Autoria do cartunista Latuff
Nota: imagem copiada do “Blog do Garotinho”
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Autoria de Lu Dias Carvalho
O pintor brasileiro Pedro Américo fez uma caricatura de sua própria pessoa. Ele se apresenta saindo de dentro de uma cartola, como se fosse um coelho.
Seu rosto alegre apresenta um enorme bigode, com as pontas viradas para o lado, acima de uma boca com os dentes visíveis. Uma barbicha num queixo pontiagudo complementa-o. É interessante observar como o artista colocou seus inseparáveis óculos: ao contrário de como é usado, tendo as lentes com a base virada para cima.
O pintor veste trajes da época, e traz na mão direita um enorme esfuminho, enquanto acena com a esquerda. À sua direita, saindo de dentro da cartola, são vistos alguns desenhos toscos de animais. Seu cabelo encontra-se em desalinho.
Ao que se sabe, o pintor gostava de fazer caricaturas.
Ficha técnica
Ano: 1867
Dimensões: 37,8 x 25,1 cm
Técnica: grafite sobre papel
Localização: Acervo do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil
Fonte de pesquisa:
Pedro Américo/ Coleção Folha
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Autoria de Lu Dias Carvalho
Segundo o Dicionário Corcundativo, o termo significava: palavra moda; homem que afeito e satisfeito com a carga do despotismo, se curva como o dromedário para recebê-la; e trazendo esculpido no dorso o indelével ferrete do servilismo, tem contraído o hábito de não mais erguer a cabeça, recheada das estonteadas ideias de um sórdida cobiça. (Lúcia Maria Bastos Neves)
Mais do que qualquer outro, o termo corcunda (carcunda) apresentou maior relação de identidade com o despotismo. Foi uma forma que conheceu ampla divulgação no vocabulário político de 1820 a 1823, servindo para referir-se de maneira acintosa a todos que estavam a serviço do ideário do Antigo Regime, favoráveis ao absolutismo, e à permanência do Brasil sob o jugo português.
Acima, uma caricatura corcunda e bizarra, de autoria anônima, criticando os anticonstitucionalistas, também conhecidos como corcundas. Eles se opunham à Constituição Liberal. Presume-se que esta caricatura tenha sido feita entre 1821 a 1823. Abaixo vinha o versinho:
Eis a que fiel retrato/Dos amigos da traição/Dos rebeldes que não querem/Liberal Constituição.
Localização Arquivo Público do Estado de São Paulo
Fonte de pesquisa
História da Caricatura Brasileira / Luciano Magno
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Autoria de Lu Dias Carvalho
Após a descoberta do Brasil, em 1500, Portugal proibiu terminantemente que fossem impressos livros ou qualquer outra obra na sua colônia. Tal proibição durou os 300 anos em que nosso país foi colônia portuguesa. Em razão disso, o Brasil ficou atrasado em relação ao desenho humorístico e à imprensa. Somente com a vinda da família real portuguesa para a colônia, fugindo de Napoleão Bonaparte, é que apareceram as primeiras oficinas gráficas.
Em 24 de julho de 1822, em Recife/PE, Manoel Paulo Quintela dava início à redação de O Marimbondo. Nesse periódico, na primeira página, aparecia um bizarro corcunda, equilibrado numa perna só, a lutar contra um enxame de marimbondos. Tratava-se de uma charge de autoria desconhecida, em que o corcunda representava os portugueses e os marimbondos os brasileiros.
A charge, tida como o marco inicial da caricatura no Brasil, representava a insatisfação da gente brasileira, ansiosa por ver os portugueses pelas costas. Nesse mesmo ano deu-se a independência do Brasil.
O corcunda era uma figura comum nos primeiros desenhos caricaturais, sempre anônimos, relacionando-se o termo “corcunda” com o despotismo, ou seja, com aqueles que apoiaram a permanência do Brasil sob o domínio de Portugal.
Fonte de pesquisa
História da Caricatura Brasileira / Luciano Magno
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Autoria de Lu Dias Carvalho
A palavra caricatura é originária do italiano “caricare”, que significa carregar, no sentido de extrapolar, exagerar. Segundo o Aurélio, “a caricatura é um desenho que, pelo traço, pela escolha dos detalhes, acentua ou revela certos aspectos caricatos de pessoa ou fato, sendo o caricaturista aquele que faz caricaturas.”. O termo caricatura apareceu pela primeira vez em 1646, com o objetivo de nomear as séries de desenhos satíricos de Agostino Carracci. No início, a caricatura era vista como mero divertimento, vindo aos poucos se transformando numa importante atividade artística.
Embora seja muito comum nos depararmos hoje com a caricatura de políticos, principalmente, nos jornais e revistas, essa não é uma arte nova. As sátiras sociais, apresentadas através das caricaturas, já estavam presentes, principalmente, a partir do século XVIII, feitas por importantes artistas. É muito comum o uso de elementos caricaturais nas artes gráficas contemporâneas. Embora constitua um gênero de cunho satírico, a caricatura não é obrigatoriamente cômica.
A caricatura tem como tema um personagem (pessoa ou animal) real ou um fato, que, normalmente, encontra-se em destaque na mídia, em que certos aspectos são exagerados, com o objetivo de satirizar ou despertar o burlesco. O caricaturista, que trabalha com o desenho, enfoca a personagem ou o fato, mas exagera nas suas características, dando destaque a algumas delas, de modo a provocar o riso. Os políticos e os artistas são um prato feito para os artistas da caricatura.
Alguns estudiosos acreditam que a caricatura é “mãe” do expressionismo, movimento artístico e cultural de vanguarda, que surgiu na Alemanha no início do século XX, pois, através dela, o artista é capaz de captar as impressões deixadas na face do indivíduo, ali fixadas através dos anos, de acordo com a sua índole ou estado emocional. O mais interessante é que um bom caricaturista não precisa de muitos traços para personificar o indivíduo. Para os críticos, os atributos principais de um exímio caricaturista são o máximo de expressividade com um mínimo de traços.
O italiano Annibale Carracci é considerado um dos maiores expoentes da caricatura, sendo o pioneiro na História da Arte a fazer uso dela, abrindo mão da idealização. E Pier Leone Ghezzi foi um dos primeiros a dedicar-se, quase que integralmente, à realização de caricaturas. James Gillray e Thomas Rowlandson são dois grandes nomes da caricatura inglesa. E Honoré Daumier foi um grande artista francês dessa arte. Grandes nomes da pintura também foram caricaturistas, como Tiepolo, Puvvis de Chavannes, Picasso e, até mesmo Monet foi caricaturista no início de sua carreira. Atualmente, grandes nomes de caricaturistas destacam-se internacionalmente, tais como: Sebastian Kruger, Jan Opdebeeck, Mulatire, entre outros.
Nota: A ilustração do texto trata-se de uma caricatura de Honoré Daumier, referente à Conferência de Londres, 1830, quando foram redefinidas as fronteiras da Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos. O artista representou cada um dos embaixadores como um animal, sendo o embaixador francês, Talleyrand, a lebre.
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