Domenico Fetti – HERO E LEANDRO

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Autoria de Lu Dias Carvalho                                              (Clique na imagem para ampliá-la.)

O pintor italiano Domenico Fetti (1589–1623) foi um dos fundadores do estilo Barroco no norte da Itália. Foi aluno de Ludovico Cigoli, com quem também trabalhou. Foi influenciado pela arte de Adam Elsheimer, Carlo Saraceni e pelos caravaggistas e mais tarde pelo pintor francês Peter Paul Rubens. Veio a tornar-se pintor da corte do Duque Ferdinando II Gonzaga em Mântua. A sua pintura apresenta tons fortes e belo esquema de cores. Entre as suas obras encontram-se, sobretudo, pinturas bíblicas à moda da pintura de gênero, tendo sido considerado o criador de tal estilo.

A composição intitulada Hero e Leandro é uma obra refinada e intensa do artista, tida como pertencente ao seu período inicial em Veneza, onde também morreu prematuramente. Ele representa o mito grego que narra a história de amor entre Hero e Leandro (Musaeus, séc. VI, a.D) que se tornara muito conhecida no século XVII.

Hero era uma jovem sacerdotisa de Afrodite (Vênus) – deusa da beleza e do amor – que vivia numa torre nas margens do Helesponto (atual estreito de Dardanelos). Leandro, um jovem de uma cidade vizinha, apaixonou-se por ela. Para encontrar-se com sua amada, ele atravessava o estreito a nado, todas as noites, guiado pela tocha de luz que ela acendia do alto de sua torre.

A cena mostra o momento em que o corpo de Leandro é encontrado pelas naiades (ninfas dos rios e das fontes) desesperadas. Durante sua última travessia, o jovem foi surpreendido por uma tempestade desencadeada pelo deus Netuno e que, segundo a lenda, havia apagado a tocha da sacerdotisa, deixando o jovem perdido no mar. À esquerda, Netuno é visto acompanhado de seu séquito de tritões, retirando-se em sua concha, com seu manto esvoaçando ao vento.

Hero, depois de esperar muito tempo pelo seu amado, vê na manhã seguinte seu corpo sem vida boiando nas águas. Ela se atira da torre em grande desespero, como é vista à direita, com sua túnica vermelha, despencando em direção às rochas, juntando-se a ele na morte.

O artista, após travar contato com o colorido veneziano, quando agregou à sua arte a técnica dos tons complementares, trabalhou maravilhosamente a paisagem desta obra, de modo que a madrugada, surgindo sobre o mar, agora mais calmo, é a principal personagem. Ele também conseguiu aprender a arte da pintura atmosférica que tanto admirava nos trabalhos de Peter Paul Rubens

Ficha técnica
Ano: 1622-1623
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 42 x 96 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann

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