Autoria de Lu Dias Carvalho
O pintor italiano Pietro Perugino (c.1448-1523) é tido como um dos mais renomados mestres da Escola da Úmbria e um precursor do Alto Renascimento. Fez parte da guilda de pintores de Florença, podendo ter sido aluno de Andrea Verrochio e Piero della Francesca. É dono de um colorido suave e de composições equilibradas. Foi professor do maravilhoso Rafael Sanzio. A pintura acima foi atribuída a ele.
A composição denominada Apolo e Mársias, também conhecida como Apolo e Dafne, é uma obra do artista, baseada na mitologia grega. Conta a lenda que a deusa Minerva inventou a flauta e pôs-se a tocá-la, mas Cupido ficou rindo dela por causa de suas bochechas infladas. Aborrecida, ela acabou jogando seu instrumento fora, mas esse foi encontrado pelo sátiro Mársias, que se pôs a tocá-la maravilhosamente. Embevecido com o próprio dom, o flautista teve a audácia de desafiar o deus Apolo para uma competição musical. No trato o vencedor teria direito a dar uma punição ao perdedor. Ao vencê-la, Apolo ata o sátiro a uma árvore e esfola-o como castigo. Segundo a lenda, do sangue do perdedor nasce o rio Mársias, situado na Frígia.
O artista retrata o momento em que os dois competidores encontram-se em ação. Eles estão em primeiro plano, nus, de frente para o observador. Mársias está sentado, à esquerda, tocando sua flauta, com os olhos voltados para ela, em total concentração. Apolo encontra-se de pé, à esquerda, segurando um bastão com a mão esquerda, enquanto a outra se encontra na cintura. À sua direita está sua lira, pendurada num tronco. Sua cabeça está voltada para o rival. Ao fundo desenrola-se uma paisagem com edificações, lago, árvores e montanhas.
Ficha técnica
Ano: c. 1495
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 39 x 29 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França
Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
http://www.wga.hu/html_m/p/perugino/z_other/apollo_m.html
https:// Apollo_and_Marsyas_-_Pietro_Perugino_-_Louvre_RF_370
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