MASTURBAÇÃO OU SEXO SOLITÁRIO

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Autoria do Dr. Telmo Diniz zen12

Desde 2010, uma escola na Espanha vem ensinando masturbação a jovens de 14 aos 17 anos. E também vem provocando polêmica entre pais e educadores. O curso, que é facultativo, faz parte de um programa introduzido pelas secretarias de Educação e Juventude da província espanhola de Extremadura e intitulado “O Prazer Está em Suas Mãos”. O material didático inclui mapas de anatomia humana, explicações sobre tipos de brinquedos eróticos, formas de masturbações, entre outros. O curso pretende acabar com mitos que cercam o tema.

A história da masturbação é tão antiga quanto a própria história da humanidade. Até o século XIX, a lenda da mão cabeluda tinha o aval da comunidade médica. E esse era um dos “efeitos colaterais” mais brandos que se atribuíam ao sexo solitário. A lista de “doenças masturbatórias” era imensa: tuberculose, loucura, cegueira, anemia, envelhecimento precoce, calvície e epilepsia são apenas algumas delas. A invalidez e a morte eram o destino de quem ousasse tocar a si próprio. A tolerância só viria no século XX, com o surgimento da psicanálise. Se todo mundo faz, por que a masturbação ainda é motivo de angústia, culpa e censura social?

Para Freud, não havia nada de anormal na masturbação, mas desde que ela fosse praticada durante a infância. Foi uma revolução para a época. Seu erro? Achar que a masturbação deveria dar lugar ao sexo a dois na idade adulta. Alguns estudiosos do assunto dizem que o uso do autoerotismo como expressão da individualidade é legítimo e saudável. Alguns poucos ainda afirmam que fazer apologia à masturbação como uma sexualidade alternativa pode levar ao isolamento dos indivíduos. Nos tempos atuais, a repressão da masturbação costuma causar mais transtornos que o ato em si, especialmente em crianças.

Hoje, é sabido que a masturbação na infância é importante, já que equivale à auto exploração do corpo. Na adolescência, ela é vista pelos especialistas como uma prática fundamental para a satisfação sexual na vida adulta, por permitir um autoconhecimento do corpo, do prazer e das emoções. No tratamento das disfunções orgásticas, a masturbação é o elemento principal para capacitar a mulher a ter o primeiro orgasmo. Na vida adulta, a prática da masturbação solitária diminui, tornando-se mais utilizada como variante da atividade sexual do casal. E também quando os anos separam os casais, o indivíduo solitário volta a utilizar este método para o exercício da sua sexualidade. É uma hipocrisia social achar que esta prática não é utilizada por pessoas solitárias e de mais idade.

Estamos no século XXI e a maioria dos estudos mostra que, do ponto de vista clínico, é consenso que o sexo solitário não faz mal a ninguém. É recomendado para todas as idades. Então, se pode, converse com seu filho sobre o assunto. É quebrando barreiras que teremos as crianças de hoje sem culpa, amanhã.

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VOCÊ QUER SER MEU AMIGO?

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Autoria do Dr. Telmo Diniz resi1

Compreende-se por amizade um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo, a afeição, a lealdade e a solidariedade. A amizade é a aceitação de cada um como realmente ele é. Mas um fato curioso da amizade, e que vai além de um bom sentimento, é que ela faz bem para a saúde!

Estudos realizados na Austrália, por exemplo, revelam que a amizade é fundamental para o bem-estar psíquico. Segundo pesquisas, contatos sociais geram efeitos positivos tanto sobre a saúde física quanto a mental. E foram constatados benefícios práticos em casos de doenças cardiovasculares e pressão alta, além de melhorias no humor e na autoestima. Segundo os dados, pessoas com uma rede de amigos vivem 22% mais tempo do que aqueles que se isolam.

Em 1937, na Universidade Harvard, começou o maior estudo já realizado sobre a saúde humana. O projeto, que continua até hoje, acompanha milhares de pessoas. Voluntários de todas as idades e perfis, que têm sua vida analisada, passam por entrevistas e exames periódicos que tentam responder à pergunta: “O que faz uma pessoa ser saudável?” A conclusão é surpreendente.

O fator que mais influi no nível de saúde das pessoas não é a riqueza, não é a genética, não é a rotina, nem a alimentação. Por mais incrível que pareça, são os amigos. Existe até uma quantidade mínima de amigos para que você fique menos vulnerável a doenças, segundo pesquisadores da Universidade Duke – quatro. Gente com menos de quatro amigos tem risco dobrado de doenças cardíacas. Pessoas que têm mais amigos têm maior liberação de oxitocina – hormônio que estimula as interações entre as pessoas, agindo no corpo como um oposto da adrenalina e do cortisol (hormônios do estresse).

Inúmeros são os benéficos de uma boa amizade, como melhora geral na saúde e mais força para lutar contra o câncer. Estudos demonstram que pessoas em tratamento para o câncer que têm laços de amizade têm um melhor preparo para lidar com as adversidades da doença. Há melhora na resposta imunológica. Pessoas com menos amigos são duas vezes mais propensas a contrair gripes e resfriados.

Diversas pesquisas sugerem que, para manter nossa saúde, devemos interagir com outras pessoas por pelo menos seis horas por dia. Esse contato aumenta a sensação de bem-estar, provavelmente devido a uma maior liberação da oxitocina. Por fim, pessoas que têm laços de amizade têm uma visão mais positiva da vida.

A falta de amigos faz aflorar o sentimento de não pertencer a um grupo. Isso diminui a autoestima e a capacidade de a pessoa perceber a si mesma. Amigo é diferente de colega. Amizade pressupõe uma troca, onde duas pessoas fazem bem uma à outra. Portanto, cuide dos seus amigo!

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SEXO NA TERCEIRA IDADE

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Autoria do Dr. Telmo Diniz idade

Muitos pensam que quando as pessoas chegam à terceira idade, elas perdem completamente o desejo sexual. Na prática, não é o que acontece, principalmente com a nova geração de sessentões e setentões que conseguiram se adaptar aos tempos modernos onde o Viagra, a reposição hormonal e a longevidade que a medicina proporciona vêm melhorando a qualidade de vida dessa faixa etária.

Os idosos de antigamente tinham poucos recursos (ainda que a vontade de muitos fosse a mesma dos idosos de hoje), então, problemas com o corpo como diabetes, problemas cardíacos, respiratórios e urinários eram muito mais frequentes. Hoje, os recursos tecnológicos nos deram mais qualidade de vida e, com isso, mais capacidade para sonhar, fazer planos e se dedicar a uma vida com mais significado. Essa injeção de ânimo trouxe também a esperança de encontrar um novo parceiro(a) para aqueles que ficaram viúvos.

De acordo com especialistas do Projeto Sexualidade (ProSex), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, quase 60% das mulheres brasileiras com mais de 60 anos mantêm uma vida sexual plenamente ativa. Outra pesquisa, esta dos EUA, revelou recentemente que o sexo só melhora ao longo da vida, ou seja, em um universo de 150 mulheres entrevistadas, chegou-se à conclusão de que o sexo é melhor na terceira idade. Que boa notícia, não?

Envelhecer, sentir-se velho, ter medo de morrer, depressão, ansiedade e angústia são fatores que levam às dificuldades sexuais, pois geram baixa autoestima e infelicidade. Estes e outros fatores podem interferir na vida sexual de qualquer casal. É importante que homens e mulheres percebam que a atividade sexual permanece na terceira idade, havendo somente uma diminuição na sua frequência. Na terceira idade, além da satisfação física, o sexo reafirma a identidade de cada parceiro, o vínculo, a intimidade e a sensação de afeto, contribuindo para uma saúde física e emocional.

Cito algumas dicas importantes para um sexo bacana nesta faixa etária dos sessentões:

  • seja compreensivo com o parceiro(a), lembre-se que ele(a) não tem o mesmo nível hormonal de antigamente;
  • converse bastante sobre o tema (quanto mais um aprender sobre o outro, melhor);
  •  alimentação e, principalmente, hidratação são componentes que devem ser vistos como fundamentais (fazer sexo desidratado não dá!);
  • da mesma forma, a atividade física é importante;
  • o uso de lubrificantes poderá ser necessário (não ignore);
  • cuidado com a automedicação (o uso de medicações deve ocorrer com prescrição e acompanhamento médico);
  • perceba o sexo como uma troca entre os parceiros (é um momento de conhecimento do casal);
  • por fim, não ache que esteja fazendo algo sujo ou errando – errado é não fazer.

Nota: imagem copiada de blogdaturmadt10.blogspot.com

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O TRABALHO E A PREGUIÇA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

fabrica

A preguiça não é mais que o hábito de descansar antes de estar cansado. (Jules Renard)

A preguiça foi o motor das grandes conquistas do progresso. Quem inventou a roda, por exemplo, não queria empurrar e caminhar mais. Atrás de todos os elementos do conforto suponho que houve um preguiçoso esperto, pensando em como fazer para trabalhar menos. (Roberto Fontana Rosa)

Preguiçoso é quem renuncia a seus deveres com a sociedade, com a cidadania, quem abandona a própria formação cultural. (Fernando Savater)

Não sei muito bem por que motivo a preguiça foi cair nas mãos dos Sete Pecados Capitais (gula, luxúria, avareza, ira, soberba, vaidade e preguiça), pois a vejo muito mais como fruto de uma postura cultural de determinadas sociedades, ou resultante da falta de emprego nos países pobres, ou provinda do modo irresponsável com que a globalização vem mudando a economia dos países em busca do lucro fácil, ou como fruto da má administração dos governantes, incluindo aí a falta de capacitação do trabalhador.

Os filósofos gregos nada faziam a não ser pensar… pensar … e pensar. Cercados por dezenas de servos que lhes punham até comida na boca, ficava fácil para qualquer um levar a vida assim. Aristóteles, por exemplo, nunca deve ter colocado suas mãos na massa. Tanto é que achava que as tarefas pesadas deveriam ser feitas por escravos e que  “a mulher era um homem incompleto”, que só servia para trabalhar e parir, completo eu. Acreditava que as três formas de felicidade eram:

1- uma vida cheia de prazeres e satisfações (sem trabalho);

2- uma vida como cidadão livre e responsável (sem trabalho);

3- a vida como pesquisador e filósofo (longe do trabalho manual).

Em certos países, a preguiça chegou a ser cultuada como uma dádiva que só era acessível aos ricos. Hoje, ao contrário, está sendo obrigatoriamente repassada aos pobres desempregados, que vivem o ócio sem nunca o ter desejado. E nada pode ser pior do que a folgança advinda da pobreza e da falta de trabalho.

O filósofo espanhol Fernando Savater acha que, de modo geral, a preguiça é a falta de estímulo para realizar atividades criativas de qualquer índole. É fato que muitas causas contribuem para que uma suposta preguiça instale-se: a depressão que joga por terra qualquer estímulo, as altas temperaturas dos países tropicais que avivam a indisposição, o inverno rigoroso que enrijece os músculos e a subnutrição que leva ao desânimo. E dentre as causas citadas que levam à “preguiça”, está o sentir-se desvalorizado como cidadão naquilo que se faz.

Como não ter má fé a respeito do trabalho que já nasceu com o nome latino de “trepalium” (calma, não significa trepar). A derivação do verbo “trepaliare” significava “torturar com o trepalium”, os escravos. O pobre coitado era jogado num instrumento de tortura composto de três estacas. Muitas vezes, era ali empanado e deixado para morrer. E o trabalho passou a ter a conotação de sofrimento. Quando mal remunerado e desvalorizado o trabalho é o pior de todos os castigos, sem dúvida alguma.

Nota: Operários, obra de Tarsila do Amaral

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CASAMENTOS EXPERIMENTAIS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Engana-se quem pensa que o casamento originou-se para coroar o amor. Na verdade, o dito nasceu como uma força-tarefa para controlar a discórdia e a violência produzidas pelas relações sexuais. Macho e fêmea então partiram para uma associação, cujo fim principal era a proliferação e a produção de cativos: filhos. O amor passava lá detrás daquela serra onde há um pé de araçá…

Dizem alguns historiadores que o casório começou com os animais, a exemplo dos gorilas. E, por isso, os esponsais são mais antigos que a humanidade. Estudos também comprovam que os pigmeus africanos desconhecem o casório, sendo guiados apenas pelos instintos, sem nenhuma restrição de “essa” ou “esse” é meu. E quem foi responsável pela estatização da fêmea humana? O comunismo primitivo, é claro, na busca da terra e dos víveres. Contudo, muitos povos ainda contestam a monogamia, defendendo que o monopólio de uma mulher por um único homem é imoral e contra a natureza.

Conta-se que na Babilônia, para se encontrar apta para o casamento, a mulher tinha antes que coabitar com o homem que a quisesse. Era o aprendizado com a mão na massa, mesmo. Nada de teorias. E em muitos códigos antigos de hospitalidade a fêmea era emprestada ao visitante. O terrível mesmo era a lei que autorizava o barão feudal deflorar a noiva de seus servos, como prova de consideração a eles. E que consideração!

Para as classes baixas do Tibete e de outras freguesias, o casamento era de cunho experimental: se gostou fica, se não gostou, cada um que busque um novo companheiro em outras paragens, pois o mundo é grande e há tipos para todos os gostos. Segundo o historiador Francis Galton, entre os povos damaras, a esposa era trocada semanalmente (pro tempore).

Marco Polo em seus escritos cita uma tribo da Ásia Central (Keriya) em que, se um homem se ausentasse por mais de 20 dias, sua mulher tinha o direito, caso quisesse, de arranjar outro marido. Portanto, o homem que quisesse conservar sua mulher que tratasse de esquentar a alcova sem muitas delongas. E como anda o casamento nos dias de hoje no mundo ocidental? Aí vai uma outra história.

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O TRABALHADOR DEVE SER VALORIZADO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Lamentavelmente as pessoas ainda são tratadas de acordo com a profissão que exercem, pouco importando se a executam bem ou não. O diploma pendurado na parede, junto a um amontoado de cursinhos, é um indicativo de que se trata de um “bom” profissional. O que nem sempre condiz com a verdade. A avaliação do trabalho do profissional não pode ser desprezada em razão dos diplomas.

A filosofia budista ensina-nos que a virtude não está no título de quem realiza um determinado trabalho (professor, médico, lixeiro, costureira, barbeiro…), mas no bom desempenho que dele se faz. De modo que, aquele que ama o trabalho que executa, dando o melhor de si, estará combinando excelência e virtude no desempenho de suas tarefas, de modo a merecer um lugar de destaque. Mas, por que isso quase sempre não acontece? Por que muitos tratam o seu trabalho com extrema amargura, como se fosse um fardo?

A imensa maioria dos homens compreende, quando crianças, que no futuro terá que trabalhar para se sustentar. E que deve estudar e se preparar para isso, pois a vida humana é sempre consagrada ao trabalho (com as exceções dos privilegiados que nascem em berços de ouro). Quando alguém perde o seu “ganha-pão” tem a sensação de que o chão ruiu a seus pés. E, como sempre, os assalariados são as maiores vítimas, pois o desemprego forçado traz infelicidade para toda a família, levando depressão e desespero a seus membros que não sabem o que lhes aguarda no dia seguinte.

A decaída da economia, resultante de políticas incompetentes ou da corrupção sistêmica dos governos, sempre acaba batendo na porta dos operários mais humildes, que se encaixam na base da pirâmide social em todos os lugares do mundo. Nesta época de globalização e da efervescência do sistema neoliberal, onde é o mercado que dita as regras, os trabalhadores passam por um período conturbado, não tendo o trabalho valorizado, principalmente quando o funcionário é terceirizado, sendo visto apenas como número. Eles se veem como peças de um tabuleiro, removidas a bel prazer dos patrões. O sistema não tem apreço pelo empregado, a única preocupação que possui é com o volume do retorno financeiro.

Embora o mercado venha submetendo os trabalhadores a uma série de reciclagem na busca pela excelência, tais cursos serão sempre inúteis, se não houver a valorização financeira do profissional. Podemos ver um exemplo claro na Educação. Os professores recebem salários miseráveis, mesmo em Estados ricos como Minas Gerais. Muitas artimanhas são usadas pelo governo, inclusive a incorporação de direitos adquiridos, para dizer que é aumento de salário. Os mestres terminam trabalhando em até 3 escolas (manhã, tarde e noite), colecionando resultados medíocres. Desse jeito fica difícil amar o que se faz ou fazer um trabalho de excelência.

Muitos trabalhadores carregam um sentimento de nulidade e fracasso, ao verem horas preciosas de sua vida dedicadas a profissões que não os recompensam, mas os aprisionam e acorrentam a um salário miserável, do qual dependem para sobreviver, transformando-os em homens e mulheres amargos e sem esperança. O mesmo acontece com os aposentados, com suas míseras pensões, que só os faz revoltar em razão dos longos anos de vida dispensados ao trabalho, e agora se veem numa situação de penúria, inclusive no tocante ao direito por uma Saúde de qualidade.

Para melhorar a vida dos trabalhadores, aqueles que dirigem o mundo precisam contar com as virtudes da justiça, da coragem, da temperança e da sabedoria para estourarem a bolha em que vivem uns poucos privilegiados e individualistas, fazendo com que todos se interajam, de modo que o foco ético ocidental, que se encontra voltado para alguns poucos indivíduos, passe para o organismo social, onde todos possam ser beneficiados. Aí sim, teremos serviços prestados com excelência e empregados que sentem prazer e orgulho naquilo que faz. Se assim não for, a excelência continuará dando lugar ao faz de conta.

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