É preciso ter muito cabelo nas ventas para chamar a segunda autoridade do reino de “Judas”. É preciso ter pegado muito touro pelos chifres para chamar um vice-rei de “traidor”. É preciso ter muita raça para chamar um general de “sem caráter”. É preciso ter muita confiança no taco para chamar um vice-rei e general de “Judas, traidor e sem caráter”. É preciso ter culhões para cair de pau, jogar na lama e acabar com a moral de um desafeto, tido como o segundo homem do reino. Mas não é preciso nada disso para ser um boi de piranha ou um Maria vai com as outras e enlear-se até a raiz dos cabelos.
Se algum vassalo deste reino pensa que o tal pastor da discórdia – deslumbrado com o seu repentino poderio e munido de prepotência e bajulismo – deixou o vice-rei em paz, engana-se redondamente. Na sua última verborreia – para gatos e cachorros tomarem ciência – aumentou ainda mais o tom, regurgitando sandices como: “Não é possível que o ‘vice-rei’ contradite diariamente o ‘rei’ em público. Não é possível que ele se coloque o tempo todo como alternativa de poder, em uma postura golpista à luz do dia”. Embora mostre as garras com tamanha petulância, comenta-se a boca pequena que a valentia do adulão escuda-se no rei que não moveu uma palha em prol do vice-rei – ao contrário, vem instigando seus apaniguados contra sua autoridade, a fim de desmontá-lo do poder. Até os bichos do reino estão ficando de cabelo em pé com tanta danura.
O vice-rei até agora se apresenta imperturbável como uma lady inglesa. Contudo, os analistas de plantão demonstram temor diante do excesso de calmaria dessas águas. O monstro Ness pode se erguer dessa imperturbalidade a qualquer momento e mostrar com quantos paus se faz uma canoa. Portanto, é bom não servir de viga mestra, quando se tem pouca força na retaguarda. Enquanto se prolonga a quizila, uma parte dos súditos fica de antenas ligadas e a outra mantém as orelhas de pé, aguardando os desdobramentos da queda de braço entre o pastor louvaminheiro e o general silencioso.
O aduloso, embora ataque o vice-rei expelindo cobras e lagartos, usou as entrelinhas para chamar o povo do reino de “mais raso senso comum”. Do alto de sua empáfia, o falso profeta bradou: “Eu gostaria de saber qual dos dois é o ‘vice-rei’ verdadeiro? O brutamontes da campanha eleitoral, que pretendia acabar com o 13º salário e fazer uma nova Constituição sem o Congresso, ou esse moço bem-comportado que só fala o politicamente correto que o mais raso do senso comum quer ouvir? É uma mudança muito radical”. E arrematou com seu hipócrita bom-mocismo: “Já vi esse filme e não vou deixar que façam isso com meu ‘rei’, meu amigo pessoal há dez anos, com quem travo lutas contra a esquerda desde o dia em que pisei no Congresso”.
O fato é que o incensador real despirocou de uma vez ao colocar-se como a salvaguarda do monarca, enquanto esquarteja a moral do vice-rei. Haja audácia! É provável que o desmiolado – por conta de seu puxa-saquismo –, preocupado em adular o sol que nasce, esteja a atravessar o Rubicão sem se dar conta do perigo. A continuar deste jeito, Jesus Cristo não retornará nem mesmo quando o povo de Israel – e do planeta Terra – converter-se ao cristianismo, pois está enojado de tanto desregramento e “fake news” feitas em seu Santo nome, a fim de favorecer os apaniguados e enganar o povo desavisado e crédulo em lorotas. Resta-lhe pegar um chicote e descer o relho nesses santilhões.
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Lu
É impressionante a petulância do rei e seus vassalos no tratamento agressivo ao nobre vice-rei, o qual encontra-se com um comportamento muito comedido. Observa-se que o rei na verdade é um capitão e o vice é um general, então há uma inversão de hierarquia. Inclusive, ouve-se em todos os cantos que general não obedece ordens de capitão, exatamente o que estamos assistindo.
O país está à deriva e o governo não sabe qual o caminho a seguir, não tem proposta de nada! A bandeira é o desmonte e a destruição ampla e irrestrita do estado brasileiro. Espero que o general reaja e tome o comando da nação para minimizar uma destruição maior.
Grande abraço
Hernando
Todo o país vem assistindo ao desmonte implacável do estado brasileiro, como se nós fôssemos um bando de idiotas, incapazes de analisar o que vem acontecendo diariamente. Não sei até quando isto irá perdurar, pois já nos encontramos bem perto do buraco negro. E como se não bastasse tudo isso, o preconceito dos mais variados tipos é lugar comum neste reino, envergonhando-nos. Também espero que o general assuma o comando desta nau tresloucada ou pelo menos barre o entreguismo.
Beijos,
Lu