Autoria do Dr. Telmo Diniz
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Há algumas semanas, falei sobre o uso da melatonina no diabetes mellitus. De forma semelhante, já estão, a cada ano, saindo várias pesquisas da utilização da melatonina na Doença de Alzheimer (DA), que é a desordem neurodegenerativa mais prevalente e a principal causa de demência após os 60 anos, caracterizando-se por um crescente declínio na função mental e na memória da pessoa. O aumento da longevidade da população tem como consequência direta uma maior prevalência de doenças neurodegenerativas, em especial a DA. E a melatonina tem demonstrado grande potencial na neuroproteção. Qualquer ajuda é bem-vinda.
Em uma pesquisa divulgada na “Clinical Interventions in Aging”, foi estudada uma amostra de 80 pacientes, com idade média de 75 anos (variando de 52 a 85 anos), com diagnóstico de DA de leve a moderada, com e sem insônia, e recebendo terapia padrão (inibidores da acetilcolinesterase). Uma parte dos pacientes foi tratada com placebo e outra recebeu 2 mg de melatonina de liberação prolongada, a cada noite, durante 24 semanas. Os doentes tratados com melatonina tiveram melhora cognitiva significativa em relação aos tratados com placebo. A eficiência do sono também foi melhor com melatonina. No subgrupo com insônia, o tratamento com melatonina de liberação prolongada produziu efeitos clinicamente significativos em comparação com o placebo.
Em outro estudo, publicado em julho de 2013, na revista “International Journal of Molecular Sciences”, concluiu-se que a melatonina protege as células neuronais da toxicidade mediada pelas placas Beta-amilóide. Assim, não é surpreendente que a melatonina seja protetora em numerosos sistemas experimentais e tenha sido proposta para o tratamento de Alzheimer.
Experimentos com ratos mostraram ganhos na instituição precoce do fármaco, impedindo a formação das placas de amilóide, mas não mostraram vantagens após o início da formação dessas placas. Esse experimento joga luz para a possibilidade de que a melatonina funcione na prevenção de Alzheimer, mas não no seu tratamento, uma vez que a doença já esteja instalada.
Pesquisa da Universidade de Barcelona, feita em cobaias, mostrou que uma dose diária do hormônio, combinada a exercícios físicos, retardou a progressão da enfermidade. A melatonina é um poderoso agente antioxidante, e evidências mostraram seu efeito benéfico contra os danos induzidos pelo estresse oxidativo.
Enfim, os dados da literatura falam a favor do uso benéfico da melatonina como tratamento coadjuvante para doenças neurodegenerativas, incluindo-se a DA. Se ainda estamos longe da cura, ao menos a melatonina poderia ajudar a reduzir os efeitos danosos dos radicais livres no tecido cerebral e, de quebra, melhorar a qualidade do sono nos portadores da DA, tão prejudicado nesta fase da vida.
Nota: imagem copiada de hardcoreladies.com.br
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Lu
Estou tomando a melatonina, vamos ver os resultados! Até agora ano sinto um sono prolongado, acho que é porque não consigo dormir no escuro total. Mas estou tentando!
Cris
Acho que o sono prolongado virá com mais tempo de uso. Além do mais, é importante dormir no escuro, para descansar a mente, levando a um sono mais profundo. Você comprou o remédio nos EUA? Cuidado com as imitações.
Grande abraço,
Lu