Autoria de Lu Dias Carvalho
A astrologia chinesa é diferente da ocidental, que se encontra relacionada com constelações específicas no céu. Cada ano no calendário chinês está associado a um determinado animal, levando em conta suas próprias características. Eles estão agregados a um ciclo de 12 anos. O Círculo dos Animais é tão antigo na história chinesa que evidências mostram que já existia no século VI a. C. Duas lendas explicam-no. Uma delas tem Buda como o responsável por sua origem e a outra, de origem divina, é atribuída ao Imperador de Jade no céu.
A primeira lenda conta que Buda, que sempre nutriu grande compaixão por todos os seres, convidou todos os animais da Terra para visitá-lo, porém, somente 12 deles se apresentaram. Em agradecimento a esses que atenderam o seu chamado, Buda agraciou cada um deles com um ano, ao qual estaria para sempre ligado. A distribuição deu-se de acordo com a ordem em que chegou cada animal, que foi a seguinte: Rato, Búfalo, Tigre, Coelho, Dragão, Serpente, Cavalo, Cabra, Macaco, Galo, Cão e Porco.
A segunda lenda conta que o Imperador Jade, que morava no céu, ficou muito curioso quanto à aparência dos animais na Terra, pois nunca vira nenhum deles. Pediu a seu conselheiro para convidá-los a visitá-lo no céu. Mas, ao saber que eram incontáveis, resolveu deixar que esse fizesse a escolha.
O conselheiro resolveu primeiro convidar o rato e lhe pedir que levasse um convite ao gato. A seguir, optou por convidar o búfalo, o tigre, o coelho, o dragão, a serpente, o cavalo, a cabra, o macaco, o galo, o cão e o porco, num total de 12 animais. A hora marcada para o encontro seria às seis horas da manhã seguinte, na porta do céu.
O rato fez o convite ao gato, conforme fora instruído, mas esse lhe pediu para acordá-lo, pois tinha dificuldade em se levantar cedo. Como não conseguisse dormir, o rato ficou matutando sobre a possibilidade de o gato, que sempre fora muito mais esperto do que ele, pudesse ser escolhido antes dele. E, por isso, resolveu não o acordar.
O Imperador de Jade ficou triste ao notar que estava faltando um dos 12 animais. O conselheiro pediu a seu servo para descer à Terra e trazer o primeiro animal que encontrasse. E foi assim que o porco, visto a caminho do mercado com um fazendeiro, tornou parte no grupo.
O rato, sempre preocupado em ser notado, subiu nas costas do búfalo e passou a tocar flauta, o que muito encantou o imperador, conseguindo assim ser o primeiro da fila. O búfalo, por sua generosidade, ganhou a segunda posição. O tigre, como era muito corajoso, ficou com a terceira. O coelho, porque tinha um pelo muito bonito, ganhou a quarta. O dragão, por causa de sua energia ígnea, ficou com a quinta. A serpente, com seu belo corpo sinuoso, recebeu a sexta. O cavalo, com sua postura elegante, ganhou a sétima. A cabra, com seus fortes chifres, recebeu a oitava. O macaco, por ser muito frágil, ganhou a nona. O galo, por suas exuberantes penas, ficou com a décima. O cão, porque era sempre vigilante, ganhou a décima primeira. E o porco, por ter chegado por último, recebeu a décima segunda.
Quando já estava terminada a inspeção, o gato apareceu batendo nos portões do céu, porém em vão, pois não havia mais necessidade de animal algum. Ainda que não entrasse na listagem em razão de sua fraqueza por gostar de dormir muito, o gato não estava só, pois todos os animais possuíam qualidades e pontos fracos, como podem ser observados naqueles que compõem o Círculo dos Animais, também conhecido como “zodíaco chinês”.
Fonte de pesquisa:
A Astrologia no Mundo/ Peter Marshall
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