Arquivo da categoria: Corpo e Mente

Filosofias e conjunto de práticas físicas, psíquicas e ritualísticas que buscam um estado de harmonia e equilíbrio físico e mental.

FENG-SHUI –TENHO A MANIA DE GUARDAR TUDO

Autoria de Celina Telma HohmanRelatos da autora Celina Hofman

Feng Shui! Ainda que milenar, ainda não prestamos a atenção devida aos ensinamentos da filosofia chinesa que nos ensina a viver melhor. Confesso que sou organizada, por vezes meio maníaca, mas numa única área: local onde vivo, seja trabalho ou em minha casa, chego a extremos, o que sabemos não é bom nem sadio, mas minha remissão chega quando me pego naquelas manias maníacas em guardar tudo: do canhoto do talão de cheques lá de 1990, a documentos processuais que não têm mais utilidade alguma em minha vida.

Não consigo me desapegar de utensílios, roupas, souvenirs, cartinhas que a filhota escrevia quando era pequena, as lembranças que minha avó deixou, e que guardo com o maior carinho, ocupando espaços que poderiam servir para abrigar o que é necessário, enfim, sou bagunceira com minhas lembranças. Seria uma forma de tentar reter o passado? Resultado: desordem, claro! Desordem com os sentimentos, com a liberação do passado, quando deveria deixá-lo lá, onde ficou, e não aqui onde não há porque mantê-lo.

Lembranças são boas. Há nelas a nossa trajetória, mas e daí? Lembranças podem ficar na mente, na alma, no coração e não enchendo gavetas, entulhando cantos, embaralhando-se com o presente e atrapalhando o futuro. Sei disso tudo, mas quem disse que tudo isso faz com que eu mude? Mudo, não! Se faz bem? Também não! Somente sei que retenho o passado e, ao fazê-lo, pouco valorizo o presente, o que é uma pena.

Sei que tenho a meu favor o cuidado em manter uma casa limpa – por vezes até demais –, o cuidado em não poluir o visual do que me cerca com muitas peças que impedem a passagem de energia, mas estou aqui escrevendo e lembrando-me de quantos  envelopes, caixas e gavetas tenho guardados, coisas não mais necessárias…

Num belo dia – há uns três anos – eu resolvi fazer a “faxina da vida”. Toda faceira e com um furor típico de quem quer provar que consegue, lá fui eu me desfazer do que não servia mais. Enchi inúmeras caixas. Nelas havia de tudo. De tudo o que nem precisava estar ali, mas eliminado há muito tempo: cortinas velhas, roupas lindas, mas que não serviam mais há tempos, e não as doei, nem as vendi, pois cada uma tinha uma história. Tinha! Não deveria ter mais! Fiz a “geral”. Tive o prazer de colocar aquele montão de inutilidades para que o caminhão de coleta levasse para o devido lugar. Resultado? Chorei e muito. Naquela ida senti o vazio tomar conta de mim.

Obviamente o caminhão nem precisou levar, pois a vizinhança fez a festa, mas a tonta aqui, se pudesse, iria de casa em casa e pegaria tudo de volta. O papelzinho rosa da floricultura por onde um amor havia passado, o brinquedo, que já sem forma, ainda estava guardado. O bule lindo de minha avó, acompanhado daquela xícara sem asa e sem pires, mas  que era charme puro e tinha o cheirinho da vovó nela (tinha nada, pois lavada, não manteve cheiro de ninguém, exceto de passado). Eu chamo a isso de desarmonia. Amor, carinho, doces lembranças são um bem. Guardar tranqueiras é maluquice!

Tento ser organizada com esse lado meio bagunçado, mas confesso, ainda tropeço em inutilidades com uma frequência assustadora. Não é uma bagunça geral, é uma bagunça específica. Acredito que, mesmo não sendo acumuladora (eita que virou moda chamarem assim quem guarda tudo de tudo), o desfazer-me de coisas desnecessárias ainda é minha área bagunçada. Não consigo, ainda que prometa, todos os dias, que mudarei. Um dia chego lá!

O tal do desapegar é minha intenção, mas a realidade é que meus apegos acabam atrapalhando. Imagine caixas e caixas de restinhos? Ainda as tenho, confesso, meio que envergonhada! É chato isso e sei que este é o meu inferninho. E aí aquela pergunta: se sei, por que continuo? A resposta é “Sei lá!”, mas compenso no exagero em outras áreas. Obviamente o equilíbrio está só em saber que preciso buscá-lo.

Como citado, “a água que mata nossa sede pode nos matar…”  Vou tentar de novo e de novo, mas juro, bagunça geral,  geralzão, não é o meu tormento. São até minhas manias em não as ter, que também são exageradas. Fico então com a certeza da desarmonia com os apegos. Mas, início de ano, projetos para mudanças e por sorte o texto. Tudo correndo a favor. Obá!

Nota: a ilustração é uma pintura de Dante Gabriel Rossetti, denominada Pandora.

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SENTIMENTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

Autoria de Lu Dias Carvalho

Geralmente os sentimentos negativos são percebidos de modo mais intenso do que os positivos. (Stefan Klein)

 Os sentimentos positivos indicam-nos o que devemos fazer, enquanto os negativos advertem-nos sobre o que precisamos evitar. (Stefan Klein)

Em cada aspecto de nossa vida, por mais simples que ela seja, encontra-se a natureza – força ativa que estabeleceu e conserva a ordem natural de tudo quanto existe, força criadora universal –  a educar-nos. Basta que paremos para pensar que tudo que contribui para manter a nossa vida é tido como algo bom: beber, comer, fazer sexo, dormir, sociabilizar, etc. E quanto maior for a nossa carência em relação a uma dessas ações, mais prazeroso será o nosso bem-estar ao executá-las. Existe comida mais gostosa do que aquela que consumimos quando nos encontramos famintos? Há sono mais profundo e reparador do que o que nos acomete quando nos encontramos exauridos pelo cansaço? E que deliciosa é a água sorvida quando nos encontramos sedentos! Por que isso acontece? A natureza, no intuito de proteger-nos, leva-nos a escolher o que faz bem ao nosso corpo, usando o prazer como chamariz.  

Embora a dor – qualquer que seja a sua causa – tire qualquer um do sério, tamanho é o desprazer que oferece, não passa de uma mensageira valiosa da natureza, avisando que algo não está em conformidade com o esperado no que diz respeito ao funcionamento do nosso corpo. E quanto menor for a atenção que tal emissária vier a receber, mais ela se avolumará e atormentará, até que o dono do corpo busque ajuda para refreá-la, até que a causa seja descoberta e tratada. Os paliativos possuem um tempo, pois se não buscada a origem da dor, ela retornará ainda mais severa, raivosa e cruel.

Muitas vezes nós nos perguntamos sobre o porquê de lembrarmo-nos mais daquilo que nos fez sofrer, enquanto nos esquecemos facilmente do que nos tornou felizes. Os sentimentos negativos são quase sempre mais imperiosos, veementes e impetuosos. As tragédias comovem bem mais do que as comédias fazem rir. Os humoristas alegam que fazer humor é extremamente difícil. Então, o que leva a humanidade a preferir a tragédia? A resposta está na biologia humana.

Os sentimentos negativos – responsáveis por fazerem nossos ancestrais viver em permanente vigilância frente ao perigo constante – permaneceram ao longo da evolução humana, chegando aos nossos dias. Vivemos muito mais tempo temendo o perigo do que buscando a felicidade.  Existe até um conselho que era muito conhecido pelos mais antigos: “Devemos sempre pensar no mal, pois o bem a qualquer hora que chegar será bem-vindo”. Eis a prova de como preferimos a tragédia.

O prazer só existe porque há o conhecimento do desprazer. Um não ganha vida sem o conhecimento do outro. E é exatamente este contraste que garante a vitalidade do organismo, possibilitando-o a funcionar da melhor maneira possível, apesar dos percalços inerentes à vida de todos os humanos. Ainda que empiricamente, todos nós temos conhecimento sobre aquilo que nos faz mal ou que nos faz bem. A natureza é sábia. Se tomarmos outro caminho é por conta e risco nosso, mas lá na frente poderemos pagar o preço devido.  A Lei de Causa e Efeito age em nossa vida com toda intensidade, quer queiramos ou não.

Obs.: não confundir “sentimentos negativos” com “pensamentos negativos”.

Fonte de pesquisa
A Fórmula da Felicidade/ Stefan Klein/ Editora Sextante

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FELICIDADE X INFELICIDADE

 Autoria de Lu Dias Carvalho

A felicidade e a infelicidade são mestras que a natureza usa para nos educar. (Stefan Klein)

Ao analisarmos a afirmação acima do filósofo e biofísico Stefan Klein, concluímos que se trata de uma grande verdade. Apesar de ser uma mestra indesejável, a infelicidade é sem dúvida a mais contundente, pois mexe com as entranhas de nosso ser. Ainda que seja pensamento comum o fato de que só se aprende com a dor, a felicidade é também uma mestra, uma vez que age como um incentivo, ao predispor-nos a escolher aquilo que faz bem ao nosso corpo, direcionando o nosso comportamento. Contudo, enquanto a infelicidade chega sem ser convidada, a felicidade precisa ser conquistada dia a dia, incessantemente.

Essas duas incansáveis conselheiras fazem-se presentes por vias diferentes. A infelicidade exprime-se através do medo, da raiva, da tristeza, do arrependimento e de outros sentimentos que não nos são aprazíveis. Contudo, tem por objetivo proteger-nos dos perigos do mundo exterior e também de nossos próprios impulsos. A felicidade, por sua vez, manifesta-se através de sentimentos agradáveis e tem como meta condicionar-nos a buscar aquilo que sadiamente nos faz bem.

O mais interessante é que até mesmo os animais estão programados – assim como os seres humanos – a agir da mesma forma. Observe como seu animalzinho doméstico aproxima-se de quem o acaricia e foge daquele que o aborrece ou maltrata. Contudo, a capacidade de prever situações é o diferencial entre humanos e bichos. Enquanto os segundos só aprendem através da experimentação, os primeiros não precisam vivenciar situações para obterem conclusões, podendo buscá-las em diferentes fontes.

O capitalismo selvagem – fruto de nosso tempo – repassa-nos a ilusão de que a felicidade é produto das circunstâncias, algo fortuito, impossível de ser conquistado. Noutras vezes tenta induzir-nos a pensar que quanto mais coisas e poder tivermos, mais felizes seremos. A verdade é bem outra e disso os gregos da Grécia antiga já tinham conhecimento. Eles relacionavam a felicidade a atitudes corretas.

Aristóteles – filósofo grego que viveu antes de Cristo – já dizia: “A felicidade é consequência de uma atitude”, ou seja, de acordo com as possibilidades e oportunidades que nos são oferecidas, devemos buscar fazer sempre o melhor, pois é aí que se encontra o segredo do êxito e da ventura. Tampouco devemos colocar o nosso bem-estar nas mãos de quem quer que seja, uma vez que ninguém é responsável pela nossa infelicidade, senão nós mesmos. O controle de nossa vida está na mão de cada um de nós. Deixar que outrem nos torne infelizes é pura tolice.

Voltando aos filósofos antigos, eles partiram da premissa de que “a felicidade é consequência de uma atitude” e chegaram a duas premissas:

  1. Se a felicidade é resultante da plena realização das possibilidades humanas, logo existirão regras de aplicação geral que podem ser usadas com o objetivo de obtê-la, uma vez que os seres humanos são semelhantes.
  2. Se levarmos tais regras em consideração, seremos capazes de aprender a ser felizes.

Assim, uma vez que o ser humano possui vontade própria, poderá trabalhar suas atitudes, a fim de escapulir da servidão de seus humores azedos e do ambiente – muitas vezes hostil – em que se encontra inserido. A felicidade não está atrelada à acumulação de bens, à posição social ou ao  poder, como alguns imaginam. Ela tampouco se resume a um mero prazer. A felicidade é um processo contínuo e permanente de realização de nossas possibilidades na busca, sobretudo, pelo nosso crescimento interior. É um estado de espírito que pode e deve ser trabalhado permanentemente. Poderemos começar freando os impulsos – esses senhores mandões tão presentes em nossa vida e que podem fazer de nós seus fantoches.

Ainda que a Ciência dê-nos a conhecer – cada vez mais – como funciona a nossa mente, a essência do pensamento da antiga filosofia no que tange à felicidade continua correta, embora alguns termos possam ter sido mudados, como por exemplo: aquilo que os antigos pensadores chamavam de “virtude” e de “realização plena do organismo” é conhecido hoje como “estado ideal do organismo” a ser conseguido.

A neurobiologia (campo da biologia que trata do sistema nervoso nos seus aspectos morfológicos, funcionais e patológicos) deixa claro que os sentimentos positivos não são produtos do acaso ou frutos do destino, mas da maneira como encaramos o dia a dia, ou seja, do modo como vemos e vivemos a vida. Portanto, devemos persegui-los a fim de conquistar a felicidade plena que muito bem fará ao nosso corpo.

Vejamos mais alguns pensamentos de Aristóteles sobre o assunto:

  • Cada um é feliz na medida em que faz e cumpre a sua missão. A felicidade só resulta do cultivo da virtude. A felicidade é para quem se basta a si próprio.
  • A felicidade não se encontra nos bens exteriores. Felicidade é ter algo o que fazer, ter algo a que amar e algo a que esperar…
  • Ninguém é dono da sua felicidade senão você mesmo, por isso, não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.
  • A felicidade é o sentido e o propósito da vida, o único objetivo e a finalidade da existência humana. A felicidade consiste em fazer o bem.

Fonte de pesquisa
A Fórmula da Felicidade/ Stefan Klein/ Editora Sextante

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NÃO PEÇA! OFEREÇA!

Autoria do Prof. Hermógenes

O Professor Hermógenes, um dos precursores da ioga no Brasil, escreveu mais de 30 livros sobre a saúde física e mental.  Neste texto retirado de seu livro “Yoga para Nervosos”*, ele contrapõe riqueza e pobreza.  

Tenho um amigo, cientista ilustre e respeitado, dono de grandes propriedades. Tem carro bonito. Pertence a uma família ilustre. Tem apenas um ou dois aspectos onde a vida não o favoreceu na medida em que gostaria. Fechando os olhos a tudo quanto tem, ele vê em torno de si apenas tristezas, infelicidades e frustrações. Vive abatido a reclamar de tudo. Lastima-se invariavelmente sempre que me vê. Sob o ponto de vista comum é um ricaço. Sob o ponto de vista da realidade, ele o é?

Meu amigo é um “pobre” homem que em toda sua vida tem estado em cama de doente.  Cresceu na horizontal. De seu leito “pobre” de enfermo, dirige, no entanto, uma grande empresa. Uma empresa de serviço. O serviço que ele oferece ao público é essencial, pois corresponde a uma necessidade praticamente universal. A empresa de quem poderia viver pedindo esmola presta exatamente o serviço de assistência, de ajuda, de amparo aos necessitados de saúde e meios de vida.

Meu “pobre” amigo é um catalisador de amor, de beneficência, de humanitarismo. Mas, que milagres o espírito não efetiva?! O “pobre” é sempre encontrado disposto a auxiliar a todos os “ricaços”, como meu amigo lamuriento. Creio que, tanto quanto eu, você deve andar confuso sobre o que é ser “rico” e ser “pobre”. Meu amigo é pobre ou rico? Que vem a ser a pobreza? E a riqueza?

  • Ninguém é mendigo pelo que não possui e, sim, pelo que anda mendigando.
  •  Ninguém é rico pelo que tem, mas pela espontânea prodigalidade com que distribui.
  • O infeliz ainda mais infeliz se torna, se imprudentemente mendiga felicidade.
  • O intranquilo aumenta sua inquietude ao mendigar paz.
  • O incompreendido ainda mais inaceitável se torna pelas reclamações que despeja sobre os outros.
  • Ninguém pode ter admiração por um sujeito que anda à caça de ser admirado. Quem pode respeitar aquele cuja maior preocupação é fazer-se admirado?
  • Aquele que se reconhece injustiçado e sem correspondência amorosa e vive a pedir amor, dificilmente pode ser amado.
  • Não conheço quem sofra pela prodigalidade da ajuda que dá. O mundo, no entanto, está cheio de gente que se desgraçou por tanto pedir.

Não peça. Ofereça. Não capitule diante do velho hábito de posar de “coitadinho”. Mesmo que você esteja em sofrimento, no chão, em pedaços, quando alguém lhe dirigir o convencional “Como vai?”, responda-lhe sorrindo: “Vou bem. Não vou melhor para não fazer inveja!”. Experimente este miraculoso tratamento. Abaixo as lamúrias! Nunca mais a autopiedade nem a piedade dos outros!

*O livro “Yoga para Nervosos” encontra-se em PDF no Google (ver na página 259 do livro a descrição de várias técnicas de relaxamento).

Nota: Duas Figuras, obra de Vicente do Rego Monteiro

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FENG SHUI – CHEGA DE DESORDEM!

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O Feng Shui (arte oriental milenar de equilibrar e harmonizar o fluxo das energias naturais no ambiente, criando efeitos benéficos em nossa vida) vem cada vez mais encontrando solo fértil no Ocidente, a ponto de serem poucas as pessoas que nunca ouviram falar sobre tal arte ou filosofia que trata da harmonia entre o mundo físico, observável, e o etéreo, não observável, conscientizando-nos de que todo espaço possui uma determinada energia, deixando rastros de toda a história acontecida ali. As paredes, os móveis e todas as coisas ali contidas registram impressões eletromagnéticas sutis. E quanto mais dramáticos tiverem sido os fatos ali passados, mais enraizados ficam suas energias.

O Feng Shui abrange áreas inusitadas, mas me apaixonei por uma que diz respeito à bagunça em nossa vida, isto porque ela funciona como um obstáculo para o fluxo de energia boa que o ambiente deveria receber e ainda nos passa uma sensação desencorajadora de sujeira e mal-estar. O mais triste é que tudo isso adere ao frequentador de tal lugar sem que ao menos ele saiba. Por isso, algumas pessoas sentem tanta dificuldade para entrar em sintonia com a bagunça do ambiente onde vivem ou com o mundo ao seu redor. O Feng Shui ensina-nos que basta pôr ordem no espaço para que a energia negativa estagnada desapareça.

Não sei se já lhe aconteceu, caro leitor, chegar a um determinado ambiente e começar a abrir a boca, a sentir que água escorre de seus olhos e ter vontade de ir embora o mais rápido possível. Isso acontece porque o lugar está carregado de  energia negativa e ela está afetando você. As pessoas mais sensíveis são as mais predispostas a sentirem-se mal em ambientes desorganizados ou que tenham um baixo-astral, portanto, devemos eliminar a bagunça de nosso ambiente e de nossa vida, começando pela “limpeza do espaço” onde vivemos. Todos precisam viver num local onde as energias boas fluam e de igual modo aconteça na vida pessoal. O exterior é um reflexo de nosso interior e vice-versa.

Segundo Karen Kingston, existem três causas principais para a estagnação de energia:

  1. Sujeira física – poeira, pó, lixo, gordura, gosmas, incrustações, vômitos, papéis velhos, etc. A energia de baixo nível vai se acumulando ao redor da sujeira.
  1. A energia anterior – os registros de energia (boa ou má) que vão se acumulando ao longo dos tempos pelos que ali passaram. O pior é que não a conseguimos ver, mas apenas senti-la. Se não for limpa essa energia, situações anteriores tendem a se repetir.
  1. A desordem – todo tipo de bagunça cria obstáculos ao fluxo da boa energia no ambiente. Isso afeta diretamente os usuários do espaço.

É importante que todos compreendam o quanto é benéfica a limpeza de um ambiente. É papo furado essa de que “eu conheço a minha bagunça e sei onde tudo se encontra” ou “o que é organizado para mim, pode não ser para você”. Tudo não passa de lenga-lenga de quem não tem compromisso com a organização e, em consequência, com a energia positiva.

Quem não se sente bem num ambiente limpo, arejado e cheiroso? Temos vontade de ali permanecer indefinidamente. Isto porque a desordem é energia estagnada, parada, em suma, energia ruim. E todos nós sabemos o que acontece com tudo que fica parado muito tempo, a exemplo da água. O nosso planeta exige fluidez. A vida flui a todo momento, trazendo renovações que são mais do que necessárias.

A desordem exterior é sempre uma amostragem do que está acontecendo conosco interiormente, pois exterior e interior influenciam-se mutuamente, formando um forte elo. A uma determinada sujeira vão ajuntando outros refugos, numa atração descontrolável, dando origem à energia negativa que tanto mal faz. Portanto, limpeza e ordem são necessárias para se ter corpo e mente sadios.

Fonte de pesquisa:
Arrume a sua bagunça com o Feng Shui…/ Karen Kingston/ Editora Pensamento.

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FENG SHUI – COMO A DESORDEM NOS AFETA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Para início de conversa somos uns tolos, pois passamos pela vida com o senso arraigado de propriedade, quando não somos donos de coisa alguma, nem de nós mesmos, pois até nosso próprio corpo está sujeito a uma infinidade de mazelas. Tudo o que temos foi-nos emprestado para passarmos uma curta temporada neste planeta chamado Terra. E pior, muitas vezes não temos o menor cuidado com aquilo que nos foi confiado, a ponto de transformarmos nossa vida num caos, tamanha é a bagunça acumulada por nosso descaso com a nossa existência e com tudo que gira em seu entorno.

Segundo a sabedoria milenar do Feng Shui, a desordem causa-nos muitos desprazeres, sendo que, na maioria das vezes, não temos nenhum conhecimento sobre o assunto. Conheçamos agora alguns deles:

  • Cansados e letárgicos – quanto mais bagunça houver à nossa volta, menos energia e coragem teremos para fazer a limpeza, criando um círculo vicioso. Ficamos perdidos no meio da energia estagnada que só nos faz mal, enquanto ela só faz aumentar.
  • Somos retidos no passado – não deixamos espaço para que o novo penetre em nossa vida. Nossos pensamentos insistem em habitar o ontem presente em cada objeto entulhado. Ficamos estagnados, olhando para trás, sem coragem de ir para frente.
  • Nosso corpo fica congestionado – nosso corpo é a maior vítima da desordem. Nossos olhos ficam embotados, a pele amarelada e não há vitalidade em mente. Além de sobrar um grande espaço para as alergias, nós carregamos uma sensação de derrota.
  • Pode afetar o nosso corpo – o excesso de entulho, por incrível que possa parecer, muitas vezes se alia ao excesso de peso. Tanto o corpo obeso quanto o excesso de bagunça são formas de autoproteção. Temos a crença de que estamos amortecendo os choques da vida. Tanto a obesidade (que é também uma acumulação de tecido adiposo) quanto o acúmulo de objetos, na maioria das vezes sem finalidade alguma, funcionam como muletas imaginárias.
  • Causa confusão – quando nos vemos cercados pela desordem, não vemos com clareza o que fazemos na vida. Ficamos perdidos em meio a tudo, isto porque o exterior é o reflexo de nosso interior.
  • Afeta a maneira como nos tratam – as pessoas nos tratam, conforme o tratamento que damos a nós mesmos. Se nós nos valorizamos, elas nos tratarão bem. Se nos atolamos junto com os entulhos, acabamos por atrair, inconscientemente, pessoas que nos tratarão mal. A nossa casa desmazelada não passa alheia aos olhos dos amigos e fará com que eles tenham uma imagem ruim a nosso respeito, uma vez que nossas ações refletem nosso eu, ou seja, aquilo que realmente somos.
  • Faz adiar – quanto maior for a desordem, menos tempo teremos para colocá-la em ordem, pois a bagunça deixa estagnada a própria energia que circula no ambiente e também dificulta a nossa, por isso, nunca sabemos por onde começar, adiando indefinidamente.
  • Causa desarmonia – é um dos principais motivos de brigas nas famílias, entre colegas de apartamentos e entre companheiros de trabalho. Ninguém sabe onde se encontra nada. Um fica colocando a culpa no outro, gerando discussões, pois a desordem é uma razão de nível inferior.
  • Pode nos envergonhar – passamos a ter vergonha de convidar as pessoas para nos visitar. A mãe tem vergonha de deixar a porta do quarto do filho aberta. Se alguém chega sem aviso, perdemos o juízo, pois não tivemos tempo de fazer a “maquiagem” do ambiente.
  • Pode manter presa a nossa vida – começamos a ficar isolados e a gozar da baixa autoestima. E passamos a não nos importar com a bagunça, vivendo preso no meio dela, rezando para que ninguém venha nos visitar, tornando-nos pessoas isoladas.
  • Acaba por nos deprimir – a energia estagnada da desordem debilita a nossa energia a ponto de nos deprimir. Quase toda pessoa deprimida vive cercada de bagunça, principalmente, num nível baixo, esparramando tudo pelo chão. Não encontra ânimo para nada. Sentimentos de desesperança são adubados pela desordem. Tanto aumenta a depressão como a ansiedade.
  • Cria excesso de bagagem – nossa tendência é levá-la conosco por onde viajamos, pois passa a ser parte de nossa vida. Seremos “bagunçólatras” mesmo fora de nosso ambiente costumeiro, incomodando outras pessoas. E somos chegados a compras de “souvenirs” para atulhar a casa mais ainda. Perdemos totalmente a noção de espaço.
  • Entorpece a nossa sensibilidade – passamos a não viver plenamente e a fazer as mesmas coisas todos os dias. Ficamos taciturnos e enfadonhos, sem buscar novos objetivos.
  • Exige uma limpeza extra – o tempo empregado para a retirada dos entulhos será muito maior. É uma espiral descendente. Não nos sobra tempo para nada. E, quanto mais a bagunça cresce, mais tempo teremos de dispor para fazer a limpeza.
  • Faz de nós uns desorganizados – perdemos chaves, óculos, carteira, sombrinhas, documentos, etc. A bagunça acaba por desperdiçar o nosso tempo na procura por um objeto e a nos deixar nervosos. Deixamos de ser cuidadosos com as coisas necessárias, inclusive com a nossa saúde.
  • Pode ser um risco à saúde – o acúmulo de tralhas começa a cheirar mal, a atrair insetos, abrigar umidade, mofo, tornando o espaço anti-higiênico. E ainda há o risco de incêndio.
  • Cria uma simbologia indesejável – se somos inclinados à discussão, devemos evitar o uso excessivo de vermelho na decoração. É preciso haver uma seleção daquilo que nos rodeia, conforme a nossa índole. E na bagunça fica tudo misturado.
  • Cobra-nos um custo financeiro – basta fazer uma porcentagem de tudo que está num aposento sem a devida necessidade e que exige gastos. Sem falar no custo do tempo.
  • Distrai-nos de coisas importantes – temos que ser donos de nossas coisas e não elas de nós. Tudo o que possuímos exerce um apelo sobre nossa atenção, e quanto maior é a desordem, mais nossa energia é gasta em assuntos insignificantes. O intelecto fica em segundo plano, quando a bagunça é desmedida.

Portanto, a organização é boa e faz bem a qualquer um. As mudanças só virão quando a pessoa realmente toma consciência de que é preciso mudar.

Fonte de pesquisa:
Arrume a sua bagunça com o Feng Shui … / Karen Kingston

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