Autoria de Lu Dias Carvalho
Esta obra, uma natureza-morta, a última de Paul Klee, foi encontrada no cavalete, em seu apartamento, ainda sem assinatura, após sua morte no hospital de Locarno, na Suíça, onde ele se encontrava em tratamento para seu sério problema de pele (esclerodermia progressiva).
Sobre um fundo escuro, o artista pintou alguns objetos, tidos como bem realistas, se comparados a seus trabalhos anteriores. No primeiro plano, à direita, um tampo circular alaranjado lembra uma mesa. Sobre ela encontram-se espalhadas inúmeras flores de feitios e tonalidades diferentes. Ali também estão uma cafeteira verde e uma estatueta lilás, que se mostra meio sorridente.
Na parte superior esquerda, um círculo vermelho, também lembrando uma mesa circular, tem sobre si três vasos, dois deles com flores, e uma coluna entre eles. Um objeto cor-de-rosa, suspenso e não identificado, está próximo ao vaso lilás. Seria uma cortina separando os ambientes? Quiçá!
A lua, de cor alaranjada, surge do fundo escuro da tela, próxima à borda superior. Um desenho cor-de-rosa, representando um anjo, encontra-se à esquerda, tocando na borda inferior da composição, lembrando um retrato numa moldura sobre uma mesa.
Nota: Nos últimos anos, Klee desenhava com constância figuras de anjo, mas este não é uma cópia de seus trabalhos anteriores.
Ficha técnica
Ano: 1938
Técnica: óleo sobre tela sobre moldura de cunha
Dimensões: 100 x 80,5 cm
Localização: Klee Museum, Berna, Suíça
Fontes de pesquisa
Paul Klee/ Taschen
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