Autoria de Lu Dias Carvalho
O dia amanhece exuberante na selva amazônica.
Vista de cima a mata é uma colcha em alto relevo,
com retalhos coloridos que vão do verde ao negro.
Nuvens de vapor ascendem lentamente aos céus.
A floresta se estende até onde os olhos alcançam.
A mata ergue-se faceira sobre o relevo acanhado,
deita sobre as rochas expostas nos desfiladeiros,
esparrama-se no meio de vales sinuosos e verdes
com seus rios ágeis, caudalosos e encachoeirados.
A espuma das correntes marca os cursos certeiros.
Nas margens verdes cresce uma vegetação densa,
seguindo soberba para o coração frágil da floresta.
Ao longe, serras azuladas circundam a bela mata.
Pelas copas das árvores escoam a luz do sol que
brinca com a fauna e a flora numa festa mágica.
A cantoria maviosa das aves anuncia a vesperata.
A vegetação varia, conforme a luz e o teor do solo.
A angelim, ouro da indústria madeireira, ondula-se.
Coatás-de-cara-vermelha esmiúçam tudo em volta.
Um bando de mutum-poranga voa em retirada.
A noite amazônica é uma sinfonia das mais belas:
o som ritmado dos insetos, a percussão dos grilos,
a orquestra melódica das rãs e o som dos jacarés…
o coaxar de sapos e pererecas no acasalamento…
Um cardume estelar ilumina a encantadora selva.
Flora e fauna preparam-se pra um baile à fantasia,
tamanha é a beleza, por onde que se dirija o olhar.
Maria-leque, papa-formiga-de-topete, e as cobras
multicoloridas compõem o ornamento do folguedo,
Mas a rã azul é a musa mais exuberante da folia.
Nota: Imagem copiada de biopvh.blogspot.com
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