Autoria de Lu Dias Carvalho
Meu amor e eu no trem,
descendo a Serra da Graciosa
em direção a Paranaguá.
Eis mais uma curva nervosa:
– Venha pra cá, meu bem!
Vá pra lá, minha sogra!
Virgem Maria, oops!,
que curva mais fechada!
A máquina até cheira o rabo
do último vagão desregulado.
Ele me enche de afeto na janela.
– Meu bem, isso não é nada!
E o trem cabriola abrutalhado,
jogando de um lado pra outro.
– Meu amor, vá pra sua janela,
Ai meu Deus, o trem vai virar!
Piuípiuípiíishishishapshashap
Já estou vendo Paranaguá!
Hmm! Que viagem mais ligeira!
Que pressa do trem no chegar!
Não precisava descer tão rápido!
A excitação foi tamanha, diante
de tanta beleza, que nem deu
tempo da gente se beijar.
Sssssssssssssssssssmack!
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Lu
Romântica e linda viagem. Natureza viva próxima a uma capital cheia de vida ecológica e cultura (Curitiba). Parabéns!
José Procópio
Agradeço a sua visita e comentário. Será sempre um prazer recebê-lo neste espaço.
Abraços,
Lu
LuDias
Uma viagem que, mesmo nos tempos da minha juventude, acho que não teria coragem de fazer, mesmo que fosse junto com a Cidinha. É que tenho medo de alturas. E coisa deste tipo, iria me deixar terrivelmente assustado. Não tenho medo de nada. Em quinze anos, fiz oito cirurgias. Algumas delas bastante perigosas. Mas medo, jamais. Nunca tive medos. Já cheguei perto de perigo. Mas medo? Agora de alturas? Pelo amor de Deus, tô fora! Uma vez, quando criança, caí na asneira de ir em uma roda gigante. Na primeira roda, pedi socorro e o encarregado paralisou para que eu descesse. Tive uma taquicardia e muita tontura. Não dá.
Deve ser bonito e emocionante, mas visto na TV e no cinema e ouvir os relatos contados pelos seus versos leves e divertidos, em uma poesia travessa e brincalhona.
Ed
Essa viagem aconteceu quando ainda éramos namorados.
Foi uma delícia!
Abraços,
Lu