Autoria de Lu Dias Carvalho
A composição A Velha é uma obra do pintor italiano Giorgione Barbarelli. Trata-se de uma das últimas pinturas do artista, que viria a morrer muito jovem. Alguns estudiosos veem nela a inclinação de Barbarelli por um novo estilo de pintura, que seria menos poético e formal e mais chegado ao “verismo” (teoria segundo a qual a severa representação da verdade e da realidade é essencial à arte que, portanto, também deve incluir o feio e o vulgar).
Segundo alguns críticos de arte, a mulher aqui representada pode ser a mãe do artista. Outros, porém, refutam tal ideia, em razão do texto que se encontra próximo à mão esquerda da velha senhora, com a inscrição: “col tempo”, pois uma mulher idosa e desdentada era pintada, muitas vezes, para simbolizar o tema da “vanitas”, ou seja, a transitoriedade da vida terrena. “Vanitas vanitatum et omnia vanitas” significa “Vaidade das vaidades, e tudo é vaidade” (conclusão do Eclesiastes: XII, 8, sobre a pequenez das coisas deste mundo.
Na pintura também chama a atenção do observador a forte expressão da retratada, que parece reter seu olhar (do observador) à força.
Ficha técnica
Ano: c. 1504
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 69 x 60 cm
Localização: Galleria dell’ Accademia, Veneza, Itália
Fontes de pesquisa
Giorgione Barbarelli / Abril Cultural
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
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