Autoria de Lu Dias Carvalho
A composição Volta às Trincheiras é uma obra do pintor brasileiro Eliseu Visconti, feita quando o artista encontrava-se na França. Quando houve a eclosão da Primeira Guerra Mundial, ele deixou a capital francesa e refugiou-se na cidade de Le Mans, onde fez esta pintura, cujo tema retrata aquele momento.
A tela, onde estão presentes cinco figuras humanas, descreve o momento em que um soldado despede-se da família para voltar às trincheiras da guerra. A cena é retratada num ambiente rural, na época do outono, em frente a uma casa simples, cuja frente é tomada pelas flores avermelhadas. Ao fundo, outras árvores são vistas com seus tons verdes e amarelados. O tronco escuro da árvore florida, em diagonal, reforça o tom de tristeza, em razão da partida do moço para a guerra. O jardim encontra-se descuidado, o que aumenta ainda mais o clima de consternação.
O soldado, fardado e equipado para a guerra, e uma mulher, que tanto pode ser sua mãe, namorada ou esposa, encontram-se em primeiro plano. Ela está de frente para o observador, enquanto ele está de perfil, de frente para ela. Ambos trazem a cabeça baixa. Ele beija a sua mão, numa profunda e sentida reverência. Ela, com um xale que lhe cai pelos ombros e costas, traz no braço esquerdo uma bolsa preta, e tem o rosto voltado para o chão. Sua mão esquerda segura a gola do vestido, enquanto a direita está estendida para o homem. O fato de não o olhar pode significar que não queira denunciar suas lágrimas.
Na lateral esquerda da casa, cuja porta principal encontra-se fechada, estão outras três figuras humanas, vestindo trajes escuros. O homem, usando um chapéu, encontra-se sentado, enquanto uma das mulheres parece caminhar em direção ao soldado e à jovem mulher, enquanto a outra olha à sua esquerda.
Ficha técnica
Ano: 1917
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 95 x 125 cm
Localização: Acervo da Fundação Edson de Queiroz, Fortaleza, Ceará, Brasil
Fonte de Pesquisa
Eliseu Visconti/ Coleção Folha
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Lu
A obra embute a tristeza do momento.
Grande abraço
Leila
Leila
Apesar da dor da partida, a beleza das flores.
Beijos,
Lu
Verdade amiga, há poesia na dor.
Abraço
Leila
Leila
Tudo depende do ângulo em que olhamos a vida.
BEijos,
Lu