Pieter Bruegel, o Velho – A QUEDA DOS ANJOS REBELDES

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição denominada A Queda dos Anjos Rebeldes é uma obra do pintor Pieter Bruegel, o Velho, cujo tema foi retirado de uma passagem do Livro do Apocalipse (12, 2-9). O pintor foi influenciado pela pintura de Hieronymus Bosch, especialmente na criação das figuras bizarras dos anjos caídos, que amedrontavam os pecadores e incentivavam os puros a continuarem no caminho do bem.

Na Idade Média, a visão sobre os anjos era muito difundida. Eram divididos em bons e maus, sendo os últimos os que desobedeceram as ordens do Criador, fazendo uso do orgulho, e, por isso, tiveram que ser expulsos para o Inferno. E foi exatamente este o tema retratado por Bruegel.

Na composição, enquanto os anjos bons são belos, por se encontrarem próximos de Deus, os rebeldes são apresentados como criaturas deformadas, monstrengos, numa mistura de gente e bicho, que deverão ser expulsos para o reino das sombras. A batalha entre os dois grupos é acirrada. Os seres angélicos dominam a parte superior da composição, onde o céu é azul e há um grande círculo de luz. Os seres demoníacos ocupam a parte inferior da tela, um lugar escuro e medonho. Eles lutam para não descerem para o Inferno.

Os anjos bons são comandados por São Miguel Arcanjo, que se encontra no meio da composição, vestido com sua armadura dourada e uma longa capa verde, que tremula ao vento. Ele anda sobre os seres demoníacos, que se aglomeram uns sobre os outros. Na mão direita traz uma imensa espada e na esquerda um escudo branco com uma cruz vermelha. Suas grandes asas encontram-se abertas. Sua figura delgada lembra as de El Greco. Os anjos bons portam espadas e investem-se contra os maus. Mais acima, quatro anjos tocam longas cornetas, anunciando a batalha.

A grande maioria dos anjos maus encontra-se na parte inferior da composição, com suas formas horrendas, usando armaduras e escudos para responder ao ataque. Alguns tocam cornetas. Eles possuem as formas mais bizarras possíveis, numa mistura de objetos e animais (criaturas do mar, borboletas, aves, cavaleiros blindados, tentáculos, caudas, ovos, frutas, etc.). A maioria deles faz composição com peixes. Uma única figura traz parte do corpo humano. Trata-se de um ser demoníaco, no centro inferior da composição, que tem atrás de si um imenso ovo, do qual sai um ser estranho. Ele tem os braços e a boca abertos, como se gritasse, incentivando seu grupo.

Assim como as pinturas de Hieronymus Bosch, este tipo de trabalho carregava um ensinamento moral. Aqui tinha por objetivo atemorizar as pessoas, para que seguissem uma vida condizente com a moral religiosa da época.

Ficha técnica
Ano: 1562
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 117 x 162 cm
Localização: Musée Royaux des Beuax-Arts, Bruxelas, Bélgica

Fontes de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia/ Editora Könemann
Bruegel/ Editora Cosac e Naify
http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/art/great-works/bruegel-pieter-the-fall-of-the-rebel-angels-1562-897006.html

2 comentaram em “Pieter Bruegel, o Velho – A QUEDA DOS ANJOS REBELDES

  1. Rui

    Querida Lu
    Eu li os capítulos e versículos, pois tenho por hábito ler o livro da vida. A forma com que você descreveu o quadro é excelente.
    Abraços

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Rui

      Pieter Bruegel era um artista muito preocupado com os cristãos. Este é um dos seus belos quadros envolvendo um tema bíblico. Veja também o que mostra os cegos, uns puxando os outros, também baseado na Bíblia.

      Abraços,

      Lu

      Responder

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