TRANST. DO PÂNICO – TRATAMENTO E ABANDONO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Aceitar o diagnóstico é o passo mais importante para o tratamento de qualquer transtorno mental. O segundo – não menos importante – é seguir as prescrições médicas, pois quanto maior for a demora em fazer uso do medicamento e da terapia (quando indicada), mais severas tornam-se as crises, sendo os espaçamentos entre elas cada vez menores. Os psiquiatras, por entenderem que a Síndrome do Pânico acontece em razão de falha química no funcionamento do cérebro, prescrevem o uso de medicamento na fase inicial do tratamento. Segundo eles, é necessário controlar os sintomas e crises até mesmo para que a pessoa possa fazer uso da psicoterapia. Existem três formas terapêuticas para tratar a SP: psicofarmacológica (uso de remédios), psicoterapêutica (trabalha o pensamento e emprega técnicas de relaxamento) e as duas terapias juntas.

Uma das perguntas mais frequentes em relação ao tratamento é saber quanto tempo durará. Não se tem uma resposta exata, pois irá variar de uma pessoa para outra. Os especialistas respondem que esse tempo é de no mínimo seis meses a um ano, preferencialmente. Quem abandona o tratamento sem o parecer médico, após obter uma melhora, estará incorrendo num grande erro, pois além de as crises voltarem num curto espaço de tempo, elas tendem a ser ainda mais severas, trazendo dificuldades para a adaptação do organismo ao antidepressivo, ainda que seja o mesmo tomado anteriormente. Contudo, nem todos os pacientes abandonam o tratamento por vontade própria.

É sabido que todo antidepressivo traz em seu bojo efeitos adversos que passam depois de um determinado tempo de uso, à medida que o organismo vai se adaptando à nova substância. Infelizmente muitos profissionais não falam sobre isto com os seus pacientes. Ao surgirem os primeiros efeitos colaterais, a pessoa entra literalmente em pânico. Ela não entende como um remédio que está sendo usado para ajudá-la possa deixá-la pior do que antes de dar início ao tratamento. Sem orientação alguma, acaba abandonando abruptamente o medicamento, o que resultará em crises ainda mais agudas, pois em hipótese alguma o tratamento pode ser abandonado por conta própria. Somente o especialista poderá fazer mudanças, quando essas forem necessárias.

Outro problema relativo ao abandono do tratamento dos transtornos mentais é o preço exorbitante dos medicamentos. É sabido que muita gente não pode comprá-los. Sem falar que o retorno contínuo ao psiquiatra para pegar receitas é outro fator de oneração. Há especialistas que dão receitas apenas para dois meses, obrigando o cliente a voltar sempre ao consultório para uma nova consulta que, na maioria das vezes, consiste apenas na entrega de uma nova receita. Por isso, muitos pacientes recorrem ao clínico geral dos postos de saúde, levando a receita velha e pedindo uma nova. Mais do que justo, principalmente nos dias atuais, quando uma grande parcela dos brasileiros encontra-se sem emprego.

Os usuários de antidepressivos devem saber que esses também podem ser manipulados, ficando o preço bem mais em conta, principalmente quando se trata de uma quantidade maior, saindo, muitas vezes, pela metade do valor de uma caixa com 30 comprimidos. Há também farmácias que costumam fazer promoções, vendendo duas caixas e dando a terceira de graça. De qualquer forma é preciso pesquisar muito, optando sempre pelo medicamento com o melhor preço, sem se preocupar com o seu nome fantasia ou laboratório. Uma vez que o remédio encontra-se no mercado, ele já passou pela fiscalização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), devendo, portanto, ter a sua eficácia comprovada.

Nota: A Habitação Azul, obra de Pablo Picasso.

Fonte de Pesquisa
Revista Guia Minha Saúde/ Edição Especial

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