FÍGADO GORDUROSO E CARDO-MARIANO

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

        

Nosso fígado possui, normalmente, pequenas quantidades de gordura, cerca de 10% do seu peso total. Quando o percentual de gordura excede esse valor, estamos diante de um fígado que está acumulando gordura, ou seja, diante de um fígado gorduroso. O objetivo deste artigo é de falar sobre a prevenção desta patologia, dado que a mesma cursa de forma assintomática na maioria dos casos.

Quanto maior e mais prolongado for o acúmulo de gordura no fígado, maiores são os riscos de lesão hepática. Quando há gordura em excesso e por muito tempo, as células do fígado podem sofrer danos, ficando inflamadas. Este quadro é chamado de esteato-hepatite ou hepatite gordurosa. A esteato-hepatite é um quadro bem mais preocupante que a esteatose, já que cerca de 20% dos pacientes evoluem para cirrose hepática e eventualmente para o câncer de fígado.

A obesidade, o diabetes, a má nutrição, a perda brusca de peso, a gravidez, cirurgias diversas e o sedentarismo são fatores de risco para o aparecimento da esteatose hepática gordurosa não alcoólica. Há evidências de que a síndrome metabólica, caracterizada por pressão alta, resistência à insulina, níveis elevados de colesterol e triglicérides, associada à obesidade abdominal está diretamente ligada ao excesso de células gordurosas no fígado. Nos quadros leves de esteatose hepática, a doença é assintomática. Os sintomas aparecem quando surgem as complicações da doença. Num primeiro momento, as queixas são dor, cansaço, fraqueza, perda de apetite e aumento do fígado. Nos estágios mais avançados, a doença evolui para falência do órgão com complicações metabólicas e neurológicas.

O tratamento se baseia em um estilo de vida saudável, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos. Deve-se controlar o colesterol, o diabetes e, se possível, trocar medicamentos que possam estar colaborando para a piora da esteatose. Por isso, consulte seu médico para uma avaliação mais aprofundada. Medicamentos como metformina (em pacientes não diabéticos) e as vitamina C e E apresentam resultados controversos e ainda não há uma indicação formal para o seu uso. Restringir o consumo dos carboidratos refinados e de alimentos gordurosos também é de bom tom. Os bebedores contumazes e diários devem passar a reduzir ou suspender o consumo de bebidas alcoólicas e “dar um tempo para o fígado”.

Alguns alimentos específicos ajudam na redução da gordura do fígado. A alcachofra, o rabanete, a beterraba, o limão e o gengibre são alimentos benéficos no combate à esteatose hepática. O destaque fica por conta de uma planta de nome cardo mariano, cujas folhas secas podem, sob infusão, serem consumidas em chás três vezes ao dia. Esta planta contém uma substância ativa conhecida por silimarina, que sabidamente ajuda na redução da gordura do fígado e na desintoxicação deste órgão, pois reduz a inflamação. Já existe no mercado suplementos à base de silimarina para pessoas com diagnóstico deste problema. Entretanto, não pratique a automedicação, tire a dúvida antes com seu médico.

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TRÊS PASSOS PARA A CURA

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Autoria de Daniel Sossi

Sou técnico e sempre trabalhei na área de engenharia e administração financeira. Em 2013, eu me mudei de Jundiaí/SP para Ubatuba/SP, na busca de melhor qualidade de vida para mim e minha família. Deixei o trabalho numa multinacional e segui meu caminho. Durante três anos foram somente férias, surf, álcool e muita comida… Até que algo me aconteceu,  depois de gozar de uma saúde perfeita, moreno de sol de tanto surfar e me achando o melhor.

Num almoço com meu chefe e um cliente, minha pressão baixou muito, tudo escureceu e fui parar no hospital. Muitos exames e nada! Entre tonteiras, pressão subindo e descendo e desesperos passaram-se dois meses. Certo dia, num final de tarde, estava assistindo a um filme deitado no sofá, quando um medo imenso me dominou. Comecei a rezar. Fui tentar sair de casa e fiquei com medo de tudo, mas peguei na mão de Deus e, na esquina, liguei para o meu médico. A sorte é que eu tinha um amigo médico e dos bons (Dr Antonio Valente)! Eu estava em pânico e entrando num processo depressivo. Ele disse para eu ficar tranquilo, que havia cura e não seria difícil, mas seriam necessárias algumas mudanças em minha vida.  Explicou-me que a cura para essa doença mental era dividida em três tipos diferentes de tratamento:

  • remédio (antidepressivo);
  • psicoterapia;
  • e fé.

Logo que saí do consultório,  comprei o remédio, marquei um consulta com uma psicóloga e, no outro dia, pedi ajuda a um amigo que tinha muita fé.

O médico me receitou 10 mg do antidepressivo, subindo depois para 20 mg. Depois de três meses comecei a ter uns tiques nervosos e ele baixou a medicação para 10 mg. Melhorei, mas os tais tiques voltaram e ele baixou para cinco mg e depois tirou o remédio. O desmame durou dois meses e meio. Durante esse período de tratamento, num total de sete meses,  tratei muitas disfunções emocionais com a psicóloga, o que foi fundamental para minha cura. Ainda continuo com a terapia.

A minha fé em Deus fez toda a diferença! Buscá-lo nesse momento foi fundamental para o meu reequilíbrio psicológico e emocional. Aproveitei a doença para me transformar completamente e largar o mundo do cigarro e do álcool.  Melhorei a alimentação e modifiquei minhas  ações.  Também contei com o apoio de minha esposa e filha, ambas muito pacientes e amorosas, ajudando-me muito! Sou muito grato a Deus e a elas!

Quem está neste barco deve buscar ajuda médica, seguindo a orientação de um especialista, ajuda psicológica e também divina. Parte desta doença vem das nossas emoções e, por isso, precisamos curar nossa alma também.

Deus abençoe a todos!

Nota: ilustração é uma obra de Vincent van Gogh

 

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O VÍRUS DA ARTE & CIA. AGRADECE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

                                                     – Desculpe-me senhor, (onde fica) o trem para um mundo melhor?

Caros amigos leitores

Agradeço a companhia de vocês durante este ano que ora finda. Será um grande prazer continuar contando com a presença de todos em 2018. Para homenageá-los, lanço mão das sábias palavras do escritor Eça de Queiroz:

“Há no mundo uma raça de homens com instintos sagrados e luminosos, com divinas bondades do coração, com uma inteligência serena e lúcida, com dedicações profundas, cheias de amor pelo trabalho e de adoração pelo bem, que sofrem, que se lamentam em vão.

Estes homens são o povo.
Estes homens estão sob o peso do calor e do Sol, transidos pelas chuvas, roídos do frio, descalços, mal nutridos; lavram a terra, revolvem-na, gastam a sua vida, a sua força, para criar o pão, o alimento de todos.
Estes são o povo, e são os que nos alimentam.
Estes homens vivem nas fábricas, pálidos, doentes, sem família, sem doces noites, sem um olhar amigo que os console, sem ter repouso do corpo e a expansão da alma, e fabricam o linho, o pano, a seda, os estofos.
Estes homens são o povo, e são os que nos vestem.
Estes homens vivem debaixo das minas, sem o Sol e as doçuras consoladoras da Natureza, respirando mal, comendo pouco, sempre na véspera da morte, rotos, sujos, curvados, e extraem o metal, o minério, o cobre, o ferro, e toda a matéria das indústrias.
Estes homens são o povo, e são os que nos enriquecem.
Estes homens, nos tempos de lutas e de crises, tomam as velhas armas da pátria, e vão, dormindo mal, com marchas terríveis, à neve, à chuva, ao frio, nos calores pesados, combater e morrer longe dos filhos e das mães, sem ventura, esquecidos, para que nós conservemos o nosso descanso opulento.
Estes homens são o povo, e são os que nos defendem.
Estes homens formam as equipagens dos navios, são lenhadores, guardadores de gado, servos mal retribuídos e desprezados.
Estes homens são os que nos servem.

E o mundo oficial, opulento, soberano, o que faz a estes homens que o vestem, que o alimentam, que o enriquecem, que o defendem, que o servem?

Primeiro, despreza-os; não pensa neles, não vela por eles, trata-os come se tratam os bois, deixa-lhes apenas uma pequena porção dos seus trabalhos dolorosos; não lhes melhora a sorte, cerca-os de obstáculos e de dificuldades; forma-lhes ao redor uma servidão que os prende e uma miséria que os esmaga, não lhes dá proteção, e, terrível coisa, não os instrui: deixa-lhes morrer a alma.

É por isso que os que têm coração e alma, e amam a justiça, devem lutar e combater pelo povo.
E ainda que não sejam escutados, tem na amizade dele uma consolação suprema.”

Nota: imagem copiada do Instagram de Sílvia Jacobucci.

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Stephan Lochner – NASCIMENTO DE CRISTO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor alemão Stephan Lochner (c. 1410 – 1451) foi um dos principais nomes da Escola de Colônia. Chegou a morar por certo tempo nos Países Baixos, mas foi em Colônia que teve uma importante oficina e tornou-se participante do conselho da cidade. Foi um grande admirador das obras de Jan van Eyck. A influência desse seu contemporâneo levou-o a criar um estilo muito primoroso. As obras tradicionais de sua Colônia também o levaram a criar pinturas delicadas, líricas e sensíveis. Lochner também unificou a vocação realística do sul da Alemanha com o idealismo do final do Gótico de Colônia. Suas obras apresentam uma intensa luminosidade e grande transparência, com grande destaque para os reflexos de luz. Ele foi, sem dúvida alguma, um importante pintor de sua época, com seu estilo delicado. É tido como um dos primeiros pintores alemães que seriam prestigiados pelos românticos.

A composição Nascimento de Cristo, também conhecida como Natividade, obra de extremo lirismo, é a outra parte de um díptico. A Virgem Mãe, mais parecida com uma jovenzinha, encontra-se ajoelhada no chão salpicado de palhas, diante de seu Menino Jesus, debaixo de um estábulo. Ela usa um vestido azul-escuro e, sobre ele, um suntuoso manto azul num tom mais claro. Uma grande e dourada auréola aparece por trás de sua cabeça, adornada com longos cabelos dourados que lhe caem pelas costas. Suas mãos encontram-se em postura de oração.

O diminuto Menino Jesus encontra-se deitado sobre um pequeno pano bordado, estendido no chão sobre algumas folhas de capim seco, onde mal cabe seu corpinho nu. Ele também traz uma enorme auréola dourada que mais se parece com um travesseiro redondo. Sua mãozinha direita está em postura de bênção. Seus grandes olhos estão voltados para a Virgem. Atrás do pequenino está uma velha manjedoura, onde comem um boi e um burrinho. Três pequenos anjos aparecem na janela, enquanto outros quatro, presentes no telhado, trazem nas mãos um pergaminho. Um oitavo anjo, adejando, indica aos três pastores, à esquerda, a Virgem e seu Menino. À esquerda dos pastores encontra-se o rebanho.

Ficha técnica
Ano: c. 1440/45
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 35,5 x 21,6 cm
Localização: Pinacoteca de Munique, Alemanha

 Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann

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ANO FINDO: DEPRESSÃO OU TRISTEZA?

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

         

Chegou mais um final de ano e, junto com ele, vêm as avaliações do ano que passou. Passa pela nossa cabeça os arrependimentos, as conquistas, as perdas, os ganhos, etc. Enfim, é uma fase de avaliar o que se fez e o que deixamos de fazer. Neste período, justamente devido a estas avaliações, a tristeza vem afligir uma parte da população. No texto desta semana, vamos diferenciar quem está triste somente ou deprimido e precisa de um tratamento especializado.

Ficar triste nesta época é algo natural, em especial devido às reflexões que são feitas. Algumas pessoas podem ter também lembranças da morte de um parente ou de alguma perda no ano que passou, como uma separação, um emprego, uma reprovação escolar, etc. São sentimentos que, acumulados no decorrer do ano, podem se misturar e causar mais melancolia e tristeza.

Não podemos confundir depressão com tristeza. Ficar simplesmente triste não caracteriza, necessariamente, uma depressão, que é um quadro patológico. A pessoa depressiva apresenta vários sintomas emocionais e físicos que podem incluir sentimentos de culpa sem uma razão aparente, tendência ao isolamento, perda ou ganho de peso, distúrbios do sono, raciocínio lento, melancolia, perda de apetite, dores pelo corpo, etc. Quem fica efetivamente deprimido no final do ano é porque já vem carregando sintomas prévios da doença.

É normal a pessoa confundir, ainda hoje, depressão com tristeza, “baixo astral”, fossa, ou atribuir os sentimentos a uma “fase ruim” ou à “crise do país”. A tristeza é um sentimento que acontece com qualquer pessoa, mas é passageiro, não altera o funcionamento do indivíduo. A pessoa continua a “tocar a vida”, ou seja, entristecer não é ficar deprimido. Todos nós temos momentos de tristeza, faz parte da vida. A vida é feita de alegrias e desilusões.

O dia de Natal, por ser considerado cultural e socialmente um período familiar de união, trocas e por ser carregado de religiosidade, é uma data em que muitas pessoas se entristecem, pois as lembranças podem ser dolorosas, algumas feridas ainda não cicatrizadas podem voltar à tona e a percepção da realidade pode não agradar.

Se você faz parte deste grupo que fica mais triste nesta época do ano, aí vão algumas dicas:

  • planejar seu final de ano é de suma importância. As coisas feitas em cima da hora geram mais estresse;
  • evitar conflitos familiares e não falar em coisas desagradáveis é de bom tom. Há sempre aquele familiar que chega com temas desagradáveis (esta pessoa deve ser evitada a qualquer custo);
  • priorizar os exercícios físicos e a exposição ao sol, pois sabidamente a não exposição solar está ligada a quadros depressivos e melancólicos;
  • não assumir compromissos acima da sua capacidade neste período. Faça aquilo que você planejou e mais nada;

Já os casos com sintomas depressivos devem procurar ajuda médica e ou psicológica.

O ano de 2018 chegou! Novos erros serão cometidos, entretanto, não cometa os erros de 2017. Errar duas vezes pelo mesmo motivo é sinal de pouca inteligência e isso pode gerar tristezas e depressão.

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Bramantino – A ADORAÇÃO DOS MAGOS

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 Autoria de Lu Dias Carvalho

adodoma

A composição A Adoração dos Magos é uma obra do pintor e arquiteto italiano Bramantino (1465-1530), cujo nome de batismo era Bartolomeo Suardi. Herdou do mestre Donato Bramante o apelido usado. Presume-se que tenha recebido formação como pintor com o mestre Bernardino Butinone, artista renascentista. Em Roma, ele ajudou Bramante em várias construções. São tidas como obras-primas da tapeçaria italiana, as 12 alegorias relativas aos meses, produzidas por ele. Foi pintor da corte do Duque Francisco II Sforza. Recebeu influência da escola lombarda e de Leonardo da Vinci com seu sfumato. Foi muito admirado em sua cidade natal, Milão, onde exerceu o ofício de pintor e arquiteto. Também escreveu um trabalho sobre perspectiva.

A Adoração dos Magos encontra-se entre os mais notáveis trabalhos do artista, através do qual mostra seu conhecimento profundo de perspectiva e de arquitetura. Apresenta a Virgem e seu Menino recebendo a visita dos reis magos, que se preparam para homenagear a criança, pois, como se vê, ainda se encontram de pé. Nenhuma das figuras encontra-se calçada, o que leva a crer que os visitantes sejam pessoas que se sentem humildes diante do Salvador. Algumas delas trazem panos enrolados na cabeça, assim como a Virgem. O turbante do mago mais velho encontra-se no degrau abaixo daquele onde se encontram os pés de Maria.

A Virgem Maria, seu Menino e uma grande comitiva encontram-se em frente a um edifício em ruínas, sem uma lógica estrutural, apresentando molduras de pedra clara, enormes portas e paredes verdes. À esquerda da Virgem, São João Batista, carregando um cajado, aponta com o dedo indicador para o Menino Jesus, que se vira para trás para fitá-lo. À sua direita, outro homem (seria São José?), em frente à porta, também indica a criança. Muitas figuras humanas presentes são difíceis de serem identificadas, assim como a inscrição na base, onde a Virgem apoia seu pé direito.

Ao fundo, através das portas e do lado aberto da edificação, vê-se uma paisagem escarpada. À direita, ergue-se uma grande montanha rochosa que se assemelha a um castelo (como foi concebido originalmente, segundo testes com raios-X). São vistos, mais distantes, um velho arco triunfal e uma diminuta torre. O ponto de fuga da obra encontra-se no nível do joelho direito da Virgem.

Ficha técnica
Ano: c. 1500
Técnica: óleo sobre madeira de choupo
Dimensões: 57 x 55,2 cm
Localização: Galeria Nacional, Londres, Grã-Bretanha

Fonte de pesquisa

Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
https://www.nationalgallery.org.uk/paintings/research/exhibition-catalogues/building-the-picture/architectural-time/bramantino-the-adoration-of-the-kings

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