Arquivo da categoria: Pinacoteca

Pinturas de diferentes gêneros e estilos de vários museus do mundo. Descrição sobre o autor e a tela.

Lorenzo Lotto – A MADONA COROADA POR…

Autoria de Lu Dias Carvalho

A pintura intitulada A Madona Coroada por um Anjo, com Santa Catarina e Tiago Maior também conhecida por Madona e Criança com Santos e Anjo é uma obra do pintor, desenhista e ilustrador italiano Lorenzo Lotto (c.1480  – 1556). O artista serviu de ponte de transição entre os velhos mestres de Veneza e a arte do Barroco tardio, no norte da Itália. Dentre os pintores que exerceram influência em sua obra estão Giovanni Bellini, Antonello da Messina, Giorgione, Ticiano e Rafael. Ele pintou altares, obras religiosas e retratos.

Esta composição, que retrata um tema muito comum no século XV na pintura veneziana principalmente de Giovanni Bellini e de Antonello da Messina, é tida como um dos trabalhos mais sensacionais da maturidade de Lotto e mostra a influência de Palma Vecchio sobre o artista. El criou uma obra elegante, banhada pela luz primaveril, com belas cores, ligando as figuras com uma unidade de sentimentos e harmonizando o encontro humano com o divino. Os personagens encontram-se inseridos numa suave paisagem, sob um céu azul, debaixo de uma árvore de denso tronco.

A Virgem encontra-se sentada no meio do grupo com o seu rechonchudo Menino nos braços, levantando-o para que seja adorado. Atrás dela, um anjo coloca sobre sua cabeça uma coroa de flores. À sua esquerda estão ajoelhados Santa Catarina de Alexandria – trazendo um livro aberto nas mãos – e o apóstolo Tiago Maior, cujo atributo é o uso de objetos relativos a um peregrino, mas que traz aqui uma lança, o que mostra se tratar do apóstolo Tomé, assim identificado em 1783.

Ficha técnica
Ano: 1527/1528
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 113,5 x 152 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://www.wga.hu/html_m/l/lotto/4/08madon.html

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Palma Vecchio – DIANA E CALISTO

Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor italiano Jacopo Palma, o Velho (c. 1480 – 1528), cujo nome de batismo era Jacopo d’Antonio Negreti, foi aluno de Francesco di Simone da S. Croce. É provável que tenha trabalhado na oficina de Giovanni Bellini. Foi influenciado pelo trabalho de Giorgione e pelo de Ticiano. O artista, dono de uma composição equilibrada, situa-se entre os pintores venezianos mais famosos do Alto Renascimento. Dedicou-se principalmente à pintura religiosa e à mitológica, tendo executado maravilhosos retábulos.

A composição mitológica intitulada Diana e Calisto, também conhecida como O Banho de Diana, é uma obra do artista. Ela representa o momento em que a deusa Diana, ao se banhar com suas ninfas virgens, descobre que Calisto, uma delas, estava grávida.

Diana encontra-se deitada no rochedo, em primeiro plano, com os olhos voltados para Calisto de pé, à sua frente, enxugando o corpo. São doze as ninfas a acompanhar Diana em seu banho. Algumas delas lembram as poses das estátuas clássicas.

O apintor usa de grande coerência espacial na sua composição, distribuindo as belas ninfas no espaço aberto e luminoso em meio a uma paisagem idílica, cheia de água e árvores, onde se veem algumas construções. Fica clara a influência de Giorgione.

Ficha técnica
Ano: c.1525
Técnica: óleo sobre tela, depois transferido para madeira
Dimensões: 77,5 x 124 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras primas da pintura europeia/ Könemann

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Ticiano – MADONA CIGANA

Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor Ticiano Vecellio (1490 – 1576), também conhecido como Tiziano, Titian ou ainda como Titien, encontra-se entre os grandes nomes da pintura italiana. Ainda pequeno, retirava suco de flores para desenhar toalhas e lençóis. O pai, Capitão Conte Vecellio, reconhecendo o pendor artístico do filho, envia-o para Veneza, acompanhado do irmão mais velho. Ali é apresentado por um tio aos mais importantes pintores venezianos da época.  Passa pelas mãos de Gentile Bellini e depois pelas de Giorgione que o acolhe com entusiasmo. Sorve com tanto interesse os ensinamentos de Giorgione que, com 20 anos incompletos, tem uma de suas pinturas confundida com a obra do mestre. Oportunidade em que o aluno percebe que não existe mais nada a ser aprendido com ele e passa a caminhar por conta própria.

A composição Madona Cigana é uma obra do artista que tinha à época 21 anos de idade. Ele apresenta a Virgem, de pé, segurando seu Menino, também de pé, nu, sobre a ponta de um parapeito de madeira, ao cair do crepúsculo vespertino com sua luz dourada. O nome “Madona Cigana” foi em razão dos cabelos e olhos escuros e da pele morena da Virgem que aqui se mostra muito jovem. Mãe e filho formam uma estrutura piramidal.

Um rico pano de honra, comum a muitos quadros de Madonas entronadas, serve de fundo para as duas figuras, o que sugere ser o local à direita um trono, ainda que não visto pelo observador. Ao fundo, à esquerda, vê-se uma imensa paisagem que se estende ao longe. Um homem é visto sentado debaixo de uma árvore e, mais à frente, uma edificação. A composição é assimétrica. É possível notar a fusão das influências de Gentile Bellini e de Giorgione, mas com uma interpretação própria de Ticiano.

Ficha técnica
Ano: c.1512
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 66 x 84 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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Ticiano – A MADONA DAS CEREJAS

Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor Ticiano Vecellio (1490 – 1576), também conhecido como Tiziano, Titian ou ainda como Titien, encontra-se entre os grandes nomes da pintura italiana. Ainda pequeno, retirava suco de flores para desenhar toalhas e lençóis. O pai, Capitão Conte Vecellio, reconhecendo o pendor artístico do filho, envia-o para Veneza, acompanhado do irmão mais velho. Ali é apresentado por um tio aos mais importantes pintores venezianos da época.  Passa pelas mãos de Gentile Bellini e depois nas de Giorgione que o acolhe com entusiasmo. Sorve com tanto interesse os ensinamentos de Giorgione que, com 20 anos incompletos, tem uma de suas pinturas confundida com a obra do mestre. Oportunidade em que o aluno percebe que não existe mais nada a ser aprendido com ele e passa a caminhar por conta própria.

A composição A Madona das Cerejas, também conhecida como Madona das Cerejas com José, São Zacarias e João Batista, é uma obra do artista. Embora seja de inspiração religiosa, ela foi criada com grande naturalismo. Apresenta a Virgem com seu Menino, São José e Zacarias – pai de João Batista – e o pequeno João Batista. Estudos mostram que as figuras dos dois santos foram introduzidas posteriormente com a finalidade de equilibrar a composição. Há uma atmosfera de grande afetuosidade entre os personagens.

Sobre o parapeito, onde se encontra de pé o pequeno Jesus, nu, seguro por sua mãe, está um galho com cerejas. O Menino segura outro galho em suas mãozinhas, como se o mostrasse à Virgem que traz um terceiro na mão esquerda. O pequeno João Batista, usando sua capa de pele, fita Mãe e Filho. Na sua mãozinha esquerda traz um rolo de papel com uma inscrição. Atrás da Virgem está um painel, comum aos quadros de Madonas entronadas.

Esta pintura foi influenciada pelo trabalho de Giovanni Bellini. Em seu original tratava-se de um óleo sobre madeira que foi posteriormente transferido para tela. Também teve um pouco de seus lados recortados.

Ficha técnica
Ano: c.1515
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 81 x 100 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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Mantegna – SÃO SEBASTIÃO

Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor e gravador Andrea Mantegna (1431-1506), filho do carpinteiro Biagio, é tido como um dos artistas mais importantes do Pré-Renascimento no norte da Itália. Sua aprendizagem teve início aos 10 anos de idade, sob a tutela de Francesco Squariciona que o levou a conhecer a arte da antiguidade clássica. Ao travar contato com as esculturas de Donatello e com as pinturas de Andrea del Catagno e Jacopo Bellini, ele sentiu uma grande admiração por esses artistas e seus trabalhos. Tornou-se genro de Jacopo Bellini. Teve grande sucesso como artista, tendo influenciado inúmeros outros, desde seu cunhado Giovanni Bellini a artistas como Albrecht Dürer que imitou a interpretação que ele fazia da arte antiga.

A composição intitulada São Sebastião — tema comum a muitos outros pintores — é uma obra do artista. Como a maioria dos humanistas, Mantegna era atraído pelas ruínas do mundo antigo. Ele usou modelos da arte grega e romana para representar figuras e espaço. A obra aqui mostrada apresenta um rico detalhamento escultural, assim como um piso em losangos em perspectiva, onde são vistos fragmentos de esculturas antigas. Os fragmentos arqueológicos são minuciosamente talhados e os rochedos, vistos ao longo da estrada, à esquerda, mostram-se  magnificamente corroídos pelo tempo.

O santo é retratado na entrada da cidade, amarrado a uma coluna do arco triunfal em ruínas, decorado no alto com uma figura da Antiguidade clássica. Ele se parece com uma estátua de pedra em forma tridimensional, como se fosse uma escultura antiga, pois possui os mesmos matizes da arquitetura. Traz quatorze flechas encravadas em seu corpo, sendo que uma delas entra pelo seu pescoço e vara-lhe a testa, mas, ainda assim, continua vivo, com seus olhos langorosos voltados para o céu. Na estrada que conduz à cidade é possível vislumbrar três figuras, possivelmente os flecheiros retornando.

Um cavalo e seu cavaleiro com uma foice na mão são vistos no alto, à esquerda, em meio a um monte de nuvens, o que pode ser uma referência à peste que grassava naquela época. O Cavaleiro do Apocalipse — interpretado como Saturno, o deus do Tempo — usa a foice para avançar em meio às nuvens. Na coluna, à direita do santo, encontra-se a inscrição em grego: “TO ERGON TOU ANDREOU” (O trabalho de Andrea). Ao fundo avista-se uma cidade montanhosa de aparência clássica. O céu mostra-se azulado com nuvens brancas esparsas.

Ficha técnica
Ano: c.1459
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 68 x 30 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, ÁustriaFontes de pesquisa

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
http://www.worldsbestpaintings.net/artistsandpaintings/painting/170/

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Ticiano – DIANA E CALISTO 2

Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor Ticiano Vecellio (1490 – 1576), também conhecido como Tiziano, Titian ou ainda como Titien, encontra-se entre os grandes nomes da pintura italiana. Ainda pequeno, retirava suco de flores para desenhar toalhas e lençóis. O pai, Capitão Conte Vecellio, reconhecendo o pendor artístico do filho, envia-o para Veneza, acompanhado do irmão mais velho. Ali é apresentado por um tio aos mais importantes pintores venezianos da época.  Passa pelas mãos de Gentile Bellini e depois nas de Giorgione que o acolhe com entusiasmo. Sorve com tanto interesse os ensinamentos de Giorgione que, com 20 anos incompletos, tem uma de suas pinturas confundida com a obra do mestre, oportunidade em que o aluno percebe que não existe mais nada a ser aprendido com ele e passa a caminhar por conta própria.

A composição mitológica intitulada Diana e Calisto é uma obra do artista e faz parte de um conjunto de telas célebres do pintor (Poesies), baseadas nas Metamorfoses de Ovídio. Retrata o momento em que a gravidez de Calisto é revelada à deusa Diana que se encontra sob um dossel vermelho, próxima a uma fonte, com os olhos voltados para a ninfa que perdera a virgindade com Júpiter, o deus dos deuses. Na verdade trata-se de uma réplica de outra obra do pintor com o mesmo nome, porém, muitos detalhes foram alterados durante sua execução.

A ninfa Calisto está sendo obrigada por três companheiras a tirar as vestes diante de Diana, para que essa tome conhecimento de sua gravidez. A deusa encontra-se de pé, apoiada no mastro de seu dossel, com o braço direito estendido, apontado o dedo indicador para Calisto, acusando-a de ter perdido a virgindade. Diana é a maior do grupo, o que a identifica como a figura principal. A composição divide-se em dois grupos separados por um chafariz que traz uma figura clássica no alto e de cujo corpo jorra água.

O séquito de Diana é composto por oito ninfas, um grande cão de caça e um cãozinho. A ninfa, com vestimenta verde-claro, segura o arco da deusa caçadora; a que se encontra virada para ela traz uma flecha apontada para o alto; a ninfa de vestido vinho traz a aljava pendurada no corpo e uma quarta ninfa, sentada de costas para o observador, apoia-se numa enorme flecha.

Conta o mito que a ninfa Calisto havia jurado amor eterno à deusa Diana, mas Júpiter sentiu-se seduzido por sua beleza. Para aproximar-se dela, o deus dos deuses tomou a forma da deusa que ela venerava, possuiu-a e engravidou-a. Mesmo tendo ela sido violentada por Júpiter que usou sua capacidade de metamorfosear-se, Diana não aceitou o acontecido, expulsando-a de seu séquito. Ela foi depois transformada por Juno (esposa de Júpiter) numa ursa, sendo quase morta por seu filho que não a reconheceu e elevada até às estrelas por Júpiter, compadecido com seu sofrimento.

Ficha técnica
Ano: c.1568
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 183 x 200 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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