Autoria de Lu Dias Carvalho
A Calúnia de Apelles, obra de Sandro Botticelli, foi realizada para o financeiro Antonio Segni, usando como modelo descrições de uma pintura do grego Apelles, feita cerca de 300 a.C.
Na composição, um homem inocente é levado à presença de um juiz (ou um rei), que possui compridas orelhas de burro, que mostram o quanto ele é estúpido, apesar de ocupar um alto cargo. O magistrado encontr-se entre duas mulheres – a Desconfiança e a Ignorância – que a seus ouvidos murmuram mentiras e leviandades. Ele estende seu braço direito na direção de um homem encapuzado – a Inveja – que imita o seu gesto.
A Calúnia carrega, numa das mãos, uma tocha acesa e com a outra arrasta o inocente. A Traição e a Mentira ornamentam os cabelos da Calúnia, para torná-la mais aliciante e acreditável. O inocente encontra-se nu e tem as mãos em estado de prece, como a pedir clemência.
Mais afastadas da cena encontram-se duas personagens: A Contrição (ou Penitência) e a Verdade Nua. A Contrição, uma senhora idosa, tem as vestes rotas. Simboliza a longa busca para encontrar a verdade.
A mão e os olhos da Verdade Nua estão direcionados para os céus e simbolizam que toda a confiança está depositada no Altíssimo, e, que Nele está a Verdade absoluta, que sempre acaba triunfando.
Ficha técnica:
Data: 1495
Técnica: têmpera sobre madeira
Dimensões: 91 x 62 cm
Localização: Galeria de Uffizi, Florença, Itália
Fontes de pesquisa:
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
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