Autoria de Lu Dias Carvalho
Elas precisam que o resto do mundo olhe para elas. (Deborah Rodriguez)
Assim que o regime Taleban assumiu o controle do país, no rol de coisas proibidas estavam a música, a dança, as figuras representando pessoas ou quaisquer outros seres vivos, as pipas e os sapatos brancos. Com a expulsão dos talibãs, muitas das proibições impostas por eles foram excluídas, mas as mulheres continuaram sendo severamente vigiadas e punidas, por qualquer deslize tido como inaceitável dentro sociedade afegã.
Apesar das burcas, as afegãs sempre foram muito vaidosas com seus cabelos e maquiagem. As madeixas longas são cultivadas por elas, que procuram imitar as heroínas dos filmes de Bollywood. Muitos maridos não permitem que suas mulheres cortem-nas. Nenhum homem pode entrar em um dos salões de beleza afegãos, que ainda continuam marginalizados. As mulheres temem a reação dos partidários do antigo regime que não aceitam a visão de uma mulher com a cabeça descoberta.
Pelo fato de os homens não poderem entrar nos salões, esses representam um bom negócio para as cabeleireiras, pois eles não podem controlar o dinheiro ganho por elas e nem lhes dar ordens em seus negócios. Em geral, os serviços feitos pelas mulheres no país restringem a tecer tapetes, vender ovos, trabalhar em hospedarias e em alfaiatarias. Mas, nesses casos, os negócios são administrados pelo pai, ou irmão, ou marido ou até por um parente mais afastado.
A maquiagem das mulheres é extremamente pesada, ocupando o kohl (kajal) um lugar de destaque. Pelos padrões culturais do país, as afegãs acham que as mulheres ocidentais usam tão pouca maquiagem que ficam parecidas com homens. A maquiagem das noivas é muito forte, bem ao estilo “drag queens”. A boa tradição exige que a maquiagem delas seja demorada, como se fora um evento especial. Até os bebês usam o kohl para “combater o olho do diabo”.
Ainda criança, a menina já é prometida em casamento, normalmente a um homem bem mais velho, que pode dar à sua família um bom dote. A preocupação com o casamento da garota acontece assim que tem a primeira menstruação. Representa o momento a partir do qual ela já pode e deve se casar, antes que “fique falada”. É o período em que as transações comerciais são levadas a cabo. Em muitos casos, ela é, literalmente, vendida. Mas muitas delas são casadas antes de ficarem menstruadas. Ao se casar, a garota vai morar com o marido na casa dos pais dele, junto com os sogros, irmãos e suas famílias, onde a máxima comum é a de que “lugar de mulher é em casa”. Mesmo dentro de casa existe a parte destinada às mulheres, separando-as dos homens.
Os homens mais velhos estão sempre em busca de uma esposa mais jovem, talvez para provar a sua virilidade, relegando ao desprezo as esposas mais velhas, tornando-as mulheres muito tristes e sogras rancorosas. Mesmo os irmãos mais novos possuem a obrigação de vigiar e regular suas irmãs solteiras. Há casos de mulheres que são obrigadas a usar burcas até dentro de casa, passando a sofrer sérios problemas de visão, alguns deles levando à cegueira, pois a burca quase não oferece visão periférica. Outras são proibidas de saírem de casa por períodos de até de oito anos.
A mãe afegã não se abre com a filha, preparando-a para a noite de núpcias que, na maioria das vezes, transforma-se numa noite de terror para a pequena. Mas reza a tradição local que, quanto mais aterrorizada fica a nova esposa, maior é o indicativo de sua virgindade. O que muito alegra o esposo e sua família. A muitas das recém-casadas é vedado o contato com o exterior, durante muitos meses, inclusive com suas famílias, para que se adaptem à nova família que foi obrigada a abraçar.
A mulher, que não aceita fazer sexo com o marido, é surrada e pode sofrer queimaduras de cigarro. As jovenzinhas mais rebeldes possuem marcas de surras e cigarro pelo corpo. Em hipótese alguma, a sociedade afegã considera que haja estupro por parte do marido em relação à esposa. Ela é propriedade dele e deve servi-lo sempre. E só pode falar com os homens de sua própria família. São castigadas até por serem bonitas e inteligentes. A autoimolação é comum entre as mulheres desesperadas.
Quando o marido sai, cabe à sogra a vigilância sobre as mulheres do filho (ele pode ter muitas mulheres). Em muitos aspectos ela é bem mais cruel do que o homem. Oprime as noras, como se quisesse vingar tudo aquilo pelo qual já passou. É a vez de fazer valer o poder que nunca teve até então. Às esposas mais velhas, também, cabe vigiar as mais jovens. E, muitas vezes, acabam por transformá-las em escravas.
Muitas garotas, não aguentando os maltratos do marido, que, em muitos casos, poderia ser seu avô, e muitas vezes viciado em haxixe ou ópio, costumam fugir. Mas são denunciadas à polícia pelas próprias mães por “quebrar os votos do matrimônio”. Na verdade, as mães temem que as filhas possam ser devolvidas, de modo que a família tenha que restituir o dote recebido por ocasião do casamento.
O divórcio é considerado a coisa mais vergonhosa que pode acontecer a uma mulher. Mesmo assim, algumas o preferem ao sofrimento em que vivem. Ao se divorciarem, os filhos ficam com o marido. Um pai pode desfazer o casamento da filha, mesmo depois de casada e com filhos, caso não receba o dote, sem se preocupar com o futuro dela. Também, pode renegar a filha até que o marido pague-lhe o dote.
O mais cruel é que os homens podem andar pelas ruas de mãos dadas, conversarem abraçados ou se acariciarem nos braços, mas não aceitam o contato público com a mulher. Qualquer aproximação, eles entendem como se fosse um convite para o sexo. Tratar a mulher como empregada é o único modelo de relação que conhecem. A relação de carinho entre homem e mulher só pode ser explícita dentro do quarto do casal. Qualquer carinho fora disso é rechaçado.
Embora seja proibido tocar em mulheres que não são suas esposas, muitos homens afegãos tentam apalpar as poucas mulheres que encontram pelas ruas, deixando-as envergonhadas e amedrontadas, pois o castigo sempre recai sobre elas. Por isso, toleram tudo caladas. Uma expressão comum no país, para falar do assédio masculino ao sexo feminino, é dizer que “Os homens estão caindo das bicicletas!” pelo despudor delas. As poucas mulheres, que andam pelas ruas, mantêm a cara fechada (agora que podem usar lenços nas cabeças em vez da burca), para se livrarem do assédio masculino.
Na casa paterna, a filha não pode ser surrada por outro homem, mas na casa do marido, isso não tem importância alguma. A queixa de uma mulher contra o marido não é levada a sério. A esposa, que dá ao homem um menino, torna-se a favorita, principalmente quando ele já tem muitas meninas com as outras mulheres. Os pais do marido pressionam a nora para que faça sexo e ganhe um filho. E aquela que não ganha um menino dá direito ao esposo para se divorciar dela.
Os filhos masculinos são muito valorizados no Afeganistão. Ter muitas filhas é sinal de infortúnio, pois são os homens quem mantém as famílias e, além disso, quando se casam, continuam a viver com os pais, ajudando no sustento deles. Muitas famílias deixam claro que as meninas são indesejadas. As mulheres afegãs envelhecem com muita rapidez. Parecem ter o dobro da verdadeira idade.
Moralistas radicais estão sempre de olho nas mulheres, podendo lhes jogar ácido no rosto, por achar que estão sendo imorais, ou apedrejá-las até a morte. Tal atitude é considerada legal pela sociedade. A situação da mulher é tão grotesca, que ela pode ser presa por ter sido estuprada. Se o marido mata o estuprador, ela vai presa junto, com uma pena bem maior de que a dele, por ter sido a causa do crime. Engravidar do namorado, que não foi o homem escolhido pelos pais, também a leva à cadeia, assim como matar maridos violentos, pouco importando se a esposa é ainda uma criança.
No Afeganistão não existe o conceito de “namoro”. Moças e rapazes afegãos não se encontram, não flertam e não namoram. Mulheres vivendo sozinhas são tidas como prostitutas. Nas festas, homens e mulheres ficam em compartimentos separados. Os homens não se levantam à entrada de uma mulher. Se o homem recebe um amigo, a mulher fica fechada em outro cômodo, até que esse vá embora. As mulheres são literalmente ignoradas. O que elas dizem, segundo a tradição, não merece ser levado a sério.
O Afeganistão possui muitas etnias. Algumas são consideradas melhores do que outras. Assim como na Índia, a limpeza de banheiros não é feita por mulheres de determinadas raças. Não se pode menosprezar a coragem das mulheres afegãs que suportam uma sucessão de guerras intermináveis, a pecha de indesejáveis, casamentos forçados, maridos e sogras tiranos, a prisão imposta pela burca, a proibição de estudar e trabalhar, assim como a proibição de fazer parte da história de seus país.
Nota:
É claro que existem exceções como em todas as culturas. Mas o descrito aqui refere-se ao que é normal na cultura afegã.
Nota: Imagem copiada de http://www1.folha.uol.com.br
Fonte de Pesquisa:
O Salão de Beleza de Cabul/ Deborah Rodriguez/ Editora Campus
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Queria saber nomes de livros e filmes que relatam histórias como essas.
Poderia me indicar? Grata!
Maria
Aqui está a lista de livros que pediu. Alguns deles você poderá encontrar em PDF:
1- Casamento arranjado – Sushi Das
2- A Distância entre nós – Thrity Umrigar
3- O Sári Vermelho – Javier Moro
4- Infiel – Ayaan Hirsi Ali
5- Queimada Viva – Souad
6- Eu sou Malala – Malala Yousafi
7- O harém de Kadafi – Annick Cojean
8- Mayada – filha do Iraque – Jean P. Sasson
9- Princesa (idem)
10- As filhas da princesa – (idem)
11- Princesa Sultana – (idem)
12- Na pele de um dalit – Marc Boulet
Eu falo com um homem afegão pelo face, e ele me trata super bem, mas eu não acredito nele. Já me chamou para eu ir para o país, eu falei que não vou, então ele me disse que vem, e me pede para que eu mande o visto pra ele. Eu tenho medo, não consigo ir de jeito nenhum.
Lília
Nem é preciso que eu lhe diga nada sobre os golpes que indianos, egípcios, afegãos, paquistaneses, sauditas e outros, vêm dando em mulheres em todo o mundo. Através dos comentários você poderá tomar conhecimento de tudo. Além do mais, lembre-se que afegãos são muçulmanos, podendo ter até quatro mulheres. E você está preparada para usar uma burca? Quanto ao visto, não é tão fácil arranjar assim. Ele precisa ir à embaixada brasileira no seu país e tirar o visto lá. Logo estará lhe pedindo dinheiro para a passagem. É claro que ele a trata bem pelo Face, pois quem quer pegar passarinho não diz “Xô!”. Saia dessa furada, menina.
Seu e-mail está incorreto.
Abraços,
Lu
Lilia
Saia dessa, Pelo amor de Deus!
As mulheres brasileiras precisam valorizar a liberdade que há em seu país. Homem é igual ou pior dependendo do canto do mundo em que vive. Os muçulmanos têm tentado pactos entrar em Brasil e tomarem para si as mulheres, mas o plano maior é entrarem nos espaço político e inserirem a “sharia”. A lei louca deles. Escolham maridos brasileiros. Ensinem os homens brasileiros a valorizá-las, ao contrário dos muçulmanos. Eu estive dentro do covil desses lobos. Podem crer que são os piores.
Eu sou brasileira e estou namorando com um afegão, via internet. Nós nos falamos pelo zap.Tem como eu ir para lá e casar-me com ele?
Marcela
Crie juízo e saia dessa, amiguinha. Cuidado para não cair num golpe, pois essa gente não dá moleza. Você está pronta para tapar todo o corpo com uma burca e permitir que seu marido tenha quatro esposas, que viverão junto com você? Isso é furada, amiguinha. Arranje um homem de sua cultura e seja feliz.
Abraços,
Lu
Essas mulheres não vivem, vegetam, humilhadas, torturadas, ignoradas, não são consideradas cidadãs, portanto, seu país não as respeita, mas através delas é que chegam os meninos tão valorizados. Toda mulher deve partir para um mundo espiritual, junto com sua primeira filha, e deixar o país todinho para os homens. Vamos ver o que farão quando não existirem mais mulheres.
Zoraide
Esta é uma ideia ótima. Concordo plenamente com você. Imagine um país sem mulheres. Teriam que buscar as ingênuas em outros. Realmente trata-se de lugares absurdos, onde a mulher vale menos que o filho bebê.
Agradeço a sua visita e comentário. Volte sempre.
Abraços,
Lu
Boa-noite, Lu!
Você escreveu este artigo em 2014. Nesses dois anos mudou alguma coisa? Tenho visto Facebook de mulheres afegãs.
Obrigada!
Vani
Infelizmente nada mudou, diria que até piorou depois dos Talibãs e do Estado Islâmico. Nesses países teocráticos, a vida da mulher é muito difícil, pois todas as leis estão sujeitas à religião, sem possibilidades de mudanças. Religião e governança é uma coisa só. Nos países laicos, a religião ainda tenta se intrometer, imagine onde ela é o próprio Estado! Portanto, corra de homens que tenham uma cultura totalmente diferente da sua. O mesmo acontece com a Índia com seu hinduísmo. Busque ler livros sobre o assunto.
Muito obrigada por sua visita e comentário. Volte sempre.
Abraços,
Lu
Não estou afim, mas gostaria de saber, se um homem brasileiro pode se casar com uma mulher afegã e morar no Brasil.
Sam
Vai depender do dote que você pagar ao pai dela… risos. Não conheço nenhum caso, mas acho que pode sim.
Abraços,
Lu
O que é o dote?
Sam
Certas culturas exigem um pagamento para ceder o filho ou a filha em casamento. Chamam isso de “dote”. Em algumas é a família do noivo que paga e noutras é a da noiva. Por aquelas bandas tudo é negócio.
Abraços,
Lu
Bom dia, Lu!
Entendi… As mulheres de lá devem ser gatas, pois têm o rosto coberto pra não ver a beleza… rs
Sam
Eu não confiaria nisso… risos. Sei que grande parte delas tem problemas seríssimos de visão, ocasionados pelo aspereza dos tecidos. Veja em POESIAS, uma que fiz sobre elas.
Sam, acho que você está apaixonado e não quer me contar… risos.
Abraços,
Lu
Lu, estou sim, “se eu tivesse condições, teria coragem de trazer uma afegã pro Brasil pra casar comigo, ela nunca mais iria sofrer.
Sam
Eu tenho a certeza de que ela seria muito feliz a seu lado, pois naquele país as mulheres sofrem muito. Só não consigo entender como você consegue manter contato com ela, pois elas são proibidas de terem acesso à internet, e até mesmo falar com homens que não sejam da família.
1- Vá ao ÍNDICE do blog e clique.
2- Ao abrir, clique em JANELAS PARA O MUNDO.
3- Escolha um tema e clique nele. Lá encontrará mais artigos sobre essas mulheres.
Abraços,
Lu
Eu não mantenho contato com uma afegã, pois é proibido, mas o mundo dá voltas, quem sabe um dia posso trazer uma gata afegã para casar comigo.
Sam
Eu acho melhor você encontrar uma gata brasileira, pois os arranhões serão menos doloridos. Esse negócio de cultura estrangeira, na convivência do dia a dia, não deixa de ser complicado. Afinal, por quem anda apaixonado.
Abraços,
Lu
Bom dia, Lu!
É verdade, vou procurar uma daqui mesmo.
Sam
É isso mesmo! Nada de procurar sarna para coçar. Deixe aquela gente para lá… risos.
Abraços,
Lu
O homem muçulmano pode se casar com uma mulher não muçulmana, mas o contrário não, mas oferecendo um belo dote, vai saber se o pai não topa “vender” a filha…
É preciso cuidado para não cair no golpe do visto, procurando saber sobre o assunto. Tem se tornado muito comum homens de países islâmicos tentarem visto em nosso país.
Ana Flávia
Os casos que tenho visto são de homens muçulmanos procurando mulheres não muçulmanas. Também nunca vi o contrário. O próprio machismo os leva crer que poderão fazer com as mulheres estrangeiras o mesmo que fazem com as de seus países, onde elas valem menos do que um cão. Outra coisa, a mulher estrangeira precisa saber que eles podem ter até quatro esposas ao mesmo tempo. Será que ela aguentaria isso? Há vários livros e filmes sobre o assunto e também muito ciúme e brigas entre as “esposas”. O golpe de homens de países islâmicos e indianos crescem a cada dia. Como você acertadamente diz: é preciso se informar sobre o assunto para não cair numa esparrela.
Abraços,
Lu
E como será que seria, se um homem de lá se casasse com uma brasileira, e viesse morar aqui no Brasil? Será que ele se adaptaria à cultura brasileira e deixaria os costumes tribais dele em relação à mulher?
Ana Dias
Acho muito difícil um homem do Afeganistão adaptar-se num país ocidental, ainda mais sendo islâmico. Assim como os indianos, muitos falam que virão morar no Brasil apenas para ganhar a confiança da mulher. Outros ainda tiram proveito dela, passando-a para trás. Portanto, todo cuido é pouco, pois a cultura dessa gente é tremendamente machista. Veem a mulher apenas como um objeto. Tenha cuidado, amiga!
Abraços,
Lu
Olá, amigos do Brasil!
Sou uma búlgara estúpida, que encontrou um paquistanês em Portugal e apaixonou-se. Tenho filha dele, com idade de 11 anos. Separei-me dele antes, há quase 10 anos. Ele ligava muito raro comigo e em um momento parou. Agora fala de amor e quer entrar na minha vida outra vez. Contou, que após minha partida de Portugal para Bulgária, ficou muito triste e foi para o Paquistão. Lá fez sexo só uma vez com uma profesora, quando estava bêbado. Depois, ela engravidou e nasceu um filho. E a novela continua. Ele disse, que ela é mae sozinha (como sou eu), que o filho não tem família do namorado e que ele não manda dinheiro nenhum para esta mulher, porque ela ganha muito bem. Ela era só passatempo, mas eu era o amor dele. Eu não conheço as tradições do Paquistão. Por isso pesso, se alguém vir uma mentira nesta história, pode me responder, por favor!
Daniela
Daniela
Não têm sido poucas as histórias semelhantes à sua, de mulheres envolvidas com indianos, egípcios, paquistaneses, afegãos, etc, em que elas levam sempre a pior. Como você sabe, a cultura dessa gente enaltece o homem e diminui a mulher, que é totalmente submissa ao macho. Não sei como é a cultura búlgara, mas se não estiver acostumada a ser tolhida e menosprezada, em hipótese alguma deverá seguir esse paquistanês, pois em seu país não há lei alguma que defenda a mulher. Você levará uma vida totalmente diferente com ele, naquele país, pois não será o mesmo homem que conheceu em Portugal. Inclusive ele poderá ter até quatro mulheres. Portanto, amiguinha, não tome nenhuma atitude antes de pensar bastante. Tampouco acredito que ele tenha feito sexo apenas uma vez com a professora, e que ela ganhe bem, pois são poucas as mulheres a quem são permitidas trabalhar, e o salário pago às mulheres, principalmente professoras, é uma mixaria. E se ele fosse um bom pai estaria preocupado com a vida do filho. Você já se imaginou dentro de uma burka, ou vivendo com outras mulheres, ou apanhando? São muitas as questões que deverá levar em conta, antes de tomar qualquer decisão. Nenhum tipo de amor consegue se manter diante da brutalidade humana. Poderá também ter problemas lá, querer voltar para o seu país, e ele ganhar a guarda de sua filha, sendo obrigada a deixá-la com ele. Aqui no Brasil, muitas mulheres têm levado a pior, por acreditar em falsas juras de amor.
Amiguinha, não se deixe levar por palavras amorosas. Tenho lido muitos livros sobre a vida das mulheres na Arábia Saudita, Paquistão, Afeganistão, Índia… E posso lhe dizer que não desejaria viver num desses países um único dia que seja. Leve em conta também que o Paquistão está em constante guerra com a Índia, além das guerras civis entre sunitas e xiitas. Pense bem, minha querida.
Agradeço sua visita e comentário. Volte sempre para visitar este blog.
Abraços
Lu
Lu
Como se já não bastasse a invasão hindu agora vem a afegã (muçulmana). O Afeganistão é bem pior que a Índia e Paquistão, pois lá é proibido a mulher estudar, ouvir rádio, ver televisão e ter acesso à internet. Um rapaz que conheci disse que não assiste tv pprque a de lá é bem diferente daqui só tem homens e mais homens. Olha o que eu achei:
“As mulheres, cuja aparição em público é restrita pelos costumes, assistem a seus programas favoritos principalmente em casa. Os homens, entretanto, estão livres para fazer da TV um ritual coletivo. Restaurante após restaurante, com dedos habilidosos entre pratos de arroz, os chefes de família sentam-se de pernas cruzadas em plataformas acarpetadas, com os olhos fixos na televisão instalada próxima ao teto. Vídeos musicais, principalmente importados da Índia, são exibidos regularmente. Para respeitar a tradição afegã, braços nus e abdômens das dançarinas são cobertos por uma faixa nebulosa de camuflagem eletrônica. Apesar disso, eventos esportivos são de certa forma considerados menos eróticos.”.
Quem não tem nenhum direito a não ser o de respirar são as mulheres.
Luna
Espero que o João Eduardo leia o seu comentário, pois ele está em busca de informações sobre as mulheres das bandas de lá. Em todo país muçulmano fundamentalista, a vida das mulheres é uma tortura. E ainda existe brasileiras abiloladas que querem enfrentar isso. Li que uma até aceitou as duas outras mulheres do marido. Loucura!
Abraços,
Lu
Estou chocada!
Um rapaz de lá também me chamou no facebook de “lin” e começamos a conversar. Ele me falou que ainda era virgem e não podia tocar em mulher alguma. Eu respondi-lhe assim: “Amigo eu não sou tola, as mulheres daí são desvalorizadas, e vocês homens são machistas. Você tem acesso à internet, vê tudo que quer e nunca fez sexo?”
Diana
Excelente resposta, pois mostrou para ele que não estava lidando com uma tolinha. Os homens islâmicos podem tudo. A mulher para eles vale menos do que um animal qualquer. Parabéns pela sua postura. Somente loucas entram nessa fria.
Abraços,
Lu
Abraços,
Lu
Amei o texto! Parabéns excelente trabalho!
Uma pergunta: Qual é a diferença social entre as mulheres paquistanesas e as brasileira? Espero que saiba me responder, procurei em vário sites e não achei.
Abraço!
João Eduardo
É um grande prazer receber sua visita e comentário. Será sempre bem-vindo.
Amiguinho, tirando alguns fatores genéticos que determinam o biotipo de cada povo, eles diferem, essencialmente, na cultura que possuem. Em se tratando da mulher paquistanesa, além das diferenças genéticas, a formação religiosa (islâmica) faz com que ela difira totalmente da brasileira (cristã). Cada uma baseia seu comportamento social na cultura religiosa. A religião cristã trata homens e mulheres como filhos de Deus e, embora tenha, durante muito tempo, reforçado uma cultura machista, caminha para igualá-los cada vez mais. Por sua vez, a religião islâmica não vê igualdade entre mulher e homem, e os fundamentalista até dizem que um cachorro vale mais do que uma mulher. Aliado a isso, a paquistanesa é obrigada a aceitar a poligamia, pois um homem pode ter até quatro mulheres vivendo no mesmo espaço, enquanto a nossa cultura é monogâmica. A paquistanesa também pode ser morta em razão do código de honra, sem passar pela justiça comum. E os únicos homens a que tem acesso são os da família. Tampouco pode ficar descoberta (sem a burca) diante de outros homens, que não sejam marido e filhos. Os casamentos são arranjados pelos pais e há uma transação comercial entre a família. A virgindade é fundamental, podendo o casamento ser desmanchado, se o marido suspeitar que a mulher não virgem. Em suma, ela é uma escrava.
João Eduardo, falar sobre a diferença cultural entre a mulher brasileira (ocidental) e a paquistanesa daria um tratado. Espero ter respondido à sua pergunta. Qualquer dúvida, volte a perguntar.
Abraços,
Lu
Converso com um rapaz de lá, acho que ele sente falta de uma conversa com alguma mulher. Ele é bem legal, pelo menos comigo. Pode ser que ele, de repente, não gosta dos costumes dele. Ele não tem TV e pediu para eu ligar a minha para ele assistir. Achei engraçado. Ele me trata muito bem. Ele me explica a religião dele e realmente é muito rígida.
Patrícia
Estou muito preocupada com o seu comentário. Como é que ele tem internet e não tem tevê? Tenho recebido denúncias de que os paquistaneses andam aplicando o mesmo golpe dos indianos. Olho vivo.
Abraços,
Lu
Esse tipo de casamento é apenas um negócio, e nada mais.
Lucrativo só para os homens.
Abraços
Matê
Matê
São os famosos dotes a razão de tudo isso.
O material sobrepõe o amor aos filhos.
É um absurdo!
Abraços,
Lu
Que país é esse, que não dá valor às mulheres, pois até JESUS CRISTO disse “Bendita és tu, que deste a vida!”. Foi uma mulher que O gerou.
Leila
A cultura dessa gente é extremamente machista, embora Maomé tenha sido um homem maravilhoso para sua primeira mulher, Kadija, mais velha do que ele. A ela foi fiel até a morte. E os ensinamentos de Jesus não têm valor para os que professam o islamismo, mas sim os contidos no livro “O Alcorão”.
Beijos,
Lu
Ao ler este texto fico sem entendimento e perturbado…o que nós poderemos fazer por estas meninas ou mulheres? Onde elas vão buscar tanta força para ultrapassarem esses atos malignos, que perseguem toda suas vidas e nós nada podemos fazer?
Abraços
Rui Sofia
Pedro Rui
Todos nós ficamos perturbados ao saber que situações assim ainda existem, em pleno século 21. Nosso papel é o de denunciar tais abusos, condenando-os. Muitas delas preferem a morte.
É mesmo uma vida miserável.
Abraços,
Lu
É lamentável que esse tipo de sociedade permissiva exista! Não sou mulher e acho isso um total absurdo. Cheguei a sentir raiva só de ler esse texto.
André
Dá uma raiva danada saber que situações como essa ainda grassam pelo mundo.
E tudo abalizado por religiões perversas.
Até quando?
A Celita Linda desapareceu. Em que parte do mundo está agora?
Abraços,
Lu
Eu lamento muito tudo isso. Espero que algo positivo aconteça, mesmo que seja a longo prazo.
Rejane
Só nos resta denunciar tais abusos contra a mulher e torcer para que um dia ela consiga seus direitos em países como o Afeganistão.
Abraços,
Lu
É difícil aceitar e entender as diferenças culturais, e pior ainda é saber como interferir ou sugerir mudanças em escolhas enraizadas a anos. Essas mudanças teriam que ser implantadas a contas gotas nas futuras gerações. Essas tentativas de implantar mudanças é árdua e pode gerar muitos desconfortos, principalmente para os que ousarem fazê-las. Boa sorte.
Amiguinha
Perdoe-me por não ter respondido a seu comentário.
Como são muitos, muitas vezes alguns passam despercebidos, o que é lamentável da minha parte.
Você tem toda a razão no que diz respeito à cultura.
É preciso começar as mudanças com os bebês, pois nos mais velhos elas estão enraizadas.
Abraços,
Lu
Credo! fiquei arrasada só em ler.
Cida
Realmente é lamentável a situação das mulheres na maioria dos países islâmicos.
E isso em pleno século XXI
Em DECIFRANDO PROVÉRBIOS, você poderá acompanhar a trajetória feminina através dos provérbios.
E em JANELAS PARA O MUNDO, poderá conhecer mais sobre a situação da mulher em outras culturas, como a indiana.
É um prazer recebê-la neste blog.
Grande abraço,
Lu