OS BENEFÍCIOS DO SEXO

Siga-nos nas Redes Socias:
FACEBOOK
Instagram

Autoria do Dr. Telmo Diniz

Trago hoje uma notícia bem agradável – quem faz mais sexo pode ter uma cognição melhor, ou seja, fazer sexo pode melhorar a memória. Seria uma forma prazerosa e profilática para tratar as demências? Segundo um novo estudo publicado no periódico científico “Journals of Gerontology”, fazer sexo pode fazer bem ao cérebro. Os pesquisadores descobriram que quanto maior a frequência das relações sexuais, “melhor é a fluência verbal e a consciência visual de pessoas com mais de 50 anos”.

Nós, de uma forma geral, não cogitamos pensar que uma pessoa de mais idade tenha relações sexuais frequentes. Temos de superar este preconceito e ver que sexo na terceira idade pode ser melhor do que na juventude, inclusive com claros impactos na saúde – e na memória. Equipes de pesquisa das Universidades de Oxford e Universidade Coventry, no Reino Unido, analisaram a vida sexual e a cognição de 28 homens e 45 mulheres, com idade entre 50 e 83 anos.

Os participantes completaram questionários sobre suas atividades sexuais do ano anterior. Além disso, participaram de testes para avaliar o funcionamento do cérebro. Para isso, eles precisaram dar nomes ao maior número de animais possível, dentro do prazo de um minuto. Para avaliar a capacidade visual, eles precisaram observar um desenho complexo e a face de um relógio, memorizá-los e copiá-los em um papel. Ao final do estudo, os resultados revelaram que aqueles que faziam mais sexo se saíram bem melhor nos testes de fluência verbal, como também foram melhores em lembrar-se dos objetos e do espaço entre eles. Neste estudo, em específico, os cientistas não chegaram a uma conclusão sobre o motivo para a melhora da memória.

Outra pesquisa, esta realizada em uma Universidade do Canadá, pediu a 78 mulheres, entre 18 e 29 anos, para fazer um teste de memória. O desafio delas era tentar se lembrar de rostos e palavras que apareciam na tela do computador. E qual foi a resposta? As mulheres que transavam com mais frequência pontuaram mais do que as outras. Elas se saíram melhor nos testes com as palavras. No sexo, como nas atividades físicas, se detecta uma formação de novos neurônios (“neurogênese”) o que pode, por consequência, proporcionar um melhor desempenho nos testes de memória. Esta poderia ser uma das explicações possíveis para a melhora da cognição.

Enfim, ter relações sexuais pode reduzir a depressão, estresse e ansiedade, além de melhorar a memória, pois os processos químicos (serotonina, dopamina, endorfinas etc) envolvidos durante a relação parecem ter efeito direto nos centros das lembranças. Independentemente das reações químicas que ocorrem no organismo durante o ato sexual, parece que transar faz bem. Então, o que você está esperando?

Views: 1

Goya – A NEVADA

Siga-nos nas Redes Socias:
FACEBOOK
Instagram

Autoria de Lu Dias Carvalho

A composição intitulada A Nevada, ou A Nevasca, é uma obra do pintor e gravador espanhol Francisco José de Goya y Lucientes. Este desenho foi feito para uma das tapeçarias destinadas à ornamentação da sala de jantar do Príncipe das Astúrias, no Palácio de El Pardo, na Espanha. Trata-se de uma cena do cotidiano e pode estar representando a estação invernal.

A cena apresenta cinco camponeses, um cão e um burro carregando um porco. O grupo atravessa um vale durante uma nevasca. Os homens estão encolhidos, deixando apenas o rosto de fora, em razão do excessivo frio. Também parecem famintos e cansados. O que segue à frente carrega uma espingarda. O cãozinho, com o rabo entre as pernas, visivelmente cansado, deixa as marcas de seus pés pelo caminho, e também parece faminto.

O burro é o único que parece não se sentir atingido pelo mau tempo, mas, sim, pelo peso excessivo do barrão, que faz vergar suas pernas traseiras. Está sendo puxado, através de uma corda, pelo camponês que se encontra num plano inferior. O vento, que sopra da esquerda para a direita, faz vergar uma árvore desfolhada à esquerda e outras menores à direita. O céu está tingido de cinza e a neve cai ao fundo,  espalhando-se por todo lado.

Ficha técnica
Ano: 1786

Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 275 x 293,5 cm
Localização: Museu do Prado, Madri, Espanha

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

https://www.museodelprado.es/en/the-collection/art-work/the-snowstorm-or-

Views: 4

Zurbarán – SANTA ISABEL DE PORTUGAL

Siga-nos nas Redes Socias:
FACEBOOK
Instagram

Autoria de Lu Dias Carvalho

A composição intitulada Santa Isabel de Portugal, também chamada por alguns críticos de arte como Santa Cacilda de Toledo, é uma obra do pintor espanhol Francisco de Zubarán (1598 – 1664), que trabalhou na corte de Madri sob as ordens de Filipe IV. A maior parte de seu trabalho artístico ornamentou o Convento de Sevilha. É tido como um dos mais importantes pintores espanhóis do século XVII, ao lado de Ribera e Murillo.

A pintura em destaque, em razão das rosas no colo da personagem, foi primeiramente identificada como sendo Santa Cacilda de Toledo, que, segundo a lenda, transformou pão em rosas. Contudo, milagre semelhante também foi atribuído a Santa Isabel, rainha de Portugal. Além disso, Santa Cacilda, em seus retratos, mostra-se bem mais jovem. E sem falar na coroa de rainha que a personagem usa. O fato é que a história e o objetivo deste retrato, que deixa patente a formação caravaggiana de Zubarán, continuam desconhecidos. É tida como a mais trabalhada das pinturas de santas criadas pelo artista. Presume-se que ele tenha usado uma modelo pertencente à realeza na criação desta obra.

A santa, mostrada de corpo inteiro diante de um fundo neutro, está ligeiramente inclinada para a direita, sendo banhada por uma luz que vem do mesmo lado. Sua cabeça está voltada para o observador e seus olhos encaram-no com firmeza e dignidade. Usa um suntuoso traje, o que mostra ser ela pertencente à realeza. Está vestida de acordo com o estilo vigente, à época, na corte espanhola. Sua vestimenta de seda, feita em cores luminosas e contrastantes, desce em cascata até o chão, chamando a atenção, sobretudo, para suas dobraduras. Seus cabelos escuros estão enfeitados com joias e uma coroa de rainha. Um colar de pérolas enfeita-lhe o pescoço. Outras joias adornam-lhe o peito, o antebraço e a cintura. Suas formas são destacadas através da luz lateral. Ela suspende a saia vermelha, para esconder os pães que daria aos pobres e, que acabaram se transformando em rosas, segundo a lenda.

Ficha técnica
Ano: 1629

Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 179 x 223 cm
Localização: Museu do Prado, Madri, Espanha

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
https://www.museodelprado.es/en/the-collection/art-work/saint-elisabeth-of-

Views: 4

O BAÚ DOS MEUS SONHOS

Siga-nos nas Redes Socias:
FACEBOOK
Instagram

Autoria do Prof. Rodolpho Caniato

Durante os anos de minha vida em Copacabana, eu havia acumulado muitos brinquedos. Em todo Natal era grande a expectativa por encontrar os presentes trazidos pelo Papai Noel. Além daqueles ganhos de meus pais, eu ganhava também dos hóspedes mais frequentadores de “nosso” hotel, que se haviam tornado também amigos de nossa família. Entre esses havia os que vinham do exterior, como o casal dinamarquês, os Fösker. Desses ganhei alguns presentes notáveis, trazidos da Europa, como um Märklin: um conjunto de peças metálicas com placas, eixos, pequenas polias, rodas, roldanas e parafusos. Com esse conjunto alemão era possível fazer diversas montagens, ao sabor da imaginação.

Em outra ocasião, esse mesmo casal me presenteou com um “schuco patente”, uma miniatura de carro, de meio palmo de comprimento e de “dar corda”. Só o fato de ser um carrinho de corda, para a época já era extraordinário. Mas essa miniatura alemã tinha outra característica de, diríamos hoje, “alta tecnologia”. O carrinho com “corda” andava sobre a mesa e não caía, dando um susto em quem não estivesse avisado ou já não o tivesse visto. Ao atingir a borda do móvel, ele manobrava e seguia em outra direção. Era um brinquedo sensacional para a época, que produzia um verdadeiro alvoroço com suas manobras na beirada da mesa.   Outro brinquedo sensacional para a época era uma réplica vermelha da “Ferrari” com que Carlo Pintacuda havia ganho vários campeonatos mundiais, inclusive o “Circuito da Gávea” contra o alemão Von Stuk, no Rio de Janeiro. O extraordinário desse brinquedo era sua realidade em tudo: pneus intercambiáveis, sistema de direção e diferencial. Era também um brinquedo de “corda”.

Muitos outros brinquedos eu havia acumulado naqueles anos, tanto de meus pais como de clientes do hotel. Todo esse acervo acumulado nos anos de “Atalaia” ficava em uma grande e reforçada mala de viagens internacionais que alguém havia dispensado e deixado naquele hotel.  Aí ficavam guardados também os assessórios de nossa árvore de Natal. Entre esses ficavam as velinhas que sobravam de cada Papai Noel. Essas, meio queimadas, guardavam também os evocativos cheiros do Natal.  Era um baú dos meus sonhos de criança.

Quando nos mudamos para Corrupira, na zona rural, o meu baú também foi. Nesse outro cenário ele adquiriu um novo significado.  O ambiente era todo rude, e nada tinha de parecido com aquelas coisas sofisticadas da vida urbana. Um novo papel estava destinado ao meu baú. Logo fiz amigos, especialmente entre os nossos vizinhos mais próximos. Orlando e Mário tornaram-se meus amigos mais próximos e interlocutores mais interessados. Meu “baú” de brinquedos foi uma das primeiras coisas depois de nossos primeiros contatos.  Ambos ficaram extasiados. Nunca tinham visto qualquer coisa parecida.

Todas as coisas de meu baú eram impensáveis no ambiente rural rústico em que agora vivíamos. Mesmo os brinquedos já quebrados ou pedaços do que haviam sido, eram objetos que atiçavam a imaginação, especialmente desses meus novos amigos. Alguns desses “despojos” provocavam as perguntas dos meus amigos: “O que era aquilo?” ou “O que tinha sido aquilo?”. Descrever o que eles eram ou tinham sido foi também para mim um novo exercício de contar coisas segundo minha experiência e minha imaginação. Esse meu “baú” foi o “catalizador” de amizades e exercícios de imaginação para mim e para alguns de meus amigos naqueles anos de Corrupira.

Nota: Extraído do livro “Corrupira”, ainda inédito, do autor.

Views: 0

Zurbarán – O APÓSTOLO PEDRO APARECENDO…

Siga-nos nas Redes Socias:
FACEBOOK
Instagram

Autoria de Lu Dias Carvalho

A composição intitulada O Apóstolo Pedro Aparecendo a São Pedro Nolasco é uma obra do pintor espanhol Francisco de Zubarán (1598 – 1664), que trabalhou na corte de Madri sob as ordens de Filipe IV. A maior parte de seu trabalho artístico ornamentou o Convento de Sevilha. É tido como um dos mais importantes pintores espanhóis do século XVII, ao lado de Ribera e Murillo. A pintura em destaque, fruto da maturidade do artista, foi encomendada pelo Mosteiro Mercedário em Sevilha, logo após a canonização de Pedro Nolasco, e mostra uma de suas visões. Alguns críticos têm-na como o mais lírico de seus trabalhos de cunho religioso.

A cena mostrada, embora aparentemente simples, é de grande beleza. Enquanto se encontrava em oração, São Pedro Nolasco, santo católico nascido na França, e fundador da ordem de N. Sra. da Misericórdia, também conhecida como Mercerianos, e, que tinha como principal objetivo resgatar cristãos presos pelos muçulmanos, recebe a visão do apóstolo Pedro, seu santo padroeiro, que morrera crucificado de cabeça para baixo. Do corpo do apóstolo emana uma forte luz, que clareia a escuridão do ambiente sem nenhum ornamento material.

Existem apenas duas figuras no espaço – o santo e sua visão – envoltas em profunda escuridão, apartados de toda a materialidade. O apóstolo crucificado forma uma diagonal da direita para a esquerda, e seus braços abertos criam uma segunda diagonal da esquerda para a direita. O movimento dos braços abertos, em adoração, de São Pedro Nolasco corresponde ao do santo crucificado. É visível o espanto do santo francês, diante do milagre que os une em comunhão espiritual, ligando as dimensões divinas e terrestres.

Ao modo do pintor italiano Caravaggio, o fantástico banho de luz revela as formas simplificadas em volumes puros. A luz vibrante e incandescente que emana do corpo do apóstolo diz respeito à dimensão divina, enquanto a intensa e realista, focada no santo francês, diz respeito à terrena. Zurbarán abre mão de qualquer forma tradicional na interpretação da narrativa, e acaba criando duas figuras fortes e belas. Há um grande contraste entre a nudez do apóstolo, usando apenas um lençol amarrado abaixo da cintura, e a vestimenta volumosa e pregueada do santo francês, que se espalha pelo chão, deixando apenas cabeça e mãos à vista.

Ficha técnica
Ano: 1629

Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 179 x 223 cm
Localização: Museu do Prado, Madri, Espanha

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

https://www.museodelprado.es/en/the-collection/art-work/the-apparition-of-saint-

Views: 0

Filme – O FILME DA MINHA VIDA

Siga-nos nas Redes Socias:
FACEBOOK
Instagram

Autoria de Glaucia Pinheiro

Sinopse:

O filme é situado na década de 1960, na Serra Gaúcha, no sul do Brasil. O jovem Tony Terranova (Johnny Massaro), filho de um francês com uma brasileira, decide retornar a Remanso, na Serra Gaúcha, sua cidade natal, depois de passar um tempo estudando na capital. Ao ali chegar, ele descobre que Nicolas (Vincent Cassel), seu pai, voltou para a França, sob a alegação de que sente falta de seus amigos e de seu país de origem, deixando para trás ele e sua mãe Sofia (Ondina Clais). Tony acaba se tornando professor, e vê-se em meio aos conflitos e inexperiências juvenis, pois a vida perfeita, que pensava ter, mudara totalmente.

O Filme da Minha Vida é um longa-metragem, dirigido e estrelado por Selton Mello. Trata-se de uma adaptação do livro Um Pai de Cinema, do chileno Antonio Skármet (autor de O Carteiro e o Poeta). Narra uma sucessão de acontecimentos na vida de Tony Terranova, mas que acaba contribuindo para o seu amadurecimento. O jovem torna-se professor de francês no colégio da cidade, e vê-se envolvido com seus alunos adolescentes. Ele faz do amor e do cinema seus objetivos de vida, mas, quando a verdade sobre seu pai surge, sente que é preciso trilhar seus próprios caminhos, ou seja, assumir sua própria vida.

O filme é um primor de história, com cenas e diálogos construídos com sutilezas e delicadezas, para tocar a alma do espectador. O enredo envolve relações familiares e afetivas, desde a separação de um pai até o encontro de um amor, passando pela descoberta do sexo e pela frustração com os amigos. Mostra que a vida, ainda que bela, é muitas vezes difícil de ser vivida. Além de ser um primor de história, o filme ainda traz um belíssimo cenário e uma contagiante trilha sonora.

O personagem de Selton Mello (Paco) é secundário, mas é, sem dúvida, o mais tocante. Ele se encontra sempre ao lado, participando sem participar, querendo viver uma vida que não alcança, esbarrando entre a ética, o ingênuo e o mal. Transitando entre a humanidade e a bestialidade que habita em todos nós. 

O garoto Tony (Johnny Massaro), que protagoniza o filme, preenche a tela com o seu olhar, expressão viva das emoções que alegram e/ou atormentam. A presença  do ator dispensa palavras em vários momentos. É uma delícia a mais, e não pressentimos o politicamente correto atravessar nossas emoções, apesar de o filme se passar em uma época em que isto não era ainda tão enfatizado.

Outros temas são delicadamente abordados, como o tempo que não passa no relógio e, às vezes, também parece que para na vida. A pergunta que o personagem de Selton Mello faz no filme ainda ecoa em meus ouvidos e invade meus pensamentos: “Eu sou um homem ou um porco?” O que nos distancia e nos separa de sermos porcos? Apenas a humanidade tangível e intangível de cada um de nós!

O filme viaja mais pela fantasia do que propriamente pela noção de realidade. O final parece ingênuo e insatisfatório, mas achei coerente com a proposta de leveza no pensar e menos seriedade na ordem dos conflitos, como um tempo para respirar diante de tamanha realidade opressiva.

Views: 33