Arquivo da categoria: Mestres da Pintura

Estudo dos grandes mestres mundiais da pintura, assim como de algumas obras dos mesmos.

Da Vinci – A VIRGEM, O MENINO JESUS E SANTA ANA

Autoria de Lu Dias Carvalho

Maria

A Virgem, o Menino Jesus e Santa Ana é uma composição do genial artista italiano Leonardo da Vinci. Presume-se que esta pintura foi uma encomenda de Luís XII, rei da França. O pintor não foge aqui a uma de suas características que era a de dificilmente terminar o que iniciava em razão da profusão de ideias que perpassavam em sua cabeça. O manto cobrindo as pernas da Virgem está visivelmente inacabado.

São José, Maria e o menino Jesus são os personagens que compõem a Sagrada Família, mas nem sempre foi assim. Quem ocupou o lugar de São José durante muito tempo foi a mãe de Maria, Santa Ana. Normalmente a Virgem encontrava-se assentada nos joelhos da mãe, enquanto Jesus ficava  assentado nos joelhos dela.

Na sua obra Leonardo da Vinci pintou a Virgem no colo de sua mãe, Santa Ana, mas deixou o Menino no chão, abraçado a um cordeirinho. As três figuras apresentam movimentos bem complexos e diferentes, mas formam um único grupo numa composição piramidal. Maria abaixa-se ligeiramente para trazer o filho para perto de si. Como o cordeiro significa a Paixão de Cristo, seu gesto significa que a hora de seu filho  imolar-se pela humanidade ainda não é aquela.

Santa Ana olha com ternura para a filha que se inclina para seu Menino, segura-o com as duas mãos e contempla-o com extrema doçura. O Menino volta-se para a mãe, dirigindo-lhe seu olhar. Traz a perninha esquerda em cima do carneiro, segurando as duas orelhas do animal, enquanto esse traz  sua cabecinha virada para ele. O cordeirinho, símbolo do sacrifício de Jesus em prol da humanidade – ao ser sacrificado inocentemente – tomou o lugar de São João Batista na pintura.

As duas mulheres estão descalças, assim como o Menino, que também se encontra nu – simbolizando a sua humanidade. As figuras são bem robustas. A virgem perde aqui a delicadeza vista em outras pinturas da época, mas mostra-se intensamente humana.

Ao fundo da composição descortina-se uma paisagem azulada com rochas e água, fundindo-se com o céu, bem diferente daquela em que se encontram os três personagens. A divisão da cena em dois planos, não tira a grandeza da imagem central.

Curiosidade
São João Batista e sua mãe, Isabel, muitas vezes são acrescidos à Sagrada Família.

Dados técnicos
Ano: 1510
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 168 x 130 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fonte de pesquisa
Cristo na Arte/ Manoel Javer
Da Vinci/ Coleção Folha
Renascimento/ Taschen
Cosac e Naify

Views: 4

Degas – A AULA DE DANÇA

Autoria de Lu Dias Carvalhodegas123

          (Faça o curso gratuito de História da Arte  acessando ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

À parte das falsas aparências no palco, Degas mostra todas as fealdades reais, a precocidade doentia das moças de fisionomias envelhecidas, bem magras, bastante audazes ou sonhadoras demais, sobre membros infantis. (Paul Lafond)

A composição intitulada A Aula de Dança faz parte das obras-primas do pintor impressionista e de uma série de pinturas com o mesmo tema. Edgar Degas era encantado pelo balé. Assistia tanto aos ensaios como às suas representações. Pintou inúmeras telas sobre o tema, captando em minúcias expressões e poses de cada bailarina, resultando num conjunto bem elaborado e no seu perfeito entrosamento com o espaço, o que o transformou no mais importante pintor de bailarinas.

Ao pintor não importava retratar a beleza dos corpos. Ele gostava de captar sobretudo o esgotamento, o cansaço, a dor extenuante e as lágrimas advindos de muitas horas de ensaio. Podemos dizer que ele mostrava a outra face da moeda, aquela que não era observada durante as apresentações, embora também pintasse tais momentos. Não lhe importava a emoção dos artistas e público, mas o aspecto plástico, a união entre luzes, sombras e figuras humanas.

Na composição A Aula de Dança um grupo de bailarinas faz um semicírculo em volta do professor, enquanto esse dá explicações à aluna que se encontra à sua frente. O rosto da garota expressa seu estado de concentração, encontrando-se numa postura de balé clássico. As demais alunas aproveitam para descansar ou para treinar alguns passos. Elas usam faixas com cores vivas e fitas pretas no pescoço.

Degas traz a ilusão de movimento na pintura, ao individualizar as bailarinas que se encontram em diferentes posturas e gestos. É interessante notar a maestria do pintor ao criar a ilusão de profundidade, como ao pintar tábuas diagonais com suas nítidas linhas pretas e as colunas verticais de mármore preto que criam fortes verticais e levam o olhar do observador para o fundo da tela, onde se encontra uma garota consertando o seu colar.

Um cãozinho terrier aparece cheirando as pernas da bailarina de laço verde e sapatilhas cor de rosa,  postada em primeiro plano de costa para o observador. À sua esquerda uma bailarina está assentada sobre o piano, coçando as costas, enquanto abaixo dela, quase oculta, outra ajeita seu brinco. Debaixo do piano encontra-se um regador verde-escuro, onde o pintor assinou seu nome. A presença de tal objeto na pintura lembra que ele é usado para umedecer as tábuas empoeiradas do salão. Cãozinho e regador dão um toque de leveza ao rigor da composição.

O coreógrafo que também usa sapatilhas encontra-se de pé no meio do salão, com os braços apoiados no seu bastão de madeira que serve para marcar o compasso. Ele é a figura central da composição. Trata-se do famoso bailarino e coreógrafo Jules Perrot. No fundo da sala um grupo embevecido de mães observa suas filhas, enquanto as garotas mostram-se à vontade nas mais diferenciadas posições.

Na composição o observador parece fazer parte da cena, assim como o pintor, mas sem ser notado. Ele apenas olha sem ser observado. As bailarinas estão voltadas para o mestre ou para si mesmas, enquanto  as mães observam-nas.

Curiosidades

  • Durante a Belle Époque a capital francesa fascinava os artistas impressionistas com a dança, sobretudo com o balé.
  • Embora o balé fosse um tipo de dança muito apreciado naquela época, não se tratava de uma atividade respeitável, de modo que muitas bailarinas tornavam-se prostitutas, sendo cobiçadas pelos burgueses ricos.

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Ficha técnica
Ano: 1873-1876
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 85 x 75 cm
Localização: Museu D’Orsay, Paris, França

Fontes de pesquisa
Degas/ Coleção Folha
Degas/ Abril Coleções
Arte em Detalhes/ Publifolha

Views: 13

Degas – O ABSINTO

Autoria de Lu Dias Carvalho degas12

A composição O Absinto, também conhecida como O Copo de Absinto ou No Café, é uma das obras mais conhecidas de Degas, na qual ele mostra a face cruel da alienação social no mundo moderno, sendo que o progresso industrial funciona para alguns como uma porta para a exclusão, principalmente nas grandes cidades, o que acontecia na Paris da época.

O absinto é uma bebida alcoólica muito amarga, preparada com as folhas da erva do mesmo nome e que, figurativamente, significa pesar, amargura, mágoa. Simboliza o caminho da autodestruição, embora seus usuários acreditem que estejam se curando do mal-estar existencial que carregam dentro de si.

Na cena compositiva estão dois personagens – um ao lado do outro – que se consomem paulatinamente num café, bebendo. Embora não se encontrem bêbados, mostram-se perdidos, alheios ao mundo em derredor, sem raciocínio ou vontade própria. Embora compartilhem a mesma mesa, não há comunicação entre eles. Talvez sejam conhecidos, ou apenas ligados pela solidão, pelo desencanto com a vida ou pelo álcool. Suas sombras escuras estão esboçadas nos espelhos dimensionando ainda mais a solidão de ambos. O próprio ambiente parece aprisionar os dois personagens – reflexos da Idade Moderna em que a solidão, o desamparo e a crueza da vida nas cidades têm sido uma tragédia humana.

Como o personagem masculino ocupa toda a mesa, tendo inclusive os braços sobre ela – como se essa lhe servisse de apoio para aguentar o peso da solidão – a mulher deixa a sua jarra vazia de absinto sobre uma bandeja de prata, na mesa vizinha. À sua frente está seu copo com a bebida esverdeada. Ela tem os ombros caídos e o olhar cabisbaixo, num estado de visível derrotismo. Seu semblante é de amargura e decadência. Vê-se que o álcool é o seu único refúgio. Tudo nela lembra a desesperança. O homem por sua vez, com suas roupas mal arrumadas e um cachimbo na boca, parece indiferente à presença da mulher. À sua direita está um copo com uma bebida vermelha. Ele traz o olhar distante, para fora do local onde se encontra. Mostra-se alheio a tudo, como se nada mais tivesse sentido para ele.

O pintor enquadrou os dois personagens na composição, de modo a trazer a ilusão de que o observador encontra-se numa mesa, à esquerda, como se fosse também um cliente do Café, que não foi inserido no quadro. Para alguns críticos O Absinto, se visto sob o ponto de vista cromático, é o quadro mais bonito do pintor. Há nele um fantástico contraste entre cores escuras e claras, entre luz, sombras e reflexos. Ao ser exposto pela primeira vez em Paris, o quadro não foi bem aceito pela crítica que o considerou “feio” e “repugnante”. O mesmo aconteceu na Inglaterra vitoriana. Achavam o quadro desmoralizante, mas muitos viam nele uma advertência contra o absinto e contra a moral francesa da época.

Ficha técnica
Ano: 1875-1876
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 92 x 68,5 cm
Localização: Museu D’Orsay, Paris, França

Fontes de pesquisa
Degas/ Coleção Folha
Degas/ Abril Coleções
Degas/ Taschen
Impressionismo/ Editora Tachen
Tudo sobre arte/ Sextante

Views: 43

Degas – A FAMÍLIA BELLELLI

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição A Família Bellelli é tida como uma das primeiras obras-primas de Degas, em que o pintor emprega membros de sua família. Ele fez rascunhos e esboços da obra, quando esteve na casa de seus parentes, em Florença, Itália, mas essa só foi concluída muitos anos depois, em Paris.

O quadro apresenta o barão Gennaro Bellelli, sua esposa Laura Degas Bellelli e suas filhas Giovanna e Giulia num clima aparentemente tenso. A mulher, Laura, era prima do pintor. O barão, patriota italiano, fora expulso de Nápoles, por apoiar a unificação italiana, e vivia no exílio em Florença.

Degas retrata uma família tipicamente burguesa, num ambiente luxuoso. O barão, assentado à direita, meio oculto pelas sombras, separado dos demais membros, está de frente para a lareira e próximo à escrivaninha. Encontra-se meio de costas para o observador, com o rosto de perfil, voltado para um livro ou cartas que se encontram sobre a mesa.

As duas garotas vestem roupas iguais: vestidos pretos com aventais brancos. A mais velha, Giovanna, está de pé, olha fixamente para o observador, e traz as mãos cruzadas na cintura, Parece uma garota tensa, tímida e triste, criada dentro da rigidez das convenções dos adultos. Ela tem apenas 10 anos de idade. Sua mãe apoia a mão em seu ombro direito.

A garota mais nova, Giulia, está assentada, com o rosto de perfil e as mãos na cintura, e traz uma perna oculta. Está virada para o pai, embora não o fite. Parece olhar para o cachorrinho preto, que se encontra atrás da cadeira do barão, e do qual não se enxerga a cabeça. Ela é o centro da composição, o que pode ser observado através do encontro de duas diagonais, ou através de uma linha vertical ou horizontal, que divide o quadro em duas partes iguais. Tem sete anos de idade e é a única personagem a demonstrar certa descontração.

A baronesa Laura, de pé atrás de uma das filhas, com a mão em seu ombro e a outra na mesa, tem um ar imperioso e o rosto muito sério e distante. Ela é a figura dominante da cena. Sua vestimenta também é preta. Sua figura digna e imponente contrasta com a do marido, que parece triste e resignado. Ela forma uma pirâmide com as duas filhas, estando as três bastante iluminadas, ao contrário do barão.

O pintor deixa transparecer certa animosidade entre o casal, o que fica comprovado através de cartas que a sobrinha escrevia ao tio, pai de Degas, onde classificava o marido de “detestável e preguiçoso”. Na composição, o artista apresenta um grupo dividido, sendo que uma escrivaninha se interpõe entre mulher e marido, simbolizando a distância afetiva que existe entre eles. O barão não estabelece nenhum contato visual com a mulher e as filhas.

Na parede, ao lado esquerdo de Laura, e próximo a seu rosto, encontra-se uma imensa moldura dourada com o retrato de seu pai, Hilaire, em giz vermelho, que morrera recentemente, razão pela qual mãe e filhas vestem luto. Sobre a lareira há um enorme espelho, um relógio e objetos da época. A parede azul e o tapete dourado fazem um belo contraste com o preto da composição.

Ficha técnica
Ano: 1858-1869
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 200 x 250 cm
Localização: Museu D’Orsay, Paris, França

Fontes de pesquisa
Degas/ Coleção Folha
Degas/ Abril Coleções
Degas/ Taschen

Views: 29

Caravaggio – A ADORAÇÃO DOS PASTORES

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A Adoração dos Pastores, obra de Caravaggio, está impregnada de tristeza. Trata-se de um realismo trágico. Presentes estão três pastores, todos eles homens, voltados para Maria e seu Menino.

A Virgem está assentada no chão com o Filho nos braços. A criança está voltada para a Mãe e tem a cabecinha aconchegada a seu rosto. José, usando um manto cor de terra, segura seu cajado e contempla o Menino no colo da mãe. Atrás de Maria e seu Filho estão um boi e um burro. Apenas as auréolas que circundam as cabeças de José e Maria atestam a divindade dos mesmos na cena.

O ambiente é fechado, sem nenhuma abertura para o céu ou para o exterior. Há uma humanidade doída nas pessoas ali presentes. O humano recebe mais destaque do que o divino, sendo os personagens tipos populares, cuja beleza exterior não importa, mas sim a realidade. Seus gestos contidos são cheios de dignidade e admiração. Há uma profunda piedade nos olhos dos personagens, como se já soubessem do destino que aguarda o Menino.

Ficha técnica
no: 1609
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 314 x 211 cm
Localização: Museu Nazionale, Messina, Itália

Fonte de pesquisa
Cristo na Arte/ Manuel Jover

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Mestres da Pintura – EDGAR DEGAS

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O importante para Degas era o jogo de luz e sombra sobre a forma humana, e o modo como podia sugerir movimento ou espaço. Eis porque preferiu extrair os seus personagens do balé, a tirá-los de cenas ao ar-livre. (E. H. Gombrich)

Degas foi, sem dúvida, um dos artistas mais inovadores e originais do século XIX. Seu olhar excepcionalmente agudo permitiu-lhe entrar no coração da vida parisiense moderna – o café conserto, as corridas de cavalo, a vida nos bastidores do teatro Ópera – com uma rapidez e uma liberdade de aproximação sem precedentes. (Ann Dumas)

O pintor impressionista Edgar Degas (1834-1917) nasceu em Paris. Era o primeiro filho de Pierre-Auguste Hyacinth de Gas, banqueiro, e de Celéstine Musson. Tratava-se de uma tradicional família francesa, muito rica e culta. Seu pai era um homem que nutria grande admiração pelas artes, especialmente pela música e pelos pintores italianos do Renascimento. Portanto, não causa surpresa o fato de o garoto ter mostrado sua vocação artística desde cedo.

Aos 11 anos de idade, Degas foi estudar em regime interno, no Liceu Louis­-Le-Grand. Aos 13 anos perdeu a mãe. O sofrimento viria a moldar a vida do futuro pintor¸ encarcerando-o numa armadura para fugir da dor. Tanto é que, ao estudar sua obra posteriormente, o impressionista alemão Max Liebermann surpreendeu-se com a falta de sentimentalismo na obra do artista:

Ele é cruel com a própria natureza. Impregna-se de um frio ceticismo e é dominado pelo orgulho, traço fundamental de seu caráter, oculta os sentimentos mais ternos; teme menos o cinismo do que o sentimento.

Ao terminar os estudos, Degas começou a fazer o curso de direito para agradar o pai. Mas não demorou a abandoná-lo e se dedicar à carreira de pintor. Optou por viver só e estudar pintura com o mestre Félix-Joseph Barrias. No seu ateliê e no museu do Louvre,  ele fazia cópias das obras dos mestres renascentistas. Reconhecendo o talento de seu aprendiz, Barrias enviou-o ao estúdio de Louis Lamoth, pintor de temas históricos, e também a Auguste Dominique Ingres, a quem conheceu numa mostra retrospectiva dele e de Delacroix. Degas tinha grande admiração pelos pintores do Renascimento: Rafael, Michelangelo, Gioto, Botticelli, Mantegna, Ticiano e Tintoretto.

Após voltar a Paris, Degas buscou a temática histórica como meta de sua obra, mas sem a retórica heroica do academicismo. Também ficou conhecendo o pintor Edouard Manet, com quem viria a se desentender, posteriormente, por causa  de um retrato que pintara do casal. É fato que ele possuía um humor ácido, com tiradas mordazes, o que lhe custou muitas inimizades.

Por ocasião da Guerra Franco­-Prussiana, Degas foi voluntário na Guarda Nacional, chegando a defender seu país. Nessa época, descobriu que possuía uma doença ocular muito séria.  Embora houvesse se transformado num pintor de sucesso, apreciado pelos colecionadores, também sofria a rejeição do público ao abraçar uma nova corrente artística ao lado de Monet, Cezánne e Renoir, pois os burgueses não conseguiam entender o novo estilo.

Ao perder o pai, Degas tomou conhecimento de que os negócios da família estavam em crise e, que era necessário vender quadros para sobreviver. Foi quando o artista passou a pintar várias obras sobre bailarinas. A alta burguesia europeia de época via na figura da bailarina um ícone erótico, ao contrário do que pensava o pintor. Para ele, elas eram apenas profissionais que mostravam a beleza da dança, não importando se eram belas ou não. Ele também pintou muitos retratos, nos quais procurava destacar a impressão de espaço e de formas sólidas, captados dos ângulos mais inesperados. Participou de várias exposições do Salão oficial.

À medida que envelhecia, Degas perdia progressivamente a visão, caminhando para a cegueira que o isolava da realidade, diminuindo sua produção artística. Trilhou também os caminhos da escultura, sendo considerado por Renoir como o “primeiro grande escultor da modernidade.”. Acabado e cego, Degas faleceu aos 83 anos, rodeado por parentes e amigos.

Fontes de pesquisa
Degas/ Abril Coleções
Degas/ Coleção Folha
Degas/ Taschen
Tudo sobre arte/ Sextante

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