Martin Schongauer – A SAGRADA FAMÍLIA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O gravador e pintor alemão Martin Schongauer (c. 1450 – 1491) era filho de um ourives. Formou-se provavelmente na oficina de Caspar Isenmann, da cidade de Colmar. Seu trabalho como pintor foi muito pouco documentado ao contrário do de gravador, cujo trabalho levava o monograma E. S. Através de suas famosas gravuras em cobre e de seus desenhos, assim como de seus retábulos, exerceu grande influência no Gótico tardio na Alemanha. Na pintura acima é visível a influência flamenga, em especial a de Rogier van der Weyden de quem foi possivelmente aluno. Foi tido como um precursor de Dürer.

A composição A Sagrada Família é atribuída ao período médio do artista e é uma das poucas pinturas reconhecidamente dele. Trata-se de um pequeno quadro devocional que demonstra as qualidades gráficas do pintor. Esta obra é carregada de docilidade e delicadeza humanas ao mostrar Mãe e Filho profundamente absorvidos pela contemplação de um cacho de uvas que é uma referência simbólica ao sangue de Cristo que será derramado.

A Virgem Mãe está sentada com seu Menino Jesus ao colo num ambiente familiar. Ela veste um longo vestido vermelho que se espalha sobre o chão do aposento. Seus longos cabelos dourados descem-lhe pelos ombros.  Está sentada sobre uma cadeira de madeira. Segura o Menino com a mão esquerda e na direita retém um cacho de uvas. O pequeno Jesus, vestido apenas com um pano, traz os olhos direcionados para as uvas. No colo da Virgem também se encontra um livro de orações sobre um pano.

À esquerda, atrás da Virgem e de seu Menino, dentro do estábulo, encontra-se o carpinteiro José, de pé, próximo a um boi e a um burro que come na manjedoura. Ele traz nos braços um feixe de capim. Seu olhar está voltado para a esposa e para o filho adotivo. Um cesto de palha no chão, à direita, está cheio de cachos de uva e, sobre ele, descansa o seu cajado. Atrás de Maria, num pequeno nicho da parede, está uma vasilha com água que é um atributo à Virgem, relativo à sua pureza.

A cor vermelha da roupa da Virgem tem dois significados de acordo com o simbolismo religioso. Ela representa a cor do fogo e a do Espírito Santo, ou seja, que a Virgem está tomada pelo amor do Espírito Santo. O segundo significado é o de que Maria é mãe, pois, antigamente, essa cor era usada pelas mulheres palestinas para indicar que eram mães. A cor marrom da roupa de José simboliza sua humildade e simplicidade, pois essa é a cor da terra, significando, portanto, que o carpinteiro é um homem simples e trabalhador e que Deus está ligado a tudo que é simples e comum.

Ficha técnica
Ano: entre 1475 e 1480
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 26 x 17 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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TRANS. DO PÂNICO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Uma vez diagnosticado o Transtorno do Pânico, faz-se necessário dar início ao tratamento, pois, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) esta síndrome pode predispor a pessoa a outras patologias. Afirma o psiquiatra Ivan Morão que “Embora a base do Transtorno do Pânico não seja orgânica, e sim, emocional, a expressão destes sentimentos é externada por várias partes do corpo. O estômago, por exemplo, tem relação com a carga emocional, causando náuseas. Sabemos, também, que gastrite nervosa é decorrente do estresse. Por isso, é importante buscar ajuda profissional”.

O Transtorno do Pânico pode ser responsável pelo aparecimento de outras doenças psiquiátricas (comorbidade) nas pessoas que o detêm. Dentre essas podem ser citadas:

  • Alcoolismo – no intuito de ver-se livre dos sintomas de ansiedade causados pela síndrome, a pessoa faz uso do álcool, sedativos e outras drogas.
  • Agorafobia – em razão das crises severas, o indivíduo passa a ter medo de sair de casa. Evita lugares públicos ou cheios de gente, onde não se sente seguro.
  • Depressão – ao optar por ficar em casa, isolando-se do convívio social, temendo uma nova crise, a pessoa acaba entrando num quadro depressivo.
  • Transtornos de ansiedade – tais transtornos, como o transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC) e o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) são bastante comuns nos portadores da Síndrome do Pânico.

O Transtorno do Pânico é muitas vezes confundido com esquizofrenia (distúrbio que afeta a capacidade da pessoa de pensar, sentir se comportar-se com clareza). Contudo, uma doença é totalmente diferente da outra, como explica a Dra. Ana Cristina Faria: “A esquizofrenia é um transtorno psicótico, um tipo de alteração do pensamento e dos sentidos, na qual a pessoa tem dificuldade de entender a realidade. Já o Transtorno do Pânico é uma neurose que gera ansiedade e angústia e não interfere no pensamento racional”. Complementando o esclarecimento, diz o psiquiatra Rodrigo Affonseca Bressan que “O Transtorno do Pânico traz desespero total e medo de perder a linha racional. Já quem é esquizofrênico acredita em perseguição, tem delírios, alucinações e ouve vozes. Ou seja, enquanto um tem medo de ficar psicótico, o outro está e não tem medo, apenas acredita que perseguição é verdadeira. Uma doença não pode desencadear a outra”.

Nota: Retrato de James Sabartés, obra de Pablo Picasso.

Fonte de Pesquisa
Revista Guia Minha Saúde/ Edição Especial

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O CICLO TRABALHO / REPOUSO

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Autoria do Prof. Hermógenes

O Professor Hermógenes, um dos precursores da ioga no Brasil, escreveu mais de 30 livros sobre a saúde física e mental.  Neste texto retirado de seu livro “Yoga para Nervosos”*, ele nos fala sobre a necessidade do repouso após o trabalho.  

Não só os preguiçosos adoecem. Os que, no extremo oposto sem noção de medida, não sabem o que é descansar, também pagam por tal imprudência. Deus, no “sétimo dia” descansou. Deu o exemplo. O repouso é exigência do organismo e da mente que se fatigaram no trabalho. Fadiga é um sinal ao homem, a dizer-lhe que chegou o momento de suspender o esforço. É um sinal amigo a que nunca deveríamos desatender. É um fenômeno universal a regular o ciclo trabalho/repouso, atividade/inatividade que preside o Universo inteiro e que somente o homem (em todo o Universo) tem a capacidade de violar e subverter. Por isto mesmo é o único ser sujeito à surmenage, esgotamento ou estafa, esta doença que anda martirizando milhões de organismos e mentes que foram imprudentemente usadas. A fadiga muscular, quando ainda não excessiva, é benéfica. Induz um sono gostoso e é de recuperação fácil. O esgotamento nervoso, no entanto, é um inferno. Desgraça a unidade orgânica e todos os sintomas e sofrimentos assaltam o esgotado.

Nos dias atuais, os homens de maiores responsabilidades, os que detêm maiores poderes econômicos, sociais ou políticos, quase infalivelmente são vítimas da fadiga. Tenho tido, entre alunos, vários empresários ou políticos esgotados. Contra eles conspiram: a falta de exercício saudável dos músculos e o desgaste tremendo dos nervos. Automóvel, elevador e mais outras coisas frustram o exercício sadio dos músculos. Ao mesmo tempo, agora como nunca, é tremenda a incidência de “estresse”.

Músculos que não trabalham, hipo ou hipertensos, corrompem-se e atrofiam. Sistema nervoso hipersolicitado, perde o controle por fim. O pobre homem superocupado está muito tenso e se sente deslizando para um abismo de onde é difícil sair. Ao mesmo tempo em que se sente devastado pela fadiga e tensão, seus compromissos – feito tentáculos de polvo – agarram-no de maneira irresistível e simultaneamente se reforçam e se multiplicam. Na tentativa de fazer mais, e cada vez mais assumir poder e juntar maior fortuna, ou travando luta para equilibrar o angustiado orçamento familiar, o homem vai se perdendo, escravo de novas funções, negócios novos, compromissos e encargos novos que se vão acumulando. É no rolar para o abismo que, até certo ponto, ainda pode ser detido o desastre, que é possível a recuperação. Passado este ponto, o processo de autodestruir-se, agrava-se aceleradamente.

É aconselhável tomar encargos, prestar serviços, principalmente pessoas que, competentes e cheias de valor, têm o que dar. A comunidade pede sempre mais àqueles cujas qualidades profissionais e traços de caráter e personalidade fazem-nos necessários ao bem comum. Mas os médicos, engenheiros, carpinteiros, pintores, cantores, empresários, professores, políticos, enfermeiros que, por suas virtudes humanas e profissionais, são solicitados em demasia, acautelem-se e saibam entender que todos que deles precisam, melhor serão servidos se eles souberem se manter com saúde, equilíbrio e energia. Se não for por interesse próprio, pelo menos, em favor dos outros, as pessoas abnegadas devem se poupar, evitando trabalhar além de certos limites. É preciso descansar. É imprudente não reservar tempo para que o organismo e a mente se refaçam de seus desgastes. Até mesmo as máquinas precisam de repouso.

Aprenda a descansar. Não se iluda com sua resistência aparentemente ilimitada. Se você mantém esta imprudente ilusão, cuide-se. Se já não está pagando doloroso tributo, fatalmente virá a fazê-lo. Defenda-se da fadiga crônica. É estúpido, por antinatural e perigoso, andar disfarçando os sintomas/aviso de seus excessos com o uso de divertimentos psicodélicos excitantes, com essas doses de álcool e outras drogas, com essas farras onde os excessos são praticados a título de “higiene mental”. Defenda-se da fadiga crônica declinando convites, nomeações e eleições que venham exigir mais de seus nervos e agravar o “estresse”. Se possível, liberte-se de um ou mais de seus atuais encargos. De que vale ganhar os tesouros da terra em troca de ser condenado a um infernal sofrimento nervoso, que não lhe permite desfrutar os tais “tesouros”?

*O livro “Yoga para Nervosos” encontra-se em PDF no Google.

Nota: Pastor, obra de Vicente do Rego Monteiro

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Cézanne – SRA. CÉZANNE EM UMA…

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Não se mova, as maçãs não o fazem! (Cézanne)

Quero fazer do impressionismo uma arte tão sólida quanto a dos museus. (Cézanne)

O pintor francês Paul Cézanne (1839 – 1906) era filho do exportador de chapéus Louis-Auguste Cézanne, que depois se tornou banqueiro, e de Anne-Elisabeth-Honorine Aubert, tendo nascido na pequena cidade de Aix-en-Provence. Teve duas irmãs – Marie e Anne – nutrindo uma relação mais forte com a primeira, que sempre tomava o seu lado em relação ao autoritarismo do pai. Cézanne e Marie nasceram quando seus pais ainda mantinham uma relação secreta.

A composição intitulada Senhora Cézanne em uma Poltrona Vermelha é uma das obras-primas do artista. Trata-se de um retrato de sua esposa Horteze Fiquet, ex-modelo de artistas, que inúmeras vezes serviu de modelo para ele. Posou para Cézanne em cerca de trinta retratos. O desenho bem estruturado da obra em que a cor predomina sobre o traço, a luz e a sombra é uma contribuição à pintura europeia.

A sólida figura da senhora Cézanne, sentada em sua poltrona estofada de vermelho que forma um grande bloco de cor, trazendo as mãos entrelaçadas, toma grande parte da tela, ficando ela bem próxima ao observador. Seu corpo está ligeiramente inclinado para a sua direita e o rosto sério com olhos castanhos não expressa emoção. Ela veste uma blusa cinza-azulado que traz um grande laço na frente. A saia possui largas listras verticais. Os cabelos castanhos estão arrumados num coque no alto da cabeça.

A parede atrás dela é de um amarelo-esverdeado com motivos azuis. Ela se mostra totalmente imóvel, como era de gosto do artista que era muito perfeccionista e lento. Seu rosto e mãos estão pintados com pequenas áreas de cores que lhes dão forma. Este imenso retrato apresenta muitos blocos de cores, delicadamente variadas, compondo um todo de grande harmonia.

Ficha técnica
Ano: 1877
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 73 x 56 cm
Localização: Museu de Arte, Boston, EUA

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://www.mfa.org/collections/object/madame-c%C3%A9zanne-in-a-red-armchair-

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SÍNDROME DO PÂNICO X ANSIEDADE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Estamos continuamente expostos a situações estressantes que geram ansiedade e apreensão. Somos frequentemente regidos pelo medo de não ter ou de não ser algo. (Dr. Michel Haddad)

Dentre as variadas causas que têm levado ao aumento dos transtornos emocionais, a vida agitada de nossos dias é sem dúvida uma das mais patentes. Ao buscar desesperadamente o “ter” em detrimento do “ser”, as frustrações ganham um patamar cada vez mais elevado, pois é impossível encontrar num mundo densamente povoado – capitalista e competitivo em que a equidade encontra-se cada vez mais distante – um lugar ao sol para todos. Assim, na medida em que crescem as aspirações, diminuem as possibilidades de realização, levando à insatisfação, ao desencanto e, consequentemente, às doenças mentais.

Outro ponto que deve ser levado em conta no surgimento de tais transtornos é a enxurrada de informações – tanto positivas quanto negativas – da mídia na vida das pessoas, principalmente nos grandes centros. Ao focar questões como doenças, desemprego, violência, crise na saúde, na educação e na economia, elas acabam fragilizando as pessoas e cavando um fosso propício às doenças mentais. A poluição e a agressividade de estímulos visuais e sonoros em excesso, bombardeando os cidadãos a todo instante, são também estímulos para o surgimento de transtornos mentais, sobretudo o da Síndrome do Pânico (SP), pois, segundo a neuropsicóloga Priscila Gasparini Fernandes, especialista em SP, “Todos esses fatores podem levar ao aumento da atividade de determinada regiões do cérebro, desencadeando a síndrome”. A afetividade negativa é também conhecida como neuroticismo – termo referente a indivíduos que possuem uma maior propensão a um estado emocional negativo. As pessoas com perfil neuroticista possuem maior predisposição aos estados depressivos, sofrendo com sentimentos de culpa, inveja, raiva e ansiedade de forma mais contundente.

Hoje a Ciência já sabe que diferentes fatores – ambientais, genéticos, fisiológicos e temperamentais – podem ser responsáveis pelo surgimento de transtornos como o do pânico. Segundo a psiquiatra Renata Bataglin, “Quando o nível de ansiedade é desproporcional aos acontecimentos, ele causa sofrimento e interfere no desempenho social, familiar e profissional. Por isso, é preciso buscar auxílio médico o quanto antes”. Em sua tese, a referida psiquiatra trabalha com a hipótese de que indivíduos que lidaram com comportamentos paternos que transmitiram sensação de medo (abusos sexuais, verbais e emocionais) são também mais predispostos à SP.

O Transtorno do Pânico é visto como uma das ramificações dos transtornos de ansiedade. Quando não contida, a ansiedade desaguará em crises de pânico, isto porque ambos têm o medo agudo como gatilho. O psiquiatra Michel Haddad explica que “Geralmente, quem sofre de Síndrome do Pânico é ansioso, mas o ataque não é exclusivo deste transtorno, podendo ocorrer em outras doenças de ansiedade, como fobias específicas, transtornos de estresse e transtorno de ansiedade generalizada”. É sabido que nem toda ansiedade é negativa, como informa a psiquiatra Renata Bataglin: “Ela é considerada normal quando se manifesta nas horas que antecedem um acontecimento importante, como uma entrevista de emprego ou uma prova, e serve como um sinal que prepara a pessoa para enfrentar um desafio”. Ela complementa: “Se a ansiedade não tem controle e causa preocupação excessiva, angústia e sofrimento que bloqueia as atividades rotineiras, é sinal de um possível transtorno de ansiedade generalizada (TAG)”.

Nota: obra de Salvador Dalí.

Fonte de Pesquisa
Revista Guia Minha Saúde/ Edição Especial

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Munch – A VOZ

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O norueguês Edvard Munch (1863 – 1944) era o segundo filho do casal Christian Munch e Laura Catherine. Seu pai era um médico tradicional, muito devoto,  moralista e castrador. O artista perdeu sua mãe, aos 30 anos de idade, vitimada pela tuberculose, assumindo a tia Karen Bjolstad, irmã dela, o controle da família. Aos 16 anos de idade, Munch matriculou-se para estudar engenharia, mas um mês depois deixou o curso para estudar pintura. Aos 26 anos o pintor fez sua primeira viagem a Paris, onde expôs o quadro A Criança Doente, ocasião em que perdeu o pai. E três anos depois fez a sua primeira exposição individual em Christiania, onde expôs 110 obras, atraindo o interesse de alguns compradores. Foi influenciado pelo trabalho de Vincent van Gogh e Paul Gauguin.

A composição A Voz, também conhecida como Sonho de uma Noite de Verão, é um trabalho do artista que eliminou de sua pintura tudo aquilo que não era essencial, de modo que os sentimentos pudessem ser ampliados ao máximo. Assim como acontece em toda a sua obra, esta também mostra um grande isolamento humano. A mulher aqui representada está visivelmente solitária e triste. Tais sentimentos são ainda mais realçados em razão do ambiente onde ela se encontra.

A personagem usa um vestido branco e traz os braços para trás. Ereta, ela encara o observador. A mata de esparsos pinheiros por trás dela parece reverberar toda a sua angústia. Ali tudo parece quieto, remoto e triste. O sol da meia-noite do verão nórdico é visto no céu. Dele desse uma coluna de luz pálida e misteriosa que se projeta na água, onde avança um barco branco.

Ficha técnica
Ano: 1893
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 88 x 108 cm
Localização: Museu de Arte, Boston, EUA

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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