A FISIOTERAPIA YÓGUICA

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Autoria do Prof. Hermógenes

O Professor Hermógenes, um dos precursores da ioga no Brasil, escreveu mais de 30 livros sobre a saúde física e mental.  Neste texto retirado de seu livro “Yoga para Nervosos”*, ele nos fala sobre as maravilhas da fisioterapia yóguica.  

A fisioterapia yóguica é muito eficaz e, praticamente, isenta de riscos. Pode-se, com ela, ativar um fígado lerdo, reduzir a superprodução de uma glândula ou, ao contrário, estimular outra a trabalhar mais. Um centro nervoso prejudicado pela fadiga ou mal condicionado pode vir a ser corrigido. Os males decorrentes de escassa oxigenação podem ser curados. A anômala irrigação de um centro nervoso pode vir a ser normalizada. O nervosismo dos portadores de bico-de-papagaio é superado facilmente quando, através de exercícios, se livram das dores. O tratamento yóguico fisioterápico, por outro lado, é válido também por cooperar com as outras frentes de tratamento.

Os exercícios mentais, como a meditação, serão profundamente facilitados quando o praticante consiga o “silêncio do corpo” isto é, levá-lo a um estado de arogya (saúde tranquila e positiva), quando os desconfortos orgânicos já não forem obstáculos ao aprofundamento da consciência, rumo à zona de maior felicidade no Reino Interno de cada um. Quem desfruta de arogya consegue ser espontaneamente bom. Quer bem a todos e a tudo, sem se esforçar para isto. Ao contrário, o irascível sofredor do fígado, infeliz em suas mazelas, presa da inveja, com facilidade se irrita, pode ser mesquinho, vingativo, estourado, exatamente por causa de suas condições de indigência orgânica. O homem sadio irradia sua paz, sua saúde, sua confiança e seu amor. Pureza, contentamento, sinceridade, liberalidade, coragem, alegria são naturais naqueles que têm arogya. Quem é sadio tem uma filosofia muito diversa de quem vive fustigado de incômodos, de carências, de disfunções, de anomalias orgânicas.

Temos observado radicais mudanças no psiquismo, no comportamento moral e na orientação filosófica de alunos nossos que, através de práticas ensinadas nas aulas ou em meus livros, atingiram um estado de saúde que antes não conheciam. As técnicas fisioterápicas do Yoga agrupam-se sob os nomes:

  • âsanas: posturas corporais que beneficiam órgãos, sistemas orgânicos, articulações, glândulas, centros nervosos, vísceras, músculos, podendo, assim, corrigir disfunções;
  • pranayamas: exercícios energéticos, que corrigem defeitos metabólicos, através principalmente de controle respiratório;
  • bandhas: automassagens, que atingem até mesmo as regiões mais profundas do corpo;
  • kriyas: técnicas de purificação orgânica.

Em seu aspecto fisioterápico, o Yoga (ou a Ioga) é facilmente confundido com a ginástica vulgar. Mas quem se aprofunda na comparação conclui tratar-se de um sistema de características inconfundíveis. Âsana, literalmente, significa, postura, pose. As âsanas mexem com músculos, articulações, órgãos, que raramente se movimentam (no sentido conveniente à saúde). Algumas, pressionando um conjunto de vísceras, provocam massagens naturais; outras, flexionando o que comumente é rígido e reto, constituem verdadeiras fontes de prazer (tão gostosas como verdadeiros espreguiçamentos), constituem farmacopeia mecânica, assegurando saúde, flexibilidade e o frescor característico do corpo jovem.

Ao iniciar o aprendizado, o praticante não consegue naturalmente movimentação harmônica, devido à rigidez do corpo, mas, mesmo que seja superficial e grotesca a execução, traz ao organismo, danificado pelo sedentarismo, imediatos e surpreendentes benefícios: Numa âsana bem feita:

  • a mente deve estar concentrada no que o corpo faz;
  • a execução é lenta e isenta de esforços e forçamentos, o que vale dizer, é presidida pela máxima suavidade;
  • é mantida, mas sem constrangimento, sem desconforto, sem violentar a natureza;
  • as partes anatômicas, principalmente os músculos, não envolvidos no movimento e na pose, conservam-se em relax;
  • é agradável, como um bom espreguiçamento.

Uma sessão fisioterápica, também chamada de “HathaYoga” ou de “Gathasya Yoga”, é composta de uma sequência inteligente e cientificamente organizada de âsanas, pranayamas, bandhas e kriyas. O critério na organização de uma sessão deve levar em conta muitos fatores tais como: as necessidades e limitações do praticante; a posologia; as contraindicações; a sequência conveniente e, finalmente, uma série de considerações muito severas, a fim de que aquilo que é buscado não se transforme em veneno. Em obras especializadas, ensino várias séries que longa experiência e criteriosa observação me indicaram como as mais produtivas e isentas de riscos. Neste livro (Yoga para Nervosos), especializado no tratamento de pessoas nervosas, limito-me a sugerir as que visam a melhorar os ritmos, a harmonia e as energias do corpo.

*O livro “Yoga para Nervosos” encontra-se em PDF no Google.

Nota: imagem copiada de adunb.org.br

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Modigliani – LÉOPOLD ZBOROWSKI

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor italiano Amedeo Modigliani (1884 – 1920) era o mais novo dos quatro filhos de uma próspera família judia. Ainda na infância, ele foi vitimado pela tuberculose, enfermidade que o acompanhou ao longo de sua curta e conturbada existência de apenas 35 anos. Além da doença, o pintor também fazia uso de álcool e drogas, principalmente do haxixe, e tinha grande atração pelas mulheres. A cultura visual de Modigliani foi grandemente favorecida em sua adolescência, pelas viagens que fazia às cidades italianas, em companhia de sua mãe, na tentativa de encontrar cura para o tifo e a tuberculose que o maltratavam. Apesar da doença, tornou-se um homem charmoso e elegante, dono de uma atração magnética que encantava homens e mulheres. Durante a sua vida, Modigliani teve que conviver com o pouco caso da crítica e do mercado por sua pintura.

A composição acima, denominadas Léopold Zborowski, é obra do artista. Trata-se do retrato do polonês Léopold Zborowski, escritor e negociante de artes, e também grande amigo do artista. Esta obra faz parte do Acervo do MASP desde 1950.

Em toda a obra de Modigliani, assim como neste retrato, é possível captar um grande lirismo que nasce de três características principais da pintura do artista: a sinuosidade dos traços, embebidos na arte de Simone Martini, dentre outros mestres sienenses; a estruturação tonal do grande mestre francês Cézanne; e a influência das máscaras rituais africanas encontradas nos totens.

Ficha técnica
Ano: 1916 a 1919
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 100 x 65 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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O ESPORTE E AS EMOÇÕES

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Autoria do Prof. Hermógenes

O Professor Hermógenes, um dos precursores da ioga no Brasil, escreveu mais de 30 livros sobre a saúde física e mental.  Neste texto retirado de seu livro “Yoga para Nervosos”*, ele nos fala sobre a posição de jogador e a de torcedor:

Nos esportes prefira, se puder, o papel de jogador ao de torcedor. Pratique as formas que:

– empreguem racionalmente os músculos;
– estimulem a circulação; deem prazer;
– eduquem o espírito;
– treinem a coragem;
– não sejam interessantes somente pela índole competitiva;
– levem-no ao ar livre, à luz do sol, finalmente à utilização inteligente de suas energias; – contribuam para aliviar tensões e inibições; ensinem a controlar a agressividade com o respeito às regras convencionadas;
– não concorra para gerar ansiedade, ultrapassar-se a si mesmo;
– não lhe esgotem os nervos e descontrolem o coração e a respiração; não transformem você num bruto;
– não lhe acentuem o sentido de rivalidade;
– não o deprimam nas chamadas “derrotas”, nem lhe alimentem orgulho e a vaidade nas chamadas “vitórias”;
– não lhe absorvam tanto a ponto de desequilibrar o emprego do tempo que a família e a profissão esperam de você.

Agora vamos considerar o esporte como fonte de emoção para quem está de fora. O torcedor é aquele sujeito encarapitado na arquibancada ou pregado junto ao transmissor (rádio ou televisão) a acompanhar os lances de seu time ou de seu competidor preferido. Identifica-se inteiramente com um ou outro e goza ou sofre intensamente com o que se passa. Já alguém disse que a competição desportiva é uma guerra “de faz de conta”, envolvendo milhões de seres humanos, não somente os contendores na área de luta.

O torcedor é um combatente que, empenhado na conquista da vitória, deixa-se tomar de profunda ansiedade e, na perspectiva da derrota, cai presa de raiva, ansiedade ou medo. Ansiedade, prazer, medo e desgosto se sucedem no psiquismo e nas vísceras de quem, como torcedor, assiste a uma partida. Enquanto os contendores, travando o combate na cancha ou no ringue, expressam-se fisicamente e exercitam-se no plano muscular, o infeliz do torcedor age somente com os nervos e glândulas. Sua condição é deplorável: exercício físico – nenhum; desgaste nervoso – tremendo. Imagine o que resulta daí…

Em muitos casos, até a morte por um ataque das coronárias tem acontecido. Milhares de pessoas perdem a calma, o gosto pela vida e até o autocontrole, pois tem havido casos de assassinatos por torcedores em pleno “sofrimento” da derrota de seu quadro. É de supor que milhares de úlceras tenham origem nos “sofrimentos” dos torcedores esportivos. O futebol já desencadeou uma guerra internacional.

Há uma infinidade de razões para que se desenvolvam as competições esportivas. Elas são eminentemente humanas. Os homens primitivos competiam. Os gregos criaram as olimpíadas. As disputas internacionais, se bem que acentuem sentimentos nacionalistas às vezes desmedidos, estabelecem vínculos de convivência, unindo os homens de todas as nações.

As lutas futebolísticas no Brasil, por exemplo, preenchem relevante papel social. O homem pobre que passa a semana num trabalho monótono e mal remunerado, cheio de problemas e dificuldades várias, na partida de domingo esquece as mágoas e descarrega algumas preocupações. No entanto, as pessoas excitadas, os ansiosos, os chamados nervosos agitados, os muito sensíveis, aqueles portadores de síndromes psicossomáticas, os que já tiveram infartes do miocárdio, os de fígado sensível, devem evitar as emoções do torcedor. Devem ficar à margem das lides desportivas.

Aos candidatos às vivências mais profundas e compensadoras do Yoga, a emocionalização industrializada é nociva. O praticante de Yoga tem a seu alcance emoções de alta sublimidade, onde o gozo é sereno e confortante. Não resta dúvida que os tipos portadores de monoideísmo e introspecção patológicos, isto é, as pessoas centradas em si mesmas, autistas, doentiamente ensimesmadas, lucrariam se comparecessem a tais espetáculos e se integrassem na atmosfera competitiva, se saíssem de si mesmas e compartilhassem do entusiasmo dos outros. Tais tipos, no entanto, são raros e recalcitrantes.

A maioria dos que lotam as arquibancadas no dia de jogo e, ainda nos dias subsequentes, desgastam-se em discussões iracundas, improdutivas e ruidosas, é constituída de pessoas a quem esta excitação ainda mais desarranja os nervos e agrava a ansiedade. A esta maioria, em nome de sua tranquilidade e consequente libertação de fenômenos psicossomáticos, eu diria que evitassem se apaixonar na torcida esportiva e que a substituíssem por divertimentos menos dopantes.

*O livro “Yoga para Nervosos” encontra-se em PDF no Google.

Nota:

Nota: O Futebol, obra de José Ramón

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Van Dyck – A MARQUESA LOMELLINI E…

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor Anthony van Dyck (1599 – 1641) foi o mais talentoso discípulo e ajudante do pintor francês Peter Paul Rubens, sendo 22 anos mais novo do que o mestre de quem herdou o talento na representação da textura e superfície das figuras. Também se transformou num dos pintores retratistas mais procurados da Europa.

A composição barroca denominada A Marquesa Lomellini e seus Filhos, também conhecida como Marquesa Lomellini e Seus Filhos em Oração, é uma obra do artista. Retrata a Marquesa Lomellini ao lado de seus dois filhos. Apesar do título, apenas o garoto maior se posta em atitude de oração.  O menor ostenta uma batina que vai até o chão, com uma espécie de capa preta, vestimenta comum aos meninos escolhidos para seguirem a carreira eclesiástica. Ele parece trazer na mão direita uma fruta, possivelmente uma maçã, como símbolo do pecado da humanidade.

O local onde se encontram as três personagens é requintado, embora muito pouco dele se possa perceber. Na pintura predominam o preto e o vermelho, este último presente na mesa, onde se encontra um anjo, aparentemente com um globo na mão, na suntuosa cortina acima dos personagens e no tapete. A marquesa também traz uma flor vermelha nos cabelos.

Mãe e filho menor encaram o observador, enquanto o garoto mais velho foca o olhar em algo que se encontra à sua frente, trazendo as mãos em postura de oração. É interessante notar que o dedo indicador da marquesa, onde se encontra um anel, aponta para as duas crianças, como se fossem elas as figuras mais importantes do quadro.

 Esta tela foi pintada quando o artista encontrava-se em Gênova, na Itália. Passou a fazer parte do acervo do MASP desde 1951.

Ficha técnica
Ano: c. 1623
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 221 x 152 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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O QUE É SER NORMAL?

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Prof. Hermógenes

O Professor Hermógenes, um dos precursores da ioga no Brasil, escreveu mais de 30 livros sobre a saúde física e mental.  Neste texto retirado de seu livro “Yoga para Nervosos”*, ele nos fala sobre o que realmente é ser normal.

Se você responder que sua cura é voltar a ser normal, eu ainda lhe pediria que meditasse um pouco sobre o que é ser normal. O que você chama de normal?

Esta pergunta não tem recebido resposta plenamente satisfatória. Ninguém pode dizer com infalibilidade o que é ser normal ou quem é normal. O critério considerado mais científico é o estático, segundo o qual o normal é tudo aquilo que está dentro da norma, isto é, da faixa do mais frequente numa coletividade ou numa coleção. O anormal é o oposto, isto é, o menos frequente. Na loura Finlândia, por exemplo, um negro é uma anomalia. Nas selvas da Nigéria, um louro também o é.  Jesus, Sócrates, Gandhi, Luther King, por exemplo, foram “marginais” ou anormais nos ambientes e nos tempos em que viveram. Todo marginal cria problema: sejam os de baixo (delinquentes) sejam os anormais de cima, isto é, os santos e os sábios.

Aquele que é normal é geralmente bem ajustado à coletividade, pois se acomoda à mesmice dominante; afina-se pela vulgaridade; tem o mesmo comportamento, os mesmos interesses, as mesmas limitações, os mesmos defeitos, os mesmos gostos da maioria e até mesmo os mesmos ideais.

É ponto pacífico em ciência dizer-se que, em maior ou menor grau, somos todos neuróticos. Assim, o comportamento neurótico, pode-se concluir, é normal na sociedade. Não lhe cause isto alarma ou protestos, pois, na verdade, quanto mais econômica, técnica e politicamente desenvolvida uma sociedade, mais grave sua condição neurótica. Em “Psicanálise da Sociedade Contemporânea”. Erich From começa por demonstrar, estatisticamente, ser a frequência de suicídios, homicídios e alcoolismo, bem maior (normal, diríamos) nos países como os EE. UU., altamente desenvolvidos em tecnologia e cujo padrão de vida do povo é muito alto. Para ele, a sociedade contemporânea está doente e todo indivíduo bem ajustado a ela não deixa de, consequentemente, ser um doente. Seu livro é um tratado sobre a patologia da normalidade.

Ao dizer tudo isto, pretendi fazer você deixar de lamentar-se por sentir-se anormal. Problemas psíquicos e orgânicos não são privilégios seus. Seus contemporâneos, seus familiares, seus colegas de escritório, o homem da rua e até possivelmente seu conselheiro espiritual, pelo fato de viverem na mesma cultura, porque não passam de meros seres humanos, também são tíbios e vulneráveis a assaltos de angústia, sofrem de carências e imperfeições, cometem erros e deslizes, têm certas fobias, padecem desgostos e algumas vezes fracassam. Esta é a norma. O normal é a instabilidade da saúde orgânica, o desajuste e insatisfação psíquica e o sofrimento moral.

O que tem tirado sua coragem, sua vontade, a esperança e o respeito por si mesmo pode ser um estado de espírito, um vício que, embora você não saiba, é normal entre os seus companheiros de humanidade. Não ligue para quem (inclusive você mesmo) farisaicamente lhe apontar o dedo duro, acusando-o de fraco, pecador, neurótico, errado, desajustado…

Todos, dentro de certos limites, somos frutos do meio em que vivemos. É preciso ser muito vigilante, hábil e corajoso para conseguir salvar-se da normalidade enfermiça, isto é, da mesmice niveladora e tiranizante. Quando a sociedade elevar o padrão de suas normalidades, então seremos por ela ajudados a evoluir em nós mesmos. Mas esta sociedade sã, infelizmente, ainda é utopia.  Por enquanto, o que nos convém mesmo é acautelarmo-nos contra um ajustamento exato e automático, cômodo e inconsciente a esta sociedade na qual estamos inseridos. O que nos protege não é exatamente sermos normais. E preferível muitas vezes o desajuste do que a acomodação cega ao ambiente. Ser diferente é profilaxia contra a normalidade doentia.

No plano do corpo, o conceito de normalidade é mais preciso e mais simples do que no plano psíquico. Quando as funções orgânicas se realizam em harmonia, cada órgão perfazendo a contento seu papel específico na economia orgânica, isto é, enquanto funcione bem a capacidade autorreguladora, autocurativa, auto energizante do corpo, o organismo estará reagindo ao meio interno e ao meio externo de maneira normal, e isto é saúde.

Na verdade, porém, não podemos falar separadamente em saúde mental e saúde orgânica. A divisão do homem em corpo e alma é hoje, já o sabemos, uma noção obsoleta. A ciência está dizendo que mente e corpo, matéria e espírito, constituem unidade. Reafirmo a conveniência de que você pense um pouco antes de cair presa da ânsia de ficar bom, de tornar-se normal, de superar logo suas imperfeições e fraquezas. Não seja intransigente com ninguém e principalmente consigo mesmo. Deixe de se horrorizar com suas quedas e crises. Lembre-se de que muita gente por você tida como curada, normal e mesmo perfeita também carrega uma cruz, também cai e levanta-se e novamente tropeça…

*Esse livro é encontrado em PDF no Google.

Nota: A Siesta, obra de Van Gogh

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Reynolds – Elisabeth, Sarah e Edward…

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor inglês Joshua Reynolds (1723 – 1740) era filho do reverendo Samuel Reynolds. Seu pai almejava que ele fosse médico, mas o garoto, já aos oito anos de idade, mostrava sua forte propensão pela arte, reproduzindo pinturas e gravuras. Ao tomar conhecimento do “Ensaio sobre a Teoria da Pintura” anos depois, viu que ser pintor era o que desejava. Prometeu ao pai que seria um pintor de talento. Ele veio a transformar-se no retratista oficial da nobreza e da alta sociedade inglesa, ostentosa e sofisticada, dos fins do século XVIII.

A composição cheia de artifícios e excessivamente rebuscada, intitulada Elisabeth, Sarah e Edward, filhos de Edward Holden Cruttenden é uma obra do artista. Encontra-se no acervo do MASP desde 1952.  Apresenta quatro personagens em atitudes estudadas, desprovidas de qualquer naturalidade, num jardim.

As crianças – duas meninas e um menino – estão na companhia da babá indiana. Eram filhos do diretor da “East India Company”. Quando Calcutá foi saqueada pelo nababo de Bengala, elas foram salvas pela babá, mas seus pais morreram.  Elisabeth, a garota mais velha, traz o avental cheio de flores e um buquê na mão direita. Edward, o menino, também carrega um buquê, e Sarah, a garota mais nova, traz as mãos cruzadas na barriga. As flores colhidas são para homenagear a memória do pai.

A babá indiana, com suas vestes de criada, ajuda as crianças na colheita das flores. Encontra-se de perfil e seus olhos estão voltados para baixo, numa referência à sua baixa classe social, enquanto as duas meninas encaram o observador e o menino fita algo à sua esquerda.

Ficha técnica
Ano: c. 1623
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 179 x 168 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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