Tiepolo – O TEMPO DESVENDANDO A VERDADE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor italiano Giovanni Battista Tiepolo (1696 – 1770) teve como mestres Lazzarini e os Antigos Mestres, como Ticiano, Tintoreto e Veronese, sendo muito influenciado pelo último. Trabalhou com a ornamentação de igrejas e palácios da aristocracia de Veneza, tendo recebido inúmeras encomendas. Artista renomado, cuja arte contribuiu para o engrandecimento da pintura italiana do século XVIII, fez trabalho para as cortes francesa, inglesa, espanhola e russa. Era inigualável como pintor de temas épicos. Sua pintura passou de tons sombrios para os claros e transparentes. Seus filhos Domenico, Lorenzo e Giovanni também foram pintores. Seu filho mais velho tornou-se seu principal assistente.

A composição intitulada O Tempo Desvendando a Verdade é obra do artista, possivelmente sua maior pintura de cavalete. Esta alegoria mostra como Tiepolo era criativo ao personificar conceitos abstratos. A composição possui um desenho dinâmico e cores expressivas. Os dois personagens apresentados são o Tempo e sua companheira – a Verdade. Também conta com a presença de um Cupido que parece segurar uma ampulheta que descansa sobre o globo.

O Tempo, sentado em seu carro, traz a Verdade escanchada em seu colo. Ele possui o corpo atlético e queimado pelo sol. Seu rosto mostra-se envelhecido, já coberto pelas rugas da idade. Traz nas costas duas grandes asas escuras que indicam força e determinação. Sua cabeça está levemente voltada para baixo.

A Verdade, por sua vez, é jovem, bela e altiva. Tem o pé esquerdo sobre o globo terrestre que representa as coisas terrenas, submissas ao seu poder. Está enlaçada pelo Tempo, mas mostra-se tranquila, enquanto é despida. Seu símbolo é o sol que aparece no céu, acima de sua cabeça.

No chão, em primeiro plano, estão os atributos de Cronos (o grande deus do tempo que rege os destinos e a tudo devora): a foice e a carruagem que simbolizam a morte, enquanto o Cupido que olha o Tempo e a Verdade fixamente simboliza o amor terreno que também se esvai, impotente diante do tempo que tudo destrói. A arara e o espelho representam os maiores inimigos da Verdade: a vaidade, a sensualidade e o engano.

Ficha técnica
Ano: 1758
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 231 x 167 cm
Localização: Museu de Arte, Boston, EUA

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://www.mfa.org/collections/object/time-unveiling-truth-33707

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TRANST. DO PÂNICO – TRATAMENTO E ABANDONO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Aceitar o diagnóstico é o passo mais importante para o tratamento de qualquer transtorno mental. O segundo – não menos importante – é seguir as prescrições médicas, pois quanto maior for a demora em fazer uso do medicamento e da terapia (quando indicada), mais severas tornam-se as crises, sendo os espaçamentos entre elas cada vez menores. Os psiquiatras, por entenderem que a Síndrome do Pânico acontece em razão de falha química no funcionamento do cérebro, prescrevem o uso de medicamento na fase inicial do tratamento. Segundo eles, é necessário controlar os sintomas e crises até mesmo para que a pessoa possa fazer uso da psicoterapia. Existem três formas terapêuticas para tratar a SP: psicofarmacológica (uso de remédios), psicoterapêutica (trabalha o pensamento e emprega técnicas de relaxamento) e as duas terapias juntas.

Uma das perguntas mais frequentes em relação ao tratamento é saber quanto tempo durará. Não se tem uma resposta exata, pois irá variar de uma pessoa para outra. Os especialistas respondem que esse tempo é de no mínimo seis meses a um ano, preferencialmente. Quem abandona o tratamento sem o parecer médico, após obter uma melhora, estará incorrendo num grande erro, pois além de as crises voltarem num curto espaço de tempo, elas tendem a ser ainda mais severas, trazendo dificuldades para a adaptação do organismo ao antidepressivo, ainda que seja o mesmo tomado anteriormente. Contudo, nem todos os pacientes abandonam o tratamento por vontade própria.

É sabido que todo antidepressivo traz em seu bojo efeitos adversos que passam depois de um determinado tempo de uso, à medida que o organismo vai se adaptando à nova substância. Infelizmente muitos profissionais não falam sobre isto com os seus pacientes. Ao surgirem os primeiros efeitos colaterais, a pessoa entra literalmente em pânico. Ela não entende como um remédio que está sendo usado para ajudá-la possa deixá-la pior do que antes de dar início ao tratamento. Sem orientação alguma, acaba abandonando abruptamente o medicamento, o que resultará em crises ainda mais agudas, pois em hipótese alguma o tratamento pode ser abandonado por conta própria. Somente o especialista poderá fazer mudanças, quando essas forem necessárias.

Outro problema relativo ao abandono do tratamento dos transtornos mentais é o preço exorbitante dos medicamentos. É sabido que muita gente não pode comprá-los. Sem falar que o retorno contínuo ao psiquiatra para pegar receitas é outro fator de oneração. Há especialistas que dão receitas apenas para dois meses, obrigando o cliente a voltar sempre ao consultório para uma nova consulta que, na maioria das vezes, consiste apenas na entrega de uma nova receita. Por isso, muitos pacientes recorrem ao clínico geral dos postos de saúde, levando a receita velha e pedindo uma nova. Mais do que justo, principalmente nos dias atuais, quando uma grande parcela dos brasileiros encontra-se sem emprego.

Os usuários de antidepressivos devem saber que esses também podem ser manipulados, ficando o preço bem mais em conta, principalmente quando se trata de uma quantidade maior, saindo, muitas vezes, pela metade do valor de uma caixa com 30 comprimidos. Há também farmácias que costumam fazer promoções, vendendo duas caixas e dando a terceira de graça. De qualquer forma é preciso pesquisar muito, optando sempre pelo medicamento com o melhor preço, sem se preocupar com o seu nome fantasia ou laboratório. Uma vez que o remédio encontra-se no mercado, ele já passou pela fiscalização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), devendo, portanto, ter a sua eficácia comprovada.

Nota: A Habitação Azul, obra de Pablo Picasso.

Fonte de Pesquisa
Revista Guia Minha Saúde/ Edição Especial

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Van Gogh – O CARTEIRO ROULIN

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Autoria de Lu Dias Carvalho

 Agora estou trabalhando com outro modelo, um carteiro de uniforme azul, adornado com ouro, um grande rosto barbado, muito parecido com Sócrates. (Van Gogh em carta a Theo)

O genial pintor holandês Vincent van Gogh (1853 – 1890) é, sem sombra de dúvidas, um dos grandes nomes da pintura universal, mas não é fácil falar sobre ele, pois suas paixões e sentimentos estão ligados à arte de tal forma que não é possível ater-se ao seu trabalho sem mergulhar na nobreza de sua alma impregnada de bons ideais, aos quais se entregou, a ponto de sacrificar a própria vida, pois nele tudo funcionava como um todo indivisível e exacerbante ao extremo. Contudo, a sua genialidade artística só foi reconhecida após sua morte. Mesmo tendo pintado 879 quadros em menos de uma década, só conseguiu vender um, A Vinha Vermelha, por um valor insignificante. Atualmente suas pinturas estão entre as mais caras do mercado das grandes obras de arte. Em 1990, o retrato O Dr. Gachet foi vendido por 82 milhões de dólares. Uau!

A composição denominada O Carteiro Roulin é uma obra do artista. Joseph Roulin foi um grande amigo que Van Gogh arranjou em Arles, quando ali passou dias atormentados em razão de seus transtornos mentais. Em sua correspondência a seu irmão Theo ele o mencionava sempre. Este não o único retrato do amigo pintado pelo artista, pois dele fez cinco, mas é o único completo, pois os outros só o retratavam da cabeça aos ombros. O pintor usou vários membros da família Roulin como modelos.

Joseph Roulin é mostrado como um personagem altivo, de olhar direto e penetrante. Está sentado numa cadeira, de frente para o observador. Traz o braço esquerdo apoiado sobre uma mesa verde e a direita no braço de sua cadeira. Suas mãos parecem nervosas. Sua barba é grande e compacta.  Seu corpo ocupa a maior parte da tela de fundo claro. Veste uma farda azul com oito grandes botões dourados na frente e um quepe onde se encontra escrito a palavra “Postes”.

Ficha técnica
Ano: 1888
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 81,5 x 65,5 cm
Localização: Museu de Arte, Boston, EUA

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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ACEITANDO OS OPOSTOS DA EXISTÊNCIA

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Autoria do Prof. Hermógenes

O Professor Hermógenes, um dos precursores da ioga no Brasil, escreveu mais de 30 livros sobre a saúde física e mental.  Neste texto retirado de seu livro “Yoga para Nervosos”*, ele nos ensina como lidar com as diferenças.

Alguém que diga que não pode passar sem isto e que tem horror àquilo é um joguete das circunstâncias. Quando possui ou desfruta as coisas que “adora”, está feliz. Quando lhe faltam, fica triste e ansioso. Quando consegue estar distante e protegido contra aquelas coisas que “detesta”, sente-se bem. Quando não, adoece.

Uma pessoa, assim, só conquistará sua mente e se sentirá realizada, quando desenvolver sama bhava (bhava, atitude psíquica; sama, igual). Só assim conhecerá satisfação, contentamento, equilíbrio e equidistância dos opostos da existência. É condição de maturidade. E, reciprocamente, gera maturidade. À medida que, por outros meios, a mente vai sendo conquistada, o homem vai deixando de ser um vinculado e um frágil, vai atingindo sama bhava ou equanimidade; vai triunfando sobre a dança das circunstâncias externas e ficando invulnerável, imperturbável, independente, incondicionado aos acontecimentos que lhe escapam ao controle.

O homem vulgar, em sua imaturidade, adoece dos nervos porque é extremado tanto no sofrimento como no gozo. Quando as coisas lhe são favoráveis, o sol brilha, o mundo sorri, os amigos estimam-no, há aplausos, lucros, saúde, tudo vai de “vento à feição”, ele exulta, goza, festeja, dança, ri e chega até ficar generoso e confiante. Quando, no entanto, sobrevém o desfavor da sorte, quando há chuva miúda ou cerração escondendo o sol, se os amigos afastam-se ou falham, quando recebe críticas e censuras e sabe de calúnias, se o filho vai mal na escola ou o movimento da bolsa é ruim, entrega-se ou ao abatimento ou à revolta; o desalento então cava-lhe rugas na testa e “brechas na alma”.

A personalidade imatura não conhece meio-termo entre gargalhadas e lágrimas, desvarios de prazer e gemidos de dor, satisfações de orgasmo e pranto de desespero. Pessoas, assim, levadas ao sabor das tempestades emocionais, precisam aprender a equanimidade dos sábios que não se perturbam quando o destino lhes tira dos lábios a taça de mel e, em troca, dá uma de fel. O sábio sabe que na vida há noites frias e quentes, dias trágicos e venturosos, sins e nãos, saciedades e fomes, berços e esquifes, vitórias e derrotas, lucros e perdas, portas que se fecham e portas que se abrem. O sábio não se deixa perturbar nem pelo dulçor nem pelo amargor dos frutos que lhe são dados. Não chora demais nem ri sem medidas. É sereno. É equânime. É igual. É invulnerável aos opostos.

O caçador de prazeres, de compensações, de fortuna, de posições, de aplausos, de lucros, de tudo que julga desejável é, em geral, um débil, pois na mesma medida com que se alegra com a conquista daquilo que busca, desespera-se, sente-se desamparado e perdido diante dos menores vetos e negativas que o destino lhe impõe. Quase sempre sente medo de perder o que tem ou o que pensa que é, e adoece de medo diante das ameaças a ele ou a seu patrimônio. Ao primeiro prenuncio de dor de cabeça, ele se acovarda e, assim, agrava-a.

Quem faz da equanimidade sua fortaleza interna é inexpugnável. Não teme perder nem se perturba na ansiedade de conquistar. Equânime não é a pessoa fria, indiferente e inconsequente. Embora se apercebendo da significação de ser favorecido ou desfavorecido, embora participe ativamente dos fatos, consegue um sadio isolamento emocional, colocando-se acima deles. Na estratosfera do Espírito reside sua tranquilidade.

Tufões e muita chuva só perturbam as camadas inferiores da atmosfera da mente e da matéria. Aprenda a ser equânime, amigo e torne-se invencível. Para isto, procure fazer uma noção exata do mundo que o cerca. Aprenda a tomar as coisas como vêm. Liberte-se dos óculos escuros do pessimismo e igualmente dos óculos azuis do otimismo. Contemple com isenção os dois polos perenes da realidade. Vício e virtude, bom e mau, bem e mal, fácil e difícil, verso e reverso, junções e separações, queda e ascensão estiveram e sempre estarão em toda a parte, quer você goste, quer não, quer lucre ou perca, sofra ou goze.

Na obra do Absoluto “tudo é necessário” e em nossa vida “nada é imprescindível” a não ser o amor de Deus. Aprenda a aceitar com equanimidade o que a vida lhe der. Só assim poderá seguir o que o sábio Epíteto ensinou: “Não faça sua felicidade depender daquilo que não depende de você”. Quando a ansiedade lhe impedir o sono ou estiver querendo impacientar-se na fila de atendimento; quando o patrão disser que não lhe vai conceder o aumento ou a chuva estragar seu domingo na praia; quando sua úlcera começar a dar sinais; quando sentir ímpetos de desespero, de desânimo ou outra emoção perniciosa, diga a si mesmo: “Devo aproveitar esta oportunidade que a vida me apresenta e aprender a ser equânime”.

O livro “Yoga para Nervosos” encontra-se em PDF no Google.

Nota: imagem copiada de Mulher Portuguesa

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Martin Schongauer – A SAGRADA FAMÍLIA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O gravador e pintor alemão Martin Schongauer (c. 1450 – 1491) era filho de um ourives. Formou-se provavelmente na oficina de Caspar Isenmann, da cidade de Colmar. Seu trabalho como pintor foi muito pouco documentado ao contrário do de gravador, cujo trabalho levava o monograma E. S. Através de suas famosas gravuras em cobre e de seus desenhos, assim como de seus retábulos, exerceu grande influência no Gótico tardio na Alemanha. Na pintura acima é visível a influência flamenga, em especial a de Rogier van der Weyden de quem foi possivelmente aluno. Foi tido como um precursor de Dürer.

A composição A Sagrada Família é atribuída ao período médio do artista e é uma das poucas pinturas reconhecidamente dele. Trata-se de um pequeno quadro devocional que demonstra as qualidades gráficas do pintor. Esta obra é carregada de docilidade e delicadeza humanas ao mostrar Mãe e Filho profundamente absorvidos pela contemplação de um cacho de uvas que é uma referência simbólica ao sangue de Cristo que será derramado.

A Virgem Mãe está sentada com seu Menino Jesus ao colo num ambiente familiar. Ela veste um longo vestido vermelho que se espalha sobre o chão do aposento. Seus longos cabelos dourados descem-lhe pelos ombros.  Está sentada sobre uma cadeira de madeira. Segura o Menino com a mão esquerda e na direita retém um cacho de uvas. O pequeno Jesus, vestido apenas com um pano, traz os olhos direcionados para as uvas. No colo da Virgem também se encontra um livro de orações sobre um pano.

À esquerda, atrás da Virgem e de seu Menino, dentro do estábulo, encontra-se o carpinteiro José, de pé, próximo a um boi e a um burro que come na manjedoura. Ele traz nos braços um feixe de capim. Seu olhar está voltado para a esposa e para o filho adotivo. Um cesto de palha no chão, à direita, está cheio de cachos de uva e, sobre ele, descansa o seu cajado. Atrás de Maria, num pequeno nicho da parede, está uma vasilha com água que é um atributo à Virgem, relativo à sua pureza.

A cor vermelha da roupa da Virgem tem dois significados de acordo com o simbolismo religioso. Ela representa a cor do fogo e a do Espírito Santo, ou seja, que a Virgem está tomada pelo amor do Espírito Santo. O segundo significado é o de que Maria é mãe, pois, antigamente, essa cor era usada pelas mulheres palestinas para indicar que eram mães. A cor marrom da roupa de José simboliza sua humildade e simplicidade, pois essa é a cor da terra, significando, portanto, que o carpinteiro é um homem simples e trabalhador e que Deus está ligado a tudo que é simples e comum.

Ficha técnica
Ano: entre 1475 e 1480
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 26 x 17 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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TRANS. DO PÂNICO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Uma vez diagnosticado o Transtorno do Pânico, faz-se necessário dar início ao tratamento, pois, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) esta síndrome pode predispor a pessoa a outras patologias. Afirma o psiquiatra Ivan Morão que “Embora a base do Transtorno do Pânico não seja orgânica, e sim, emocional, a expressão destes sentimentos é externada por várias partes do corpo. O estômago, por exemplo, tem relação com a carga emocional, causando náuseas. Sabemos, também, que gastrite nervosa é decorrente do estresse. Por isso, é importante buscar ajuda profissional”.

O Transtorno do Pânico pode ser responsável pelo aparecimento de outras doenças psiquiátricas (comorbidade) nas pessoas que o detêm. Dentre essas podem ser citadas:

  • Alcoolismo – no intuito de ver-se livre dos sintomas de ansiedade causados pela síndrome, a pessoa faz uso do álcool, sedativos e outras drogas.
  • Agorafobia – em razão das crises severas, o indivíduo passa a ter medo de sair de casa. Evita lugares públicos ou cheios de gente, onde não se sente seguro.
  • Depressão – ao optar por ficar em casa, isolando-se do convívio social, temendo uma nova crise, a pessoa acaba entrando num quadro depressivo.
  • Transtornos de ansiedade – tais transtornos, como o transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC) e o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) são bastante comuns nos portadores da Síndrome do Pânico.

O Transtorno do Pânico é muitas vezes confundido com esquizofrenia (distúrbio que afeta a capacidade da pessoa de pensar, sentir se comportar-se com clareza). Contudo, uma doença é totalmente diferente da outra, como explica a Dra. Ana Cristina Faria: “A esquizofrenia é um transtorno psicótico, um tipo de alteração do pensamento e dos sentidos, na qual a pessoa tem dificuldade de entender a realidade. Já o Transtorno do Pânico é uma neurose que gera ansiedade e angústia e não interfere no pensamento racional”. Complementando o esclarecimento, diz o psiquiatra Rodrigo Affonseca Bressan que “O Transtorno do Pânico traz desespero total e medo de perder a linha racional. Já quem é esquizofrênico acredita em perseguição, tem delírios, alucinações e ouve vozes. Ou seja, enquanto um tem medo de ficar psicótico, o outro está e não tem medo, apenas acredita que perseguição é verdadeira. Uma doença não pode desencadear a outra”.

Nota: Retrato de James Sabartés, obra de Pablo Picasso.

Fonte de Pesquisa
Revista Guia Minha Saúde/ Edição Especial

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