Arquivo da categoria: Pinacoteca

Pinturas de diferentes gêneros e estilos de vários museus do mundo. Descrição sobre o autor e a tela.

Velázquez – STO. ANTÔNIO ABADE E SÃO PAULO EREMITA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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                                             (Cliquem sempre nas obras para ampliá-las)

A composição Santo Antônio Abade e São Paulo Eremita é uma obra do pintor espanhol Diego Velázquez. É provável que tenha sido encomendada para ornamentar o eremitério de São Paulo, no Bom Retiro. Trata-se do primeiro quadro do artista com um grande fundo de paisagem. As figuras vistas em primeiro plano mostram-se bem desenhadas e sólidas, enquanto as de segundo plano não passam de meras pinceladas que as sugerem.

Há muita semelhança entre esta pintura de Velázquez e a obra do mesmo nome, feita por Albrecht Dürer, gravura sobre madeira, em cerca de 1503 e que se encontra em The Metropolitan Museum of Art, Nova York, USA (gravura à direita). Em ambas se encontram os dois santos e o corvo carregando o pão para os eremitas. Nesta pintura o artista faz uso de um reluzente branco de chumbo que, aplicado em finas camadas, mal cobre as tramas da tela. O artista representou na mesma composição várias cenas da vida dos dois eremitas, mas, infelizmente, nem todas são perceptíveis ao observador.

Começando pelo fundo, observando a primeira cena:

1- Santo Antônio procura por São Paulo, e encontra pelo caminho, à margem do rio, um centauro, a quem pede informações;
2- mais à frente, Santo Antônio depara-se com uma personagem com dois cornos, rabo e pés de bode.
3- à direita, dentro da grande rocha, que fica atrás de São Paulo, em primeiro plano, o santo bate à porta da gruta ali escavada;
4- santo Antônio encontra-se com São Paulo, com suas vestes singelas e pés descalços e cajado no colo. Assentados, põem-se a orar. Enquanto isso, um corvo traz no bico um pedaço de pão para os dois homens santos;
5- dois leões, tendo um deles somente a cabeça visível, cavam a sepultura de São Paulo, que jaz deitado, enquanto Santo Antônio reza junto a seu corpo sem vida.

Ficha técnica
Ano: c. 1636-1644
Dimensões: 261 x 191,5 cm
Técnica: óleo sobre tela
Localização: Museu do Prado, Madri, Espanha

Fontes de pesquisa
Velázquez/ Taschen
Velázquez/ Coleção Folha
Pintura na Espanha/ Cosac e Naify Edições

Views: 3

Velázquez – ESOPO E MENIPO

Autoria de Lu Dias Carvalho

    Esopo     Menipo

As composições Esopo e Menipo são obras do pintor espanhol Diego Velázquez. Na primeira, ele retrata o fabulista grego do mesmo nome, que se valia das histórias dos animais para levar os homens a repensar a própria vida. Na segunda, representa o filósofo grego Menipo, que também foi escravo, assim como Esopo. Enquanto o primeiro foi libertado, o segundo comprou a sua liberdade.

Esopo é apresentado em tamanho real, usando uma vestimenta pobre, cingida por uma faixa branca. Traz a mão esquerda escondida debaixo da roupa, próxima ao peito, numa atitude serena. Na mão direita, próxima ao corpo, carrega um grande volume. É interessante notar que sua cabeça é parecida com a de um boi, como se o pintor, intencionalmente, quisesse fazer uma menção às sua fábulas relativas aos animais. Seus olhos profundos, trazem uma certa ironia e desencanto para com a vida. Ele mira o observador de cima para baixo. Aos pés do retratado está uma tina de madeira, cheia de água.

O filósofo Menipo é apresentado de pé e de perfil, voltado para o observador. Suas roupas escuras e rotas dão-lhe a aparência de um mendigo. Sua enorme capa está segura em volta do corpo com sua mão esquerda. Parte da perna direita está à vista. Seu rosto iluminado e marcante repassa certo ar de cinismo diante da vida, e seu enorme e puído chapéu confere-lhe certa dignidade. Ele também olha o observador de cima para baixo.

Aos pés de Menipo estão os seguintes objetos: uma mesa com uma jarra de cerâmica, um livro em branco, e outro encostado num rolo de papel. Segundo alguns, tais objetos poderiam representar seu descaso por outros ensinamentos filosóficos, que não fossem os ligados à escola cínica. Para outros, representam seus livros de sátiras.

Tanto Esopo quanto Menipo tiveram fins trágicos. O primeiro foi assassinado pelos habitantes da cidade de Delfos, que não gostavam de seus ditos espirituosos. O segundo tornou-se muito rico, com a venda de suas obras, baseadas na escola cínica, mas acabou perdendo tudo, o que o levou ao suicídio.

Curiosidade
De acordo com aquela época, a fleuma (impassibilidade), humor atribuído a Esopo, tinha afinidade com a água. Segundo o médico e filósofo romano de origem grega, Galeno de Pérgamo, a saúde do corpo dependia do equilíbrio de quatro humores: o sangue, a bílis negra, a fleuma e a bílis amarela.

Ficha técnica
Obra: Esopo
Ano: c. 1639-1640
Dimensões: 178 x 94 cm
Técnica: óleo sobre tela
Localização: Museu do Prado, Madri, Espanha

Ficha técnica
Obra: Menipo
Ano: c. 1639-1640
Dimensões: 179 x 94 cm
Técnica: óleo sobre tela
Localização: Museu do Prado, Madri, Espanha

Fontes de pesquisa
Velázquez/ Taschen
Velázquez/ Coleção Folha
Velázquez/ Abril Coleções

Views: 5

Velázquez – RETRATO DO ANÃO FRANCISCO LEZCANO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição intitulada Retrato do Anão Francisco Lezcano – também conhecida como Francisco Lezcano, o Menino de Vallescas – é uma das obras mais admiráveis do pintor espanhol Diego Velázquez que captou com sensibilidade e carinho o seu retratado, como fez com outros anões, truões e doentes mentais pessoas à margem da sociedade cortesã. É tido como um dos retratos mais comoventes da história da arte. O pequeno e disforme Francisco Lezcano era conhecido como Vizcaíno. Segundo relatos, ele sofria do que hoje é conhecido como “síndrome de Down”.

O retratado encontra-se vestido de verde, sentado na entrada de um local parecido com uma gruta, tendo às costas a vista de uma serra. Sua perna direita, deformada, é bem menor do que a esquerda. Ele traz nas mãos rechonchudas um maço de cartas de baralho, para que se entretenha durante a sessão de pintura. Apesar de seu diminuto corpo, possui uma cabeça grande que se inclina para a direita e ligeiramente para trás. Seu rosto, embora de uma beleza indescritível, não repassa nenhum tipo de emoção, como se tivesse alheio a tudo a sua volta. A boca semiaberta deixa à vista alguns de seus dentes, embora não esteja sorrindo. Os olhos parecem fitar algo distante ou possivelmente o nada.

Velázquez em seus retratos oficiais não se preocupava em deixar à vista a vida interior dos retratados. Importava-lhe o seu status e não o seu estado de espírito, contudo, a inteligente penetração psicológica desta pintura, obtida através de uma apresentação objetiva , mas até certo ponto simpática do retratado, torna esse um dos retratos mais tocantes do século XVII.

Ficha técnica
Ano: 1636-1644
Dimensões: 107 x 83 cm
Técnica: óleo sobre tela
Localização: Museu do Prado, Madri, Espanha

Fontes de pesquisa
Velázquez/ Taschen
Velázquez/ Coleção Folha
Pintura na Espanha/ Cosac e Naify Edições

Views: 14

Velázquez – A RENDIÇÃO DE BREDA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O valor do vencido faz a glória do vencedor. (Peça de teatro de Calderón de la Barca, sobre o cerco de Breda)

A composição A Rendição de Breda – também conhecida por As Lanças obra do pintor espanhol Diego Velázquez, encontra-se entre as pinturas mais célebres e originais, que têm por tema a guerra, sendo também a mais humana da história da arte. Foi uma obra muito trabalhosa para o pintor, como mostram seus estágios revelados por raio X, com muitas mudanças de posição de seus elementos (cavalo, grupo central, lanças, etc.). Foi encomendada pelo rei Felipe IV em 1630, quando pediu a artistas diferentes que pintassem 12 quadros, tendo como tema as vitórias militares acontecidas em seu reinado, sendo este um deles. A pintura de Velázquez retrata um acontecimento na guerra com as Províncias Unidas, sob o ponto de vista de uma testemunha ocular.

Para a compreensão da obra é preciso um pouco de conhecimento de História. A cidade de Breda, situada no Brabante do Norte, nos Países Baixos, sofreu um cerco de quase um ano por parte da católica armada espanhola, liderada pelo comandante genovês Ambrogio Spínola. Em lado oposto estavam os protestantes holandeses, sob a liderança de Justin van Nassau-Orange, revoltados com a dominação espanhola. Ao se render, o comandante holandês entregou as chaves ao comandante Spínola. Quando Velázquez fez esta composição, o fato narrado havia acontecido há cerca de 10 anos antes. O artista escolheu para pintar uma cena que mostrava a conclusão do cerco. Sendo este o único quadro conhecido do pintor que tem como tema um fato histórico. Contudo, embora pareça real essa versão da rendição de Breda, ela não corresponde à realidade, pois o comandante holandês jamais entregou as chaves da fortaleza ao general espanhol.

A cena acontece num dia ensolarado. Em primeiro plano, à esquerda, encontram-se os soldados holandeses, derrotados, com as armas e as bandeiras de cor alaranjada, abaixadas, como reconhecimento da vitória do inimigo. Contudo, é possível ver dignidade no grupo, como demonstra o soldado de verde que olha para o observador. Também não há retórica ou orgulho por parte dos vencedores espanhóis. Entre os dois líderes que se cumprimentam é possível ver a retirada de soldados holandeses usando cor azul bem clarinho. Ao fundo, em meio ao ambiente de desolação, sobressaem focos de incêndio, pessoas e animais, debaixo de um céu azul-acinzentado. Velázquez deixou de lado as cenas comuns de capitulação, em que o vencido é mostrado de joelhos diante do vencedor, para mostrar o comandante genovês como se tivesse acabando de apear de seu cavalo indo de encontro do comandante holandês   em pé de igualdade.

No centro do quadro estão as duas figuras mais importantes do embate e da composição: Nassau e Spínola. Amistosamente um se aproxima do outro, detendo o vencedor a mão no ombro do vencido, enquanto esse lhe entrega a chave da cidade. Ao fundo ainda é possível ver a fumaça que se ergue da cidade vencida que se transformara num campo de batalha, mas que agora encontra-se no distante horizonte. À direita, estão os soldados e oficiais espanhóis, segurando uma grande bandeira e cerca de três dezenas de lanças erguidas para cima.

Excelente retratista que era, Velázquez compõe em sua obra oito retratos, sendo dois no lado holandês e dois no espanhol. Dentre estes, três rostos são reconhecíveis: o de Nassau, o de Spínola e um na extrema direita que se trata de um autorretrato do pintor com um grande chapéu postado à direita do cavalo. As figuras humanas na obra, portanto, não são de personagens reais da história, excetuando os dois generais. E, segundo contam, Spínola não permitiu que Nassau, ao entregar-lhe as chaves de Breda, ajoelhasse ou se humilhasse. E mais, fez com que a mulher do general vencido deixasse a cidade conduzida por uma carruagem, não exigindo que os soldados holandeses fossem despojados de suas armas.

Ficha técnica
Ano: 1635
Dimensões: 307 x 367 cm
Técnica: óleo sobre tela
Localização: Museu do Prado, Madri, Espanha

Fontes de pesquisa
Velázquez/ Taschen
Velázquez/ Coleção Folha
Velázquez/ Abril Coleções
Pintura na Espanha/ Cosac e Naify Edições
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

Views: 5

Velázquez – CRISTO NA CASA DE MARTA E MARIA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição religiosa intitulada Cristo na Casa de Marta e Maria é uma obra do pintor espanhol Diego Velázquez, criada quando ele se encontrava em Sevilha. Pode-se dizer que ele pintou um quadro dentro de outro. Em primeiro plano, os personagens encontram-se na cozinha. A pintura, portanto, trata-se de um bodegón (quadro representando a cozinha, alimentos e personagens do povo). Na parte superior da tela, à direita do observador, apresenta-se outra cena, baseada num tema do Evangelho.

Duas mulheres estão presentes na cena ocupando a maior parte do primeiro plano da tela, à esquerda. A idosa encontra-se às costas da mais jovem que parece socar com má vontade os temperos no pequeno pilão, sendo repreendida pela mais velha. Sobre a mesa, onde elas trabalham, estão alhos, uma pimenta grande, quatro peixes, dois ovos dentro de um prato com uma colher, um cântaro de barro e o almofariz com seu pilão, bem iluminados.

A senhora idosa usa um véu que cobre quase todo o seu cabelo, deixando visível apenas uma pequena parte de suas cãs. Ela traz o rosto sulcado pelas rugas. A jovem usa uma touca branca, cobrindo parte de seu cabelo escuro. Ela segura o pistilo com uma mão e o almofariz com a outra, possivelmente pilando alho. Seus olhos dirigem-se para o observador.

A cena que é baseada num tema do Evangelho e dá nome à composição não é clara para o observador. Ela pode:

• estar acontecendo na sala, sendo vista através de um reflexo no espelho;
• estar acontecendo na sala, sendo vista através de uma abertura na parede da cozinha;
• ser apenas um quadro dependurado na parede.

Cristo, embora seja o motivo principal da composição, encontra-se em segundo plano, tendo as irmãs Marta e Maria diante de si. Ele se dirige a Marta que reclama por “estar trabalhando muito”. A seus pés encontra-se Maria, sentada, ouvindo atentamente suas palavras. Por sua vez, a cozinha com as duas mulheres ocupa o primeiro plano. Não é intenção do pintor contar a passagem bíblica, mas fazer uma relação entre a parábola e a vida cotidiana.

A mão direita da mulher idosa, com o dedo indicador erguido, parece advertir a moça, numa relação com o gesto de Cristo, com a mão esquerda erguida, no braço da cadeira, enquanto conversa com as duas irmãs. Ao inverter a posição entre os elementos divinos e mundanos da composição, dando mais destaque aos últimos, Velázquez  poderia ter recebido, à época, a visita da Inquisição, mas como seu sogro Francisco Pacheco fosse inspetor de pinturas, isso não aconteceu.

Ficha técnica
Ano: 1618-1620
Dimensões: 60 x 103,5 cm
Técnica: óleo sobre tela
Localização: The National Gallery, Londres, Grã-Bretanha

Fontes de pesquisa
Velázquez/ Taschen
Velázquez/ Coleção Folha
Pintura na Espanha/ Cosac e Naify Edições

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Antonello da Messina – SÃO JERÔNIMO EM SEU GABINETE

Autoria de Lu Dias Carvalho

O quadro São Jerônimo, obra do pintor italiano Antonello da Messina, encontra-se entre as suas obras mais admiradas, podendo ser notada a preocupação que o pintor tinha com a profundidade da composição.

O quadro mostra as partes de uma edificação sagrada, com todos os atributos de uma igreja, tendo São Jerônimo, ainda jovem, sentado ereto e distante do espaldar da cadeira, com um livro às mãos, como a única figura humana presente na composição. Trata-se de uma obra de arquitetura austera que é equilibrada com a figura central de São Jerônimo em meio a seus livros, rodeado por animais e plantas e também pela paisagem que se vê através das janelas.

Em primeiro plano o observador depara-se com um arco de pedra que emoldura a maior parte da composição, elemento influenciado pela pintura flamenga. Um piso de azulejos, cujas linhas afluem à distância, tem por objetivo intensificar a profundidade por meio da perspectiva, técnica muito comum empregada no Renascimento. Uma grande nave vem a seguir, onde se encontra o local de trabalho do santo. À direita e à esquerda desta, os olhos do observador caminham por espaços abobadados, passando pelas janelas e adentrando numa imensa paisagem semelhante à de Messina. O pintor realçou o tamanho e a largura do espaço com o uso da luz e da sombra.

Antonello coloca as mãos de São Jerônimo e o livro exatamente no ponto em que as linhas dos azulejos centrais possivelmente convergiriam, se não encontrassem uma obstrução na perspectiva central. Para lá também afluem as diagonais das janelas, colocando em destaque o estudo do santo. Proporcionalmente ao tamanho do quadro, o santo é bem pequeno, o que parece distanciá-lo ainda mais do observador. Em primeiro plano destacam-se o muro exterior, depois o espaço com os azulejos e a cela dentro, vindo o santo a seguir. Na prateleira superior da pintura é possível divisar os vasos de cerâmica de procedência holandesa.

O estúdio visto na obra de Antonello traz as características do estilo flamengo, numa exuberância de pormenores, características da escola do norte, onde tudo se encontra modelado com perfeição: plantas, recipientes, caixas, livros (em pé ou deitados), pano, dedos entre as folhas do livro, etc. Contudo, os vãos nas laterais direita e esquerda da composição correlacionam com o ideal do renascimento italiano. Portanto, o artista une duas diferentes tendências estilísticas em sua composição.

São Jerônimo traz na sua simbologia a figura de um leão, sendo muitas vezes representado a curar a ferida desse animal, ou o tendo sentado perto de sua mesa de leitura. Porém, no quadro de Antonello o animal encontra-se distante do santo, no espaço vazio às suas costas, com uma das pernas levantadas, na qual se encontra a pata ferida.

No quadro são vistos quatro tipos de animais em destaque: leão, gato, perdiz e pavão-real. Além desses, através de uma das janelas, é possível ver outras aves e dois cavalos. O leão faz parte da lenda e o gato pode representar o guardador dos livros, ao devorar os ratos que os roem. Não é possível decifrar com precisão a simbologia da perdiz e do pavão-real. Seria o último a lembrança do paraíso ou o símbolo da vaidade, embora não esteja com a cauda aberta? A vasilha à sua frente significaria uma fonte batismal, capaz de limpar todos os pecados?

O artista elaborou com esmero a vista que se descortina através das janelas: à esquerda, vê-se uma cidade, onde algumas pessoas remam, outras montam a cavalo e passeiam, árvores, flores, edifícios, montanhas e muralhas, enquanto à direita, existem apenas árvores e montes, um possível contraste entre a cidade e o campo, entre a diversão e o isolamento. São Jerônimo via nas cidades a perdição da alma e no campo a salvação. E, como o simbolismo religioso estava presente na pintura da época, a parte direita da composição pode estar representando a morada do Espírito Santo e a da esquerda a da perdição. O que significa que o santo encontra-se entre Deus e o diabo, entre o bem e o mal.

Ficha técnica
Ano: entre 1460 e 1475
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 46 x 36,5 cm
Localização: National Gallery de Londres, Grã-Bretanha

Fontes de pesquisa
Los secretos de las obras de arte/ Taschen
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
Arte/ Publifolha

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