Autoria de Edward Chaddad
Há milhares de brasileiros esperando que as Forças Armadas brasileiras tomem posição diante da iminente destruição de nossa soberania e atuem no sentido de sua defesa. Pelo andar da carruagem, o Brasil é um país prestes a tornar-se burguês, onde o trabalhador é apenas um detalhe, uma máquina que irá processar a produção, sem direito à saúde, à educação, a uma boa alimentação, ao descanso, às férias, em suma, ao mínimo possível para manter sua condição de ser humano.
A Constituição Federal, claramente, como se pode observar, no seu artigo l42, que reza: “As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”, atribui às Forças Armadas uma grande missão: a defesa de nossa pátria, ou melhor, garantir e, acima de tudo, proteger os princípios fundamentais da nossa soberania.
É importante ressaltar que é fundamental que o Brasil mantenha sua soberania intocada, pois sem ela inexiste o Estado. Lembro que a soberania é o suporte de nossa cidadania, da dignidade da pessoa humana, dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, do pluralismo político, ficando claro que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.
Seria totalmente constitucional, portanto, a manifestação das Forças Armadas, alertando todos os brasileiros para a situação de caos em que se encontra o país, não se afastando, assim, do dever de evitar que a sucumbência do Brasil ante as forças nocivas que o transformam numa colônia. Os políticos, que nos “dirigem” atualmente, estão vendendo todos os bens soberanos, ou seja, traindo o povo brasileiro, em resumo, a nossa pátria. Os neoliberais, hoje extremistas ultraliberais, já o fizeram após a revolução militar de 1964, alienando muitos bens que representavam nossa soberania.
Lembro a venda da nossa Vale do Rio Doce ao preço de três bilhões e trezentos milhões de reais, quando, só naquele ano, dera um lucro de aproximadamente dois bilhões de reais. Hoje essa empresa tem o valor de mais de 50 bilhões de dólares. Alienaram a Vale e, com isso, obtivemos, como lucro, um desastre ecológico jamais imaginado pelo povo de Minas Gerais e Espírito Santo, mostrando que a eficiência do setor privado inexiste, pois, acima de tudo, é o lucro que é seu alvo, deixando assim de promover a segurança do empreendimento.
Perdemos também, durante governo neoliberal – 1991 a 2002, uma infinidade de bens que representavam nossa soberania, como a CEMAR, CESP-TIETE; CETEEP – COELBA, CONGÁS; COSERN; CPFL, RGE,,ELEKTRO; ELETROPAULO; ESCELSA; GERASUL;LIGHT; BAMERINDUS, BANESP, BANCO MERIDIONAL; BANCO REAL; BEA;BEG (Banco de Goiás); CARAIBA PQU (Petroquímica União S.A). Querem mais: TELEBRAS: EMBRATEL, TELESP, TELEMIG, TELERG, TELEPAR, TELEGOIÁS, TELEMS, TELEMAT, TELESP, TELEBAHIA, TELERGIPE, TELECEARÁ, TELEPARÁ, TELPA, TELPE, TELERN, TELMA, TELERON, TELEAMAPÁ TELAMAZON, TELEPISA, TELEACRE, TELAIMA, TELEBRASÍLIA, TELASA. A lista não se encerra aqui. Foi apenas uma amostragem.
Houve muito mais alienações, inclusive em bens de Estados federados. Quase venderam a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. E retornam agora para completar a sua tarefa, encomendada pela nossa burguesia e por governos do exterior, interessados nas nossas riquezas, autorizando ativos da Petrobrás e terras brasileiras a preço de banana. Inclusive, há até quem diga que eles irão alienar até o Aquífero Guarani. Lembro que os israelenses adquiriram a maior quantidade de terras possível dos palestinos e, de uma hora para a outra, declararam que o território era deles, e lá constitui o Estado de Israel. Ah, o que acontecerá com a nossa a Amazônia…
Nunca defendi o regime militar, pois encontrei grandes barreiras na liberdade, principalmente de expressão. Fui e sempre serei contra regime ditatorial, seja lá qual for, pois o preço a ser pago é a liberdade e até a morte, como aconteceu. Ademais, sou democrata e sempre defenderei a democracia. Porém, não posso deixar de lado que, durante o Regime Militar, as leis trabalhistas (com raras modificações, como a estabilidade que virou FGTS) e a Previdência não foram afetadas. Inclusive, os militares fizeram modificações para beneficiar a aposentadoria dos professores. É bom lembrar isto. Depois, como os militares não quiseram vender os ativos soberanos de nosso País, como minério, petróleo, terras, etc., foram retirados do Poder, com o apoio da Cia. Após o fim da ditadura militar, veio a galope o neoliberalismo, quando os neoliberais começaram a vender nossos ativos soberanos, provando-se que o motivo da queda militar foi este.
A partir da vitória das forças de centro-esquerda em nosso País, este movimento de venda de bens soberanos parou. E agora o novo governo neoliberal, não escolhido pelo povo, objetiva, entre muitas outras coisas, a alienação de nossos bens soberanos, principalmente a Petrobrás, que hoje tem o Pré-Sal, um dos maiores reservatórios de petróleo de primeira qualidade no mundo todo. E o neoliberalismo, hoje em seu extremismo , ou seja, com o ultraliberalismo a todo vapor, veio com a finalidade de vender de vez todo o resto das riquezas do Brasil.
Pode-se constatar pela venda planejada de todos os ativos soberanos de nosso país, que a grande maioria de nossos políticos não é nacionalista, pois estão garantindo a alienação total dos bens que representam nossa soberania. As ditaduras, tanto de Vargas como a Militar, defenderam a soberania do Brasil, inclusive os direitos trabalhistas e previdenciários, estes criados ao tempo de Vargas, ainda que desprezassem a liberdade do povo. No momento em que grupos estrangeiros e mesmo brasileiros tomam nossos bens soberanos, o governo não governa. O povo não governa, pois perde a sua soberania.
Hoje sei que os militares foram derrubados do poder, porque não aceitaram que nossos bens soberanos fossem alienados. Falou mais alto o sentimento patriótico e não concordaram. Daí terem sido derrubados. Finalizando, penso que as Forças Armadas brasileiras devem e podem tomar posição diante da iminente destruição de nossa soberania e atuem, patrioticamente, no sentido de sua defesa, máxime no rigor da nossa lei constitucional, renita-se, como se pode observar, no seu artigo l42, que atribui às forças armadas uma grande missão: a defesa de nossa pátria, protegendo os princípios fundamentais da nossa soberania.
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