Bronzino – ALEGORIA DE TEMPO E AMOR

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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O pintor italiano Agnolo Bronzino (1503-1572), também chamado de Agnolo di Cosimo ou Agnolo Tori, é um dos mais conhecidos representantes do Maneirismo florentino. Teve como mestres os artistas Raffellino del Garbo e Jacopo Pontormo, sendo posteriormente influenciado por Michelangelo, tendo conhecido sua obras em sua visita a Roma. Foi pintor da corte da poderosa família Medici. Pintou temas religiosos, alegóricos e retratos.

A composição denominada Vênus, Cupido e as Paixões do Amor, também conhecida por Alegoria de Tempo e Amor, ou Uma Alegoria com Vênus e Cupido, é uma obra do artista italiano. Trata-se de uma pintura alegórica, onde o amor é mostrado em suas várias facetas – obra típica da Contra-Reforma. Foi pintada para o rei Francisco I da França.

Vênus  – deusa da beleza e do amor  – ocupa a parte central da composição, com o corpo voltado para o observador, sendo abraçada por seu filho Cupido, o deus do amor, que segura seu seio esquerdo e sua cabeça, enquanto a beija na boca. Na mão esquerda, a deusa traz uma maçã e na direita segura a flecha de Cupido. Tais objetos representam as características ternas do amor, mas também seus aspectos inquietantes. A cor pálida e esmaltada de Vênus, Cupido e do Prazer retira toda a sensualidade da cena ou qualquer ambiguidade que possa haver em relação ao que o artista quis mostrar.

A pequena criança jogando rosas simboliza os prazeres que o amor promete. Sobre o manto azul, onde se encontra a deusa, à sua esquerda, estão presentes duas máscaras (a de uma jovem mulher e a de um velho), insinuando que o amor tem muitas personificações, não passando de ilusão as suas promessas. À sua direita está uma pomba que na simbologia pagã condizia com a inocência do amor em contraponto aos seus aspectos puramente sexuais. A figura da pomba também está ligada à imagem de Vênus (Afrodite) e Cupido (Eros), deuses do amor, significando a efetivação dos desejos amorosos dos amantes.

Em segundo plano estão presentes outras facetas do amor, representadas pelas figuras humanas: a Malícia, o Ciúme, a Verdade e o Tempo, os maiores empecilhos para que o Amor torne-se prazeroso e eterno. Estão assim representados:

  • Tempo – velho com a ampulheta;
  • Verdade – mulher, à esquerda, abrindo uma cortina azul;
  • Ciúme – figura arrancando os próprios cabelos;
  • Malícia – possui rosto suave, mas um corpo animalesco, com garras e cauda escamosa. Traz as mãos invertidas, disfarçando o que oferece. Numa das mãos está um favo de mel e na outra a própria cauda com um ferrão.

Ficha técnica
Ano: c. 1543
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 146 x 116 cm
Localização: National Gallery, Londres, Grã-Bretanha

Fonte de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

2 comentaram em “Bronzino – ALEGORIA DE TEMPO E AMOR

  1. Leila Gomes

    Lu

    Linda a obra do pintor Agnolo Bronzino, mas confesso que não entendi o motivo da Verdade ser um empecilho para que o amor torne-se prazeroso e eterno.

    Abraços

    Leila

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Leila

      Talvez porque, na convivência, a Verdade possa desmascarar o idílio amoroso, mostrando que ambos os parceiros possuem falhas, coisa que não foi vista durante a fase de Paixão. Imagino que seja isso… risos.

      Abraços,

      Lu

      Responder

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