morre-

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CONVERSANDO COM O CORAÇÃO

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 Autoria de Celina Telma Hohmann

O essencial é invisível aos olhos, e só se vê bem com o coração. (Exupéry)

Cada um com seu motivo e com seu tamanho de dor, mas cada um sabendo onde e como dói. E comigo não é diferente, por isso, quando estou triste, eu solto o meu menininho do coração. Vou lhes contar, minhas amigas e meus amigos, como eu criei esta abençoada criatura.

Certo dia, eu estava muito triste. Perdida, desolada, meio que com raiva e aí comecei a conversar com o meu coração – como faço até hoje. Nós dois estávamos conversando… Mas eis que me dou conta de que havia dentro dele um menininho. Pequeno, com roupinha meio diferente, mas muito bonitinho.

Ah, minha gente, abri sua portinha e chamei o menininho para fora. Vocês creditam que ele veio? Não só veio como começou a dançar à minha frente e a sorrir. Adorei aquele sorriso! Lembrei-me de que em algum lugar ou em algum livro havia uma menção à possibilidade de criar uma espécie de Círculo Mágico ou Protetor – não sei com exatidão, nem sei se ouvi ou li. Isso não importa!

O meu menininho veio.  Isso foi lá em 1991, não sei exatamente em qual mês, mas como aquele era um ano terrível para mim, pode ter sido em qualquer mês, não fazia diferença alguma. Após abrir a portinha do coração, eu aproveitei que o menininho já tinha saído e dei a ele uma lanterninha. A lanterninha do meu menininho é verde. A do seu menininho ou de sua menininha pode ser da cor que você quiser.

Quando estou triste, eu abro com o maior carinho a portinha do coração e chamo o meu menininho para conversarmos. Hoje já nem preciso chamar, pois ficamos tão amigos que ele está sempre a postos. E é tão fofinho! Sabe aquela criatura que ninguém pode ver, só a gente? O meu menininho é só meu! E como ele me ajuda! Ele dança, ele me cerca e me protege. Com ele por perto eu me sinto confiante. Por vezes, mesmo com um pouco de vergonha, eu tento abraçá-lo. Nunca consigo. Ele pula, salta, vai para o alto e não me deixa tocá-lo, mas não sai de perto de onde estou. É a figura mais presente nas minhas horas de tristeza e solidão.

Contei sobre este meu serzinho a uma menininha triste, quando ela se encontrava de mal com a vida, achando o mundo cinzento e sem saída. Hoje, nos nossos aniversários, sempre comentamos sobre os nossos menininhos. Talvez os dois tenham ficado amigos, mas nunca falaram sobre isso nem a mim e nem a ela.

O Pequeno Príncipe cita que ele amava os arrebóis. Conversando com o aviador, ele diz que toda vez que se encontrava triste, gostava de ver o pôr do sol e que num dia de tanta tristeza, ele o viu quarenta vezes. Imaginem, então, o tamanho de sua tristeza! Acho que a gente já viu tanto pôr do sol que já chegou a esse número tranquilamente. Mas são imagens criadas, obviamente, que nos põem num caminho de paz, alegria e amor.

Se cada um de vocês, amigos, criar um ninho ou uma casinha no próprio coração, colocando ali algum personagem, sempre que abrir a portinha terá o seu amigo ou amiga pulando à sua frente, fazendo-o sorrir. E terá a certeza de que só vocês dois conseguem entender o que aos outros pareceria uma bobagem.

Eu acredito que sempre há solução, portanto, garanto ao leitor que em nosso coração sempre temos o amigo perfeito para as horas boas e não tão boas. Depois me conte se o seu amiguinho é menininho, ou é um pássaro – pequeno, lindo e cheio de ternura – ou uma deliciosa nuvem que tem uma cor diferente, mas que é tão amiga, mas tão amiga, que quando a busca, ela vem grandona e abraça você com o abraço dos que amam só porque amam e pronto!

Desejo que o personagem criado por cada um de vocês habite o seu coração agora, já! É uma ordem, ainda que muito amável! Vocês todos vão adorar e nunca mais se sentirão sozinhos.

Obs.: O Pequeno Príncipe é um personagem retirado do livro do mesmo nome, cujo autor é Antoine de Saint-Exupéry

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Duccio – MADONA RUCELLAI

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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O retábulo Madona Rucellai, também conhecido como Nossa Senhora no Trono com o Menino e Seis Anjos, é tido como uma das primeiras obras do pintor italiano e pré-renascentista Duccio. Foi encomendado para o altar-mor de Santa Maria Novella, sendo tido como um dos maiores e mais influentes retábulos da época. Segundo inúmeros críticos, esta é uma das obras mais conceituadas da história da arte italiana.

A Virgem encontra-se num trono de madeira, ricamente trabalhado, sentada sobre uma almofada vermelha. Ela usa um manto azul-escuro sobre um vestido vermelho. No colo traz seu Menino que tem a mãozinha direita em formato de bênção, enquanto olha para a esquerda. Maria mira piedosamente o observador. Seis anjos alados – sendo três de cada lado – estão voltados para ela e seu Menino Jesus. Eles se apoiam no trono, como se assegurassem de que sua preciosa carga encontra-se segura. Todas as figuras trazem halos dourados, simbolizando a divindade de cada uma. O trono é ornado em cima com um tecido trabalhado, formando uma espécie de cortina.

O artista mostra em sua obra uma preocupação com o todo, dando aos pormenores grande atenção, como mostram as roupas e relações espaciais das figuras. Ainda que vestidas, é possível destacar os corpos dessas. As linhas que percorrem o manto da Virgem – de cima a baixo –  comprovam a influência da escultura do Gótico sobre o Duccio. Também é possível notar a influência de Cimabue na obra.

Ficha técnica
Ano – 1285
Técnica: têmpera sobre madeira
Dimensões: 450 x 292 cm
Localização: Galleria degli Uffizi, Florença, Itália

Fontes de pesquisa
Duccio/ Abril Cultural
1000 obras-primas da cultura europeia/ Könemann

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