Arquivo da categoria: Escultura

Apresentação de esculturas (entalhe na madeira, modelagem no barro, cinzelagem da pedra, fundição do metal, etc) dos tempos antigos.

VÊNUS DE MILO

Autoria de Lu Dias Carvalho

               

A estátua de Vênus (Afrodite na mitologia grega), deusa da beleza e do amor, foi encontrada em 1820 em Milo, uma ilha vulcânica situada no arquipélago das Cíclades, no Mar Egeu, na Grécia. Por isso, acabou recebendo o nome de Vênus de Milo. Foi criada em mármore pariano e está ligada à arte helenística, segundo afirmação de alguns estudiosos. A beleza vista nesta estátua da Grécia Antiga mostra a delicadeza com que o artista trabalhou a formosura feminina. Ele usou o conceito de três dimensões arredondas e não a conhecida figura de quatro lados. Não se sabe como a estátua perdeu os braços e o pé esquerdo, tampouco se conhece algo sobre sua autoria, datação e representação, pois pode ser também Amphitrite, deusa do mar, que era venerada na ilha de Milo.

Esta obra-prima foi adquirida pela França, um ano depois de encontrada, e exposta no Museu Louvre em Paris. Sua fama é tamanha que tem sido divulgada nos mais diferentes meios de circulação (estampas, filmes, literatura, souvenires, etc.) e copiada ao longo dos anos, tornando-se um ícone popular. É sem dúvida uma das estátuas antigas mais famosas em todo o mundo. É composta quase que exclusivamente por dois grandes blocos de mármore, sendo que inúmeras partes menores (busto, pernas, braço e pé esquerdo) foram trabalhadas em separado e depois agregadas ao corpo da estátua com estacas. Presume-se que o mármore pode ter sido pintado com um conjunto de várias cores, agora desbotadas.

A Vênus de Milo, cuja face esboça um leve sorriso, mostra-se ereta e despida até o quadril. Seus seios são pequenos e firmes. Traz a perna esquerda levemente levantada e jogada para frente.  Encontra-se um pouco inclinada para a sua direita, jogando todo o seu peso na perna do mesmo lado, mostrando uma pequena curvatura no tronco. Um manto drapeado oculta seus membros inferiores e deixa à vista parte das nádegas, onde sua veste é toscamente trabalhada, sendo seu acabamento mais primoroso na parte frontal, uma vez que as estátuas eram colocadas em nichos. Orifícios de fixação em seu corpo levam a crer que usava joias de metal (braçadeira, brincos e tiara). Seus cabelos longos e anelados, divididos ao meio, estão juntados num coque, enquanto algumas madeixas descem-lhe pelo pescoço e costas.

Ficha técnica
Ano: 2ª metade do séc. II a.C.
Altura: 204 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
http://www.louvre.fr/en/oeuvre-notices/aphrodite-known-venus-de-milo

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ESCRIBA SENTADO

Autoria de Lu Dias Carvalho

                   

Esta famosa estátua, rigidamente frontal, representando um homem sentado, possivelmente um escriba, foi criada por um escultor, que deve ter pertencido à IV ou V Dinastia Egípcia, tendo sido esculpida em pedra calcária pintada. Foi descoberta durante uma escavação na cidade de Sacara, nome de um sítio arqueológico egípcio, situado próximo à cidade do Cairo, pelo arqueólogo francês Auguste Mariette, em 1850. É provável que o nome do modelado tenha sido inscrito na base da estátua, que deveria ser maior, e que agora só apresenta um semicirculo.

A obra intitulada Escriba Sentado é tida como uma das obras-primas da arte egípcia em razão do realismo que dela advém, sobretudo de seus grandes olhos escuros, que se mostram atentos e alertas, e parecem mirar o observador. Neles foram incrustradas pedras semipreciosas finamente trabalhadas. Encontram-se presos com dois grampos de cobre, cada um. As sobrancelhas foram feitas com tinta orgânica escura. Os mamilos são feitos de madeira. Chamam a atenção suas formas esculturais, extremamente geométricas e menos trabalhadas, que contrastam com seu rosto, mãos, dedos e unhas, maravilhosamente modelados. São vistos, de seus quatro lados, parte do bloco no qual foi esculpida.

A figura assume uma postura elegante, trazendo as pernas cruzadas, com a direita na frente da esquerda. Veste um kilt branco, ou seja, uma espécie de saiote levemente transpassado, que vai da cintura até próximo aos joelhos, possibilitando ao escriba nele assentar seu instrumento de trabalho. No colo traz um pergaminho de papiro com uma parte desenrolada, onde repousa a mão direita, como se estivesse trabalhando, pois esta era a posição usada pelos escribas, enquanto segura a parte em forma de rolo com a esquerda, firmando-a com o polegar. É de supor-se que haveria um pincel na sua mão direita, tendo sido perdido com o tempo.

Ficha técnica
Ano: durante a IV ou V Dinastia
Altura: 53,7 cm
Largura: 44 cm
Profundidade: 35 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
http://www.louvre.fr/en/oeuvre-notices/seated-scribe

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Belmiro de Almeida – MANEQUINHO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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[…] foi em casa de um amigo que observei a sua filhinha ensaiando os primeiros passos na alameda do jardim e notei uma coisa curiosa na proporção das crianças, nessa idade; têm o tronco muito maior do que as pernas, o que não se verificava na formosa menina. Assim, pensei no “Mannekin Pis”de Bruxelas e comecei a modelar o meu Manequinho, servindo-me do modelo da menina. (Belmiro de Almeida)

Esta é uma escultura do pintor, caricaturista, escultor, professor e jornalista mineiro Belmiro de Almeida. Foi esculpida pelo artista em 1906,  e os cariocas deram-na o nome de Manequinho,  pela semelhança com o “Manneken Pis” da Bélgica, portanto, nada a ver com o diminutivo do nome próprio Manoel (Manequinho, Maneco) .

Após transformar-se em símbolo do clube carioca Botafogo de Futebol e Regatas, na década de 1950, na cidade do Rio de Janeiro, esta escultura tornou-se muito famosa, passando a vestir a camisa do referido time toda vez que ele se torna campeão. Encontra-se hoje em frente à sede do Botafogo. Mas a obra original de Belmiro de Almeida foi roubada em 1990, porém, Amadeu Zani, usando o molde original de Belmiro, fez uma nova estátua em sua fundição para a alegria de todos, principalmente dos botafoguenses.

A obra de Belmiro de Almeida, portanto, não é uma reprodução do famoso e amado “Manneken Pis” (o menino que urina) existente na cidade de Bruxelas, na Bélgica, como imaginam muitas pessoas. Algumas diferenças podem ser notadas:

  • o Manequinho nacional possui cerca de um metro de altura, enquanto “Manneken Pis” belga tem cerca de 20 centímetros;
  • o nosso menininho é bem proporcional em seu formato, enquato o garotinho belga sustenta uma grande cabeça, em relação ao pequenino corpo;
  • o garotinho brasileiro não precisa da ajuda das mãos para direcionar seu potente jato, enquanto o belga usa a mãozinha esquerda para segurar o seu “piupiu”;
  • o Manequinho possui uma postura ereta, enquanto o “Manneken Pis” inclina seu tronco para trás;
  • o rosto e os cabelos dos dois menininhos também são diferentes.

Contudo, ambos possuem algo em comum:

  • já foram roubados (sendo que o belga foi reencontrado e o brasileiro não);
  • são vestidos pelo povo;
  • e são muito amados.

Sobre o fato de o Manequinho ter se transformado no símbolo do clube do Botafogo, assim explica o site “Mundo Botafogo”:

Com a conquista do Campeonato Carioca de 1957, a estátua do menino apareceu vestida com a camisa do Botafogo (dizem que por obra de Didi, que pagava uma promessa feita). A partir daí tornou-se um símbolo da torcida alvinegra. Acabou furtado, em 1990, não se sabe se por afronta aos botafoguenses, ou simples vandalismo. Uma nova estátua foi fundida, graças ao fundidor Zani e, em seguida, recolocada no Mourisco.

A prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, em 2002, acabou tombando a estátua, que virou patrimônio da cidade.

Ficha técnica
Título: Manequinho
Ano: 1911
Técnica: escultura em bronze
Dimensões: 105 x 45 x 22
Doação: Associação dos Amigos da Pinacoteca do Estado, Parque da Luz, Rio de Janeiro, Brasil

Fontes de pesquisa
A arte brasileira em 25 quadros/ Rafael Cardoso
http://mundobotafogo.blogspot.com.br/2011/04/historia-do-manequinho-i.html
http://www.amabotafogo.org.br/historia/manequinho.asp

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O LANÇADOR DE DISCOS

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O Lançador de Disco, também conhecido como Discóbolo, trata-se de uma das esculturas mais importantes da história da arte e remonta a cerca de 450 a.C., tendo sido criada por Míron (480 a.C a 449 a.C.) que viveu a maior parte de seu tempo em Atenas e que tinha predileção por representar atletas. O artista preferia o bronze ao mármore, pois o primeiro era maleável, o que lhe permitia dar às suas obras posições mais dinâmicas, detalhes mais realistas, além de serem mais fáceis de serem transportadas. Míron retratou o atleta no momento em que esse se encontrava imóvel, concentrando-se para o arremesso do disco. Seu corpo retraído mostra a sua anatomia perfeita.

O atleta tem o braço direito para trás, com a mão segurando o disco. Ele joga todo o seu peso sobre o pé direito. Seu corpo nu permite ver todos os seus músculos flexionados. Apesar de delicado, há força e vigor no seu corpo. Sua cabeça está voltada para o disco. Seu rosto não demonstra preocupação ou força, como se tratasse de um movimento habitual. É possível notar a harmonia dos músculos bem proporcionados.

O Discóbolo de Míron não se encontra mais na sua versão original, pois a obra acabou se perdendo no tempo. Ainda bem que restaram algumas cópias romanas da escultura, geralmente em mármore, embora tragam pequenas diferenças entre si, o que torna difícil saber com exatidão como era de fato a obra original. É uma das estátuas mais conhecidas da arte grega e a estátua mais famosa de um desportista em ação.

A primeira cópia do Discóbolo foi encontrada em 1781 em Roma. Foi tomada por grande interesse por parte dos neoclássicos dos séculos XVIII e XIX que a viram como a representação perfeita do movimento corporal. Muitas cópias têm sido usadas por estudantes de escultura, pintura e desenho, além de ter se transformado num ícone da cultura corporal. É importante saber que a posição da escultura não corresponde ao movimento real que o atleta faz ao lançar o disco. O artista tudo pode na sua representação.

Dados técnicos
Cópia romana do original em bronze 1,55m de altura
Localização: Munique, Alemanha

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Michelangelo – MOISÉS

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Conta-se que após terminar de esculpir a estátua de Moisés, Michelangelo passou por um momento de alucinação diante da beleza da escultura. Bateu com um martelo na estátua e começou a gritar: Perché non parli? (Por que não falas?) (Wikipedia)

Visito diariamente o Moisés, e acho que poderia escrever umas poucas palavras sobre ele. Ao longo de três semanas solitárias de setembro, detive-me diariamente na igreja diante da estátua, estudei-a, medi-a, sondei-a, até que me veio a compreensão que só ousei expressar no papel anonimamente.  (Freud)

Moisés é uma das esculturas realizada pelo genial Michelangelo, para adornar o mausoléu de Júlio II. Esta obra, juntamente com a Pietà do Vaticano e Davi, constitui o ponto mais alto da arte escultural do artista. Embora fosse o sonho de Michelangelo terminar a monumental sepultura do papa, apenas a gigantesca estátua de Moisés de 2,35 de altura foi colocada no túmulo, o suficiente para dar ao monumento grande destaque e fama.

Moisés — profeta israelita da Tribo de Levi — encontra-se grandioso e solene,  sentado, segurando com o braço direito as duas Tábuas da Lei contendo os Dez Mandamentos ou Decálogo, enquanto o braço esquerdo descansa no seu colo. Os dois chifres, representados em sua cabeça, simbolizam os dois raios de luz que a cingem, ao descer do Monte Sinai. Com a cabeça virada para a esquerda, ele tem o olhar perdido ao longe, buscando pela figura de Deus. Sua longa e farta barba desce-lhe pelo tronco, sendo tocada por sua mão direita. Seu pé direito apoia-se firmemente no chão, enquanto o esquerdo apoia-se no chão apenas parcialmente, segurando a perna levantada. Ele se encontra elegantemente vestido, tendo suas vestes dobraduras perfeitas, com destaque para uma delicada tela que lhe cobre a perna direita.

Michelangelo entregou a estátua totalmente acabada, tendo todas as suas partes polidas, incluindo os detalhes, além de ter apresentado uma anatomia perfeita. A escultura fica na Basílica de San Pietro in Vincoli, Roma. Segundo alguns estudiosos de arte, Michelangelo retrata o momento em que o profeta deixa o Monte Sinai, com as tábuas da lei nos braços e depara-se com seu povo adorando um bezerro de ouro. Mas o psicanalista Freud acredita que se trata do momento em que Moisés consegue controlar a sua ira e, em vez de quebrar as Tábuas da Lei, mantém-se calmo e comedido. Freud diz:

“Dessa maneira, [Michelangelo] acrescentou algo de novo e mais humano à figura de Moisés; de modo que a estrutura gigantesca, com a sua tremenda forca física, torna-se apenas a expressão concreta da mais alta realização mental que é possível a um homem, ou seja, combater com êxito uma paixão interior pelo amor de uma causa a que se devotou”.

Curiosidade:
Ao observar a estátua é possível perceber que Moisés tem um par de chifres na cabeça, logo acima dos olhos, nascendo por baixo dos seus cabelos. A explicação para isso pode estar na tradução errada de “karan” (cornos) em vez de “keren” (raios de luz), feita por São Jerônimo para o latim.

Ficha técnica:
Data: 1515
Material: mármore
Altura: 2,35 m
Localização: Basílica de San Pietro in Vincoli

Fontes de pesquisa:
Gênios da Arte/ Girassol
Grandes Mestres da Pintura/ Coleção Folha
Grandes Mestres/ Abril Cultural

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Michelangelo – DAVI

Autoria de Lu Dias Carvalho

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É certo que as partes da arquitetura têm relação com as partes do homem. Quem não sabe reproduzir a figura humana e não é especialista em anatomia também não entenderá de arquitetura. (Michelangelo)

O jovem artista ficou profundamente impressionado ante a vista de todas aquelas rochas de mármore de Carrara, as quais pareciam esperar pelo seu cinzel para se converterem em estátuas como jamais o mundo vira. ] …] Queria libertar as figuras do cerne das pedras, onde estavam adormecidas. (E.H. Gombrich)

A pedra marmórea, da qual Michelangelo fez nascer seu Davi, já havia sido fustigada por outros escultores, dentre eles Agostino de Duccio que a abandonou por sentir-se incapaz de esculpi-la. Foi então que a Irmandade de Santa Maria del Fiore — dona do bloco de mármore —  repassou a Michelangelo a tarefa de dar vida ao herói hebreu, Davi, tomando Hércules como inspiração, para que se transformasse no símbolo das virtudes da cidade de Florença.

Outros escultores já haviam esculpido Davi, tais como Donatello e Verrochio, mas foi Michelangelo o responsável por uma das mais belas e perfeitas estátuas do jovem herói, considerada uma obra-prima da história da arte. Nas obras de Donatello e Verrochio, Davi é retratado sobre a cabeça decepada de Golias, ao contrário da obra de Michelangelo, esculpida como se ele estivesse a sondar o inimigo feroz, aguardando o momento certo para usar a sua funda contra ele.

O Davi de Michelangelo carrega um semblante franzido e olhos perscrutadores, misto de força e ira. Seu rosto não denota nenhum temor, confiante que está na sua vitória. Ao virar sua cabeça para a esquerda, a tensão ressalta os músculos do pescoço. Seu olhar firme, sobrancelhas contraídas e os lábios fechados mostram a máxima concentração em que se encontra. A tensão da mão esquerda que se levanta até o ombro e prende a funda com os dedos flexionados mostra que ele está pronto para atirar a pedra contra o gigante. O braço direito está estendido ao longo do flanco e a mão oculta em sua palma a pedra, que será atirada contra o feroz inimigo. Maravilhosamente trabalhada, a mão direita mostra detalhes realistas: a unha do polegar, os nós dos dedos, as veias salientes e as articulações flexionadas do pulso (imagem menor). Os músculos abdominais também são magistralmente trabalhados.

Davi, com seu belo corpo nu de músculos e veias visíveis, foi chamado de o “gigante” pelo povo de Florença. E, embora sua pose seja ereta, concebida para a visão frontal, não há rigidez nela. O tronco tem uma ligeira inclinação, estando o ombro esquerdo um pouco mais alto do que o direito. O rosto do herói está emoldurado por cabelos cacheados e fartas sobrancelhas.

Após a expulsão dos Médici, a estátua de Davi transformou-se no símbolo da República, uma vez que a situação política de Florença era favorável aos republicanos. E, embora uma comissão de artistas famosos, entre os quais se encontravam Botticelli, Andrea della Rubbia e Leonardo da Vinci, tivesse estabelecido que ela fosse colocada na Piazza della Signoria, pois suas gigantescas dimensões tornavam inviável sua permanência num lugar fechado, foi necessária a sua transferência para a Galleria dell’Academia em 1873 em razão da degradação do mármore. No seu lugar foi colocada uma réplica.

Curiosidade:

Davi, herói bíblico, é retratado por Michelangelo com impressionante realismo anatômico, sendo extraído de um único bloco de mármore. À época a estátua teve que contar com um corpo de vigilância para protegê-la contra a raiva dos difamadores.

Ficha técnica:
Data: 1501 – 1504
Altura: 4,34 m
Material: mármore
Localização: Galleria della Academia. Florença, Itália

Fontes de pesquisa:
Gênios da Arte/ Girassol
Grandes Mestres da Pintura/ Coleção Folha
Grandes Mestres/ Abril Cultural
Renascimento/ Taschen
Tudo sobre Arte/ Sextante
1000 Obras da Pintura Europeia/ Könemann
Os Pintores mais Influentes/ Girassol
Arte em Detalhes/ Publifolha
Góticos e Renascentistas/ Abril Cultural

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