DUAS COMPOSIÇÕES DE CANALETTO (Aula nº 76 D)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

  

 Sua arte transcende o documentário; inventa uma visualização científica na qual o conteúdo da cena revela sua verdadeira natureza. […] O artista inverteu o processo em sua pintura: em vez de aplicar a perspectiva teórica a um objeto, a fim de simular outro, redescobriu a perspectiva natural do objeto. (Enciclopédia dos Museus)

O pintor italiano Canaletto (1697–1768), cujo nome de batismo era Giovanni Antonio Canal, filho do pintor e cenógrafo Bernardo Canal, seu primeiro mestre, era também tio do pintor Bernardo Belloto. Tornou-se muito conhecido pelas paisagens venezianas que pintava. Mais tarde, quando morava em Londres, pintou inúmeras paisagens inglesas (vedute*). Canaletto também estudou com o paisagista Lucas Carlevarijs e foi influenciado por Giovanni Paolo Pannini. Segundo alguns estudiosos da obra do artista, ele fez uso da câmera escura, (instrumento óptico através do qual os raios solares passam, refletindo a imagem que se deseja pintar), o que lhe possibilitava fazer desenhos mais precisos, ao reproduzir proporções e perspectivas. Porém os desenhos ou meros esboços, deixados pelo artista, sugerem que ele tomava notas ao ar livre e em seu estúdio usava réguas e bússolas para aperfeiçoá-los.

As obras de Canaletto têm por base o uso da perspectiva e a observação exata da realidade. Quando pintava vistas da cidade, captava com grande sentimento a arquitetura ali presente, tendo imortalizado Veneza com seus magníficos palácios e igrejas, voltados para as águas, sendo maravilhosamente iluminados e imersos numa atmosfera intemporal. Também costumava adicionar cenas de gênero às suas paisagens. É tido como um dos maiores paisagistas italianos, sendo considerado um dos criadores do gênero do “vedutismo” e um expoente do pensamento iluminista.

A composição Vista do Cais da Enseada de São Marco (à esquerda) e Vista do Grande Canal do Campo São Vio (à direita) são duas belas vistas da cidade de Veneza. Embora todos os objetos vistos nas paisagens sejam reais, estes foram arranjados pelo artista, numa sequência numérica, obedecendo a um equilíbrio composicional dinâmico e harmonioso. Em ambas as pinturas, deslizando pelas águas azuis, há um vai e vem de embarcações em atividade. Belas construções, incluindo uma majestosa igreja e também uma enorme coluna com uma estátua, margeiam o lado esquerdo dos canais na primeira pintura. Ali se encontram ancoradas inúmeras embarcações, sendo visto também um píer e a aglomeração de inúmeras pessoas.

A segunda pintura apresenta três pessoas no cais, à direita. Duas delas estão possivelmente aguardando o momento de serem atravessadas. Dois barris ali se encontram, junto a um carregador, enquanto um terceiro já está sendo atravessado. A terceira figura assemelha-se a um mendigo, sentado e recostado numa parede, com um cajado perto de si. Na sacada de uma casa, logo acima, vê-se uma mulher com uma vassoura e, na janela abaixo, outra senhora parece conversar com alguém. Canaletto gostava muito de tais temas. Em suas obras ele os repetia muitas vezes, variando apenas o ângulo e a extensão da paisagem vista.

* veduta: termo italiano que significa vista, e que serve para denominar um desenho ou pintura que retrata a vista real de uma cidade ou um determinado lugar (plural = vedute).

Ficha técnica das duas pinturas
Ano: c. 1740/45
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 71 x 53 cm
Localização: Museu de Brera, Milão, Itália

 Fontes de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
http://pinacotecabrera.org/en/collezione-online/opere/view-of-st-marks-from-the-punta-della-dogana/

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O BALOIÇO (Aula nº 76 C)

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 Autoria de Lu Dias Carvalho

 (Clique na imagem para ampliá-la.)

O pintor francês Jean- Honoré-Fragonard (1732–1806) deu início aos seus estudos artísticos com o mestre Jean-Siméon Chardin, famoso por suas naturezas-mortas e pinturas de gênero. Estudou depois com François-Boucher que muito o impressionara e de quem herdou muitas influências. Sua ida para Roma em razão de uma bolsa de estudos ganha como prêmio possibilitou-o estudar na Academia de França em Roma, onde estudou pintura barroca e Pietro da Cartona, ali permanecendo cerca de cinco anos. Continuou suas viagens pelos grandes centros de arte, aumentando seus conhecimentos. Ao lado de Antoine Watteau e François Boucher, o artista é tido como um dos mais importantes pintores de gênero de antes da Revolução Francesa. Como típico representante do Rococó francês, Fragonard não aderiu à revolucionária arte neoclássica. Foi um mestre das cores. Hoje estudamos uma de suas obras-primas, intitulada Fragonard – O BALOIÇO

  1. A composição em estudo também é conhecida como:

    1. A Lição de Música
    2. Os Incidentes Felizes do Balanço
    3. Triunfo de Aurora
    4. O Progresso do Amor

  2. Foi encomendada por certo barão, a fim de fazer uma homenagem a sua:

    1. mãe
    2. esposa
    3. amante 
    4. filha

  3. Este tipo de pintura era muito usado à época para:

    1. Ornamentar as partes mais íntimas das casas.
    2. Desafiar a moralidade abusiva da Igreja.
    3. Mostrar a extravagância do estilo Rococó.
    4. Provocar os puritanos da aristocracia.

  4. Trata-se de uma obra que demonstra:

    1. excessiva ingenuidade
    2. a pureza dos costumes
    3. o estilo dos ricos
    4. apelo erótico 

  5. São afirmativas inerentes à figura principal, exceto:

    1. Ela ocupa a parte central da pintura.
    2. Está cercada por roseiras e pequenas árvores.
    3. Mostra-se elegantemente vestida.
    4. Brinca com um balanço.

  6. São afirmativas inerentes ao voyeur, exceto:

    1. Encontra-se no chão, escondido em meio aos arbustos.
    2. Atrás dele um monumento de pedra traz a estátua de Cupido.
    3. A mulher não sabe que ele a está observando.
    4. Ergue o braço esquerdo na direção da mulher.

  7. São afirmativas inerentes ao marido da mulher, exceto:
    1. É um homem mais velho.
    2. É o responsável pelo vai e vem do balanço.
    3. Está escondido na sombra.
    4. Tem ciência da presença do amante da mulher.

  8. Cupido, o deus do amor, traz um dedo sobre os lábios, como se pedisse segredo em relação à:
    1. cena a que assiste
    2. presença do marido traído
    3. presença do voyeur
    4. inocência da mulher

  9. O artista capta o momento em que o balanço com a mulher encontra-se na sua posição mais alta, o que permite vislumbrar:
    1. suas roupas íntimas
    2. apenas o rendilhado da saia
    3. algo mais do que as roupas íntimas
    4. apenas as meias finas.

  10. São afirmações corretas acerca da mulher, exceto

    1. Levanta a sua perna esquerda para o alto.
    2. Busca seduzir o olhar do amante.
    3. Desce seus olhos em direção ao amante.
    4. Um de seus sapatos está a voar para cima.

  11. Mais abaixo, à direita, próximo ao homem com a corda (marido traído), estão dois cupidos, um …………………… e um cachorro de pedra.

    1. leão
    2. pombinho
    3. golfinho
    4. cervo

  12. A composição possui forma triangular, sendo que os dois homens compõem a base do triângulo, sendo seu ápice composto:

    1. pelo chapéu da mulher
    2. pela cabeça do cupido maior
    3. pelas duas cordas
    4. por um galho de árvore

  13. A iluminação vem ………………., com a luz do sol adentrando por entre as árvores que emolduram a cena central, principalmente a jovem no balanço.

      1. da esquerda
      2. da direita
      3. de cima
      4. em diagonal

  14. A presença do marido no escuro pode insinuar que ele:

      1. Nada sabe sobre o assunto.
      2. É conivente com a presença do amante.
      3. É também um voyeur.
      4. Apoia o exibicionismo da mulher.

  15. O quadro de Fragonard, cheio de …………….., além de captar um momento de grande alegria também faz insinuações claras sobre um relacionamento ilícito.

    1. realismo
    2. modernismo
    3. naturalismo
    4. simbolismo

  16. A pintura O Baloiço é um ícone do ………………., estilo em que o lado sensual sobrepunha o intelectual, combinando atitude despreocupada, erotismo irônico, tinta pastel e cenário pastoril.

    1. Maneirismo
    2. Barroco
    3. Rococó
    4. Romantismo

  17. Tal tipo de pintura erótica foi criado para ser exposto a um público restrito. Porém, tais peças saíram de moda depois da:

    1. Revolução Francesa
    2. Guerra dos Cem Anos
    3. Primeira Guerra Mundial
    4. Segunda Guerra Mundial

  18. Esta obra-prima de Fragonard, ao tentar captar o momento fugidio, antecipa técnicas e conceitos fundamentais aos: 

    1. românticos
    2. impressionistas
    3. naturalistas
    4. expressionistas

      Gabarito
      1.b / 2.c / 3.a / 4.d / 5.b / 6.c / 7.d / 8.a / 9.c / 10.a / 11.c / 12.a / 13.c / 14.a / 15.d / 16.c / 17.a / 18.b

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A MULHER NUA (Aula nº 76 B)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O gravador, desenhista e pintor francês François Boucher (170–1770), filho de um artista que criava padrões para bordados e ornamentos, iniciou sua vida artística ainda muito jovem, como aprendiz de Fraçois Lemoyne, com quem ficou por um breve tempo, vindo depois a trabalhar para Jean François Cars, um gravador de cobre. Aos 20 anos de idade recebeu o “Grand Prix de Rome”, um incentivo aos novos artistas. Depois de uma viagem à Itália, onde estudou afrescos de Michelangelo e grandes obras da Renascença, foi admitido na Academia Real de Pintura e Escultura como pintor histórico. Ali se tornou professor e depois reitor, assumindo a seguir outros cargos importantes e tendo uma bem sucedida carreira. Boucher é tido como um dos mais importantes artistas do estilo Rococó na França, embora a sua época tenha sido dominada pelo estilo Barroco. Em sua obra estão presentes temas mitológicos, cenas galantes e pastoris. Ele não foi apenas um pintor, também fez figurinos para teatros e foi um grande decorador de palácios. Gostava de retratar a elegância dos ambientes requintados de sua época. Foi o principal pintor da corte francesa do rei Luís XV e o principal desenhador das porcelanas reais. Possuía uma técnica virtuosa e refinada, sendo muito popular na corte. Foi escolhido como o pintor favorito de Madame de Pompadour – famosa amante do rei – celebrizando seus retratos. Hoje estudamos uma de suas famosas obras, intitulada Boucher – MULHER NUA

  1. O pintor francês François Boucher, além de pintor, era também:

    1. gravador e escultor
    2. desenhista e gravador
    3. gravador e arquiteto
    4. escultor e arquiteto

  2. Em sua viagem à Itália ele estudou obras do estilo:

    1. Românico
    2. Gótico
    3. Renascentista x
    4. Barroco

  3. Foi o principal pintor da corte francesa do rei Luís XV e o principal desenhador das porcelanas reais. Foi o favorito de ………….. Madame de Pompadour – famosa amante do rei – celebrizando seus retratos.

    1. Madame Pompadour
    2. Maria de Médici
    3. Ana da Áustria
    4. Maria Tudor

  4. A pintura em estudo, uma das obras mais famosas do artista, é conhecida pelos títulos abaixo, exceto:
    1. Mulher Nua
    2. A Odalisca Loura
    3. Nua num Sofá
    4. Rapariga em Serviço 
  5. Todas as afirmações sobre a pintura estão corretas, exceto:
    1. Tais quadros só podiam ser vendidos à nobreza francesa.
    2. Este tipo de pose era um dos preferidos do pintor.
    3. Quadros como este eram bastante requisitados pelos ricos.
    4. Objetivavam ornamentar os aposentos particulares da nobreza.

  6. Todas as afirmativas sobre o ambiente estão corretas, exceto:

    1. A garota encontra-se num ambiente muito luxuoso.
    2. Ela se encontra em meio a pesadas cortinas de veludo e roupa de cama de seda.
    3. Ela se mostra numa postura provocativa, reclinada sobre uma cama.
    4.  No chão vê-se um braseiro fumegante próximo a uma almofada com fitas.

  7. A delicadeza das cores usadas na pintura e o rosto terno da garota tornam-na aparentemente:

    1. sensual
    2. irreal
    3. exótica
    4. lasciva

  8. Acerca da retratada, não se pode afirmar que:

    1. Apesar de encontrar-se nua, de costas para cima, mostra-se meiga.
    2. A garota parece absorta em seus pensamentos. 
    3. Ela tem por objetivo usar seu apelo sexual.
    4. Mostra seus atributos de garota ingênua, pois ainda é uma adolescente.

  9. A modelo encontra-se em primeiro plano, mas distante do alcance do observador, isto porquê:

    1. A coloração usada pelo artista é artificial, deixando tudo irreal.
    2. O seu rosto mostra que ela é ainda muito jovem.
    3. Ela não olha com lascívia para o observar.
    4. A modelo esconde o rosto mostrando recato.

  10. O artista não recebia apenas elogios. Muitos críticos da época eram ácidos com o ele, enumerando seus vários erros na pintura, exceto:

    1. Seus nus deveriam ser apresentados dentro de um contexto mitológico ou alegórico, remetendo à beleza clássica.
    2. Achavam-no um imoral por representar “crianças-mulheres” em posturas provocantes, sendo muitas delas menores de idade.
    3. Segundo pesquisas, esta pintura foi encomendada quando a garota tinha somente 19 anos, época em que o rei tornou-a sua cortesã. 
    4. Possuía todos os talentos que um pintor pode ter, sendo bem sucedido em tudo, mas ao pintar por dinheiro isso corrompia seu talento.

Gabarito
1.b / 2.c / 3.a / 4.d / 5.a / 6.c / 7.b / 8.c / 9.a / 10.c

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VIAGEM A CITERA (Aula nº 76 A)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

                                                      (Clique na gravura para ampliá-la.)

O pintor e desenhista francês Jean-Antoine Watteau (1684-1721), filho de um artesão, nasceu em Valenciennes. Aos 18 anos de idade foi para Paris, indo trabalhar no ateliê do pintor decorativo Claude Gillot. Três anos depois foi para o estúdio de Claude Audran III que também era um artista decorador e ornamental. O artista recebeu, aos 25 anos de idade, o prêmio de segundo lugar no Prix de Rome. Em Paris foi apresentado ao rico colecionador de arte Pierre Crozat que tinha dentre as suas inúmeras obras trabalhos de Peter Paul Rubens, Anthony van Dyck e de pintores venezianos. Aos 35 anos de idade o artista viu-se acometido pela tuberculose, viajando para Londres para tratamento de saúde. Também sofria de uma ansiedade crônica. Retornando a Paris no ano seguinte, passou a conviver com Edmé-Françóis Gersaint, o mais famoso marchand do início do século. Watteau morreu aos 37 anos, vitimado pela tísica pulmonar. Atribui-se a ele a criação do chamado “fête galante”, um novo gênero de pintura, uma vez que o seu trabalho “Viagem a Citera” não se enquadrava em nenhum dos gêneros existentes até então. Em sua pintura ele mostra a elite em seu momento de diversão. Sua obra foi muito importante no sentido de libertar a pintura francesa da ditadura clássica ditada pela arte acadêmica. É tido como um dos mais importantes mestres da pintura do século XVIII.Hoje vamos estudar Watteau – VIAGEM A CITERA

  1. Por que o trabalho de Watteau ficou conhecido como um novo gênero de pintura?

    1. Foi criado na França após o estilo Barroco.
    2. Não se enquadrava em nenhum gênero de pintura à época.
    3. Apresentava personagens ricos e voluptuosos.
    4. Era um gênero voltado só para a elite francesa.

  2. A composição em estudo apresenta:

    1. A aristocracia numa praça parisiense.
    2. Alunos de escola num piquenique.
    3. A nobreza a passeio a Marselha.
    4. A elite em seu momento de diversão.

  3. A importância desta obra está no fato de:

    1. Libertar a pintura francesa da ditadura clássica ditada pela arte acadêmica.
    2. Mostrar a diferença entre o estilo Barroco e o estilo Rococó.
    3. Dar destaque à nobreza francesa que se mostrava esquecida.
    4. Libertar a pintura francesa da dramaticidade vista no estilo Barroco.

  4. Na obra de Watteau, embora tida como alegre ou frívola, também é possível detectar:

    1. A suntuosidade e dandismo da vida parisiense.
    2. A fragilidade humana diante da fugacidade dos prazeres.
    3. A diferença acentuada entre ricos e pobres da época.
    4. A grande sensibilidade do artista em relação às classes pobres

  5. Trata-se de um tipo específico de pintura rococó que dá destaque às festas ao ar livre e a jovens elegantes, ou seja, diversão dos ricos ociosos ao ar livre.

    1. Belle de Jour
    2. Peinture Sacrée
    3. Peindre des Anges
    4. Fête Galante

  6. São afirmativas que dizem respeito à composição, exceto:

    1. Retrata uma festa ao ar livre, tendo como personagens membros da sociedade cortesã do século XV.      
    2. Há grande harmonia entre a natureza e as pessoas ali presentes.
    3. A obra é tida como uma das mais belas do estilo Rococó que vigorou em todas as artes na primeira metade do século XVIII.
    4. Um outro trabalho anterior a esse, com poucas alterações, encontra-se no Louvre, em Paris, ambos representando uma viagem à ilha de Citara.

  7. O tema da composição é a visita de um grupo de pessoas apaixonadas ao santuário da deusa …………….. na ilha de Citara.

      1. Flora
      2. Ceres
      3. Vênus
      4. Diana

  8. A cena é ambientada ……………., com o dourado do sol espalhando-se numa atmosfera arcadiana.

    1. num final de manhã
    2. num final de tarde
    3. à meia-noite
    4. no nascer do dia

  9. Inúmeros querubins, conhecidos como …………., espalham-se por toda a pintura, ocupando as mais diferentes posições.

    1. angeli
    2. anges
    3. puto
    4. putti

  10. O principal tema do estilo Rococó era:

      1. os deuses
      2. a ostentação
      3. a natureza
      4. a boa vida

  11. Todas as afirmativas acerca do barco estão corretas, exceto:

    1. Na parte esquerda da composição está presente o barco do amor.
    2. Está sendo preparado para a viagem de volta ao mundo dos homens.
    3. Alguns querubins conduzem os casais até o barco.
    4. Um segundo barco encontra-se à direita da composição.

  12. Os deuses só eram admitidos no estilo Rococó, quando vistos como divindades:

    1. românticas e brincalhonas
    2. protetoras e sisudas
    3. românticas e guerreiras
    4. protetoras e alegres

  13. Um animal divide a composição ao meio. Trata-se de:

    1. uma vaca
    2. um cavalo
    3. um cãozinho 
    4. um carneiro

  14. As afirmativas acerca do pessoal presente na viagem estão corretas, exceto:

    1. Uma mulher, cujo companheiro enlaça-a pela cintura e conduz-a ao barco, olha tristemente para trás.
    2. Um cavalheiro ajuda sua companheira a levantar-se da relva, segurando-a pelas duas mãos.
    3. O homem está se  ajoelhando aos pés da amada que se encontra ainda sentada e traz nas mãos um livro. 
    4. Um homem presenteia sua amada com rosas que são as flores consagradas à deusa do amor.

  15. Na parte inferior direita da composição, na base da estátua, encontram-se alguns objetos que representam:

    1. a guerra, as artes e a cultura   
    2. a guerra, as artes e a riqueza
    3. a guerra, as artes e a pobreza
    4. a guerra, as artes e a fauna

  16. Próximos ao barco estão os homens responsáveis por guiá-lo. Eles carregam ……….. e usam chapéus de peregrinos.

    1. remos
    2. cajados    
    3. flores
    4. bandeiras

  17.  Todas as afirmativas abaixo acerca da composição estão corretas, exceto:

    1. O pintor usou tinta de cores claras e bem rala.
    2. Em algumas partes é possível ver apenas tênues contornos.
    3. Tudo parece abstrato e irreal como o amor.
    4. O céu dourado e as árvores parecem o pano de fundo da composição ao final de uma manhã.

  18. Apesar de ser tida como a “obra-prima das obras-primas francesas” num livro sobre a arte do século XVIII, esta pintura caiu em desgraça, logo após a ……………………….., por evidenciar o estilo de vida ocioso da velha aristocracia.

    1. Segunda Guerra Mundial
    2. Primeira Guerra Mundial
    3. Revolução Francesa  
    4. Guerra dos Cem Anos

Obs.:  Alguns estudiosos de arte acham que os casais estão embarcando para Citara, enquanto outros imaginam que estejam voltando. Em razão da estátua da deusa presente no local, penso eu que estejam deixando a ilha.

Gabarito
1.b / 2.d / 3.a / 4.b / 5.d / 6.a / 7.c / 8.b / 9.d / 10.c / 11.d / 12.a / 13.c / 14.c / 15.a / 16.b / 17.d / 18.c

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Lichtenstein – NASCER DO SOL

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Autoria de LuDiasBH

O pintor estadunidense Roy Lichtenstein (1923–1997) nasceu numa família de classe média alta. Seu contato informal com a pintura teve início em sua adolescência — em casa —, época em que também passou a demonstrar interesse pelo jazz, como mostram os muitos retratos, pintados por ele, com músicos tocando seus instrumentos. Seu contato formal com arte deu-se quando tinha 16 anos de idade, ao frequentar as aulas da Liga dos Estudantes de Arte sob a direção de Reginald Marsh. Seu objetivo era ser um artista. Foi depois para a School of Fine Arts da Ohio State University — uma das poucas instituições do país que possibilitavam a licenciatura em belas-artes. Ali recebeu influência de seu mestre Hoyt L. Sherman, dando início aos seus trabalhos expressionistas.

A composição intitulada Nascer do Sol é uma obra do artista, criada em offset em vermelho, azul e amarelo. Ele iniciou seu trabalho pop, inspirado nos quadrinhos, usando inicialmente a paisagem. Ainda que viesse a tomar outro rumo em relação a esta temática, Lichtenstein jamais a abandonou, usando-a com certa regularidade. Em sua obra ele suprime os contornos pretos, deixando no lugar faixas de cor sólida e agrupamentos com o objetivo de definir o espaço pictórico composto pelo oceano, montanhas e céus.

As paisagens pintadas originaram dos cenários de desenhos animados, como mostra este nascer exuberante do sol. Nela estão presentes os pontos de meio-tom duráveis — conhecidos como o pontilhado de Benday — que veio a tornar-se uma característica de sua arte. Essa obra representativa ainda se encontra longe dos trabalhos totalmente abstratos que o artista viria a criar.

Ficha técnica
Ano: 1965
Técnica: litografia em offset
Dimensões: 46,7 x 62 cm
Localização: Museu Ludwing, Colonia, Alemanha

Fontes de pesquisa
Lichtenstein/ Editora Taschen
https://www.roylichtenstein.com/sunrise.jsp

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UM NOVO ESTILO – ROCOCÓ (Aula nº 76)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O Rococó teve como origem a França, no século XVIII, onde surgiu como um estilo meramente decorativo e um desdobramento do Barroco. O termo é tido como uma combinação bem-humorada da palavra “rocaille” (palavra francesa que pode ser traduzida como “concha”) e “barroco”. Segundo alguns estudiosos do assunto, foi atribuído a um aluno do pintor Jacques-Louis David, logo após a Revolução Francesa, no intuito de zombar do rebuscamento do estilo burguês. Artistas da época achavam que tal estilo não passava de uma diminuição cômica do Barroco, objetivando apenas expressar sentimentos aprazíveis. Esse sentido pejorativo prosseguiu até metade do século XIX, perdendo toda a conotação negativa daí para a frente. O Rococó — estilo decorativo surgido na França no reinado de Luís XV — foi o último estilo da Idade Moderna.

Dentre as principais características da arte do Rococó podem ser citadas: o nivelamento e a falta de tridimensionalidade na decoração; o excesso de elementos curvos de rocaille, enroscando-se em anéis assimétricos de curvatura oposta; desenhos assimétricos; e a representação da vida profana e da futilidade da aristocracia que buscava na arte apenas o prazer. Além disso, muitas de suas formas foram influenciadas pelas características arquitetônicas do Barroco francês, porém niveladas e de proporções menores, sem a monumentalidade desse.

O período de dominância do Rococó foi responsável pelo aparecimento de uma grande atividade no campo da decoração, com a predominância de objetos pequenos, feitos de prata ou de porcelana. É dessa fase o conhecido “estilo Luís XV”, datado de 1730 a 1760, visto em mobiliários e decorações durante o reinado do monarca que lhe deu tal nome. As cenas pastorais também se encontravam presentes. Nelas as figuras aristocráticas cediam lugar a pastoras e pastores em jogos de sedução. Nos temas narrativos, os putti (anjos ou cupidos) reforçavam a história. Nas artes uma profusão de arabescos, motivos de conchas, linhas curvas e desenhos assimétricos davam destaque à decoração.

O Rococó foi de certa forma uma reação ao estilo Barroco. Dominou a arte europeia durante a maior parte do século XVIII, dando destaque à elegância, à futilidade e à beleza decorativa. Contudo, não se desenvolveu da mesma maneira nos países europeus, para onde foi levado por artistas expatriados e também através de gravuras. Na Inglaterra esteve mais ligado ao desenho mobiliário. No sul da Alemanha tornou-se um aperfeiçoamento do estilo Barroco e na Itália foi um avanço decorativo do Barroco italiano. A partir da década de 1770 foi, aos poucos, cedendo lugar ao Neoclassicismo.

Muitos temas encontrados na arte barroca estiveram presentes no Rococó, a exemplo de temas simbólicos e mitológicos, mas que não mais detinham um conteúdo de seriedade. Muitas das vezes não passavam de pretexto para as apresentações eróticas do nu feminino. A temática sobre o amor era, sem dúvida, a mais popularizada. O fête galante — tema que aludia a jovens casais ricos e elegantes, passeando alegremente por parques idílicos — teve em Jean-Antoine Watteau seu pioneiro, sendo a composição intitulada O Embarque para Citera, concluída em 1717, sua obra-prima.

O estilo Rococó teve grande influência sobre a arquitetura, a pintura e a decoração de interiores. Era ao mesmo tempo uma reação ao Barroco e um aprimoramento deste. A diferença fundamental estava na rejeição ao excesso de pompa e na grandiosidade apresentadas pelo estilo anterior. A arte do Rococó pecava, sobretudo, pela ausência de um conteúdo sério, uma vez que as obras carregavam um estilo excessivamente decorativo. Dentre os grandes nomes desta arte estão Jean-Antoine Watteau, François Boucher, Jean-Honoré Fragonard e Canaletto pintando cenas de Veneza. Na escultura o estilo Rococó eliminou o vigor das linhas retorcidas do Barroco, tendo como principal nome o escultor francês Jean-Antoine Houdon.

Ilustração: 1. O Baloiço, 1767, Jean- Honoré-Fragonard

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