Autoria de Lu Dias Carvalho
A composição A Vida e a Morte, obra do artista austríaco Gustav Klimt, ganhou a medalha de ouro na Exposição Internacional de Arte de Roma, no ano de 1911. Após guardá-la por um tempo, Klimt resolveu retocá-la, fazendo diversas mudanças na obra, inclusive com a adição de mais figuras e rostos.
Em seu quadro o artista apresenta a Morte à esquerda, observando um grupo de pessoas das mais variadas idades, situadas à direita, representando a Vida. Enquanto a morte é representada em cores frias e sombrias, as pessoas possuem cores quentes e exuberantes.
A Morte é representada por um esqueleto, usando uma longa túnica azul, entremeada de cruzes negras em diversos formatos e tamanhos. Ela segura firmemente um cetro vermelho nas mãos, simbolizando o seu poder sobre a Vida. Ao mirar o conjunto de humanos, ela parece rir do fim que os aguarda, mais cedo ou mais tarde. Está ali como um predador feroz, à espera de sua presa, não importando qual seja o tempo de espera.
As figuras humanas formam um conjunto oval. A personagem mais velha encontra-se no meio, com a cabeça baixa, como se tivesse rezando. Seu rosto revela uma certa tristeza, pois a Morte está mais próxima para ela. Os demais seres humanos parecem se encontrar dormindo, como se a Morte não existisse para eles. Apenas uma mulher, na parte superior esquerda da coluna, fita a Morte com visível surpresa, como se dela nunca tivesse ouvido falar.
É possível perceber que a sinuosidade da túnica da Morte encaixa com a do grupo, numa junção perfeita, como se o artista quisesse dizer que Vida e Morte complementam-se.
Ficha técnica
Ano: 1910-1915
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 178 x 198 cm
Localização: Leopold Museum, Viena, Áustria
Fonte de pesquisa
Gustav Klimt/ Coleção Folha
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