A esperança é a palavra-chave que impulsiona o ser humano. É a mola mestra de sua vida. O muro de arrimo que o sustenta diante das tragédias do cotidiano. Quem vive sem esperança já está morto para o mundo e para si, aguardando apenas o exalar do último suspiro.
A falta de esperança, ou melhor, a privação dessa, remete-me ao sistema de castas indiano, em que a vida da pessoa é predeterminada pelo seu nascimento. Na Índia, as pessoas não levam a sério as leis, exceto as que regem o casteísmo (ainda que proibido pela constituição do país), que são cumpridas ao pé da letra da tradição. Enquanto a religião cristã apregoa que todos os homens são iguais, o hinduísmo proclama que eles são desiguais, ou seja, uns são melhores do que outros, sendo os de castas inferiores obrigados a servir aqueles de castas superiores.
Relembrando o passado de nosso país, deparamo-nos com os coronéis sem divisa, senhores de tudo e de todos. Mas com o avançar dos tempos, e à medida que o nosso povo foi se tornando mais ciente de seus direitos, tal aberração caiu por terra, embora ainda se encontre tais anomalias nos lugares mais pobres do país, onde a população é mais dependente e tem menos estudo. E, por incrível que possa parecer, os coronéis ali são, na sua grande maioria, políticos, aqueles mesmos que deveriam zelar por manter a justiça e a igualdade entre os brasileiros.
Voltando à pirâmide casteísta indiana, parece coisa extraterrena que parte de um mesmo povo possa ser “invisível”, ainda que multidões espalhem-se pelas vias públicas, abarrotando calçadas, estações de trem e portas de templos, muitas vezes fazendo ali mesmo suas próprias necessidades fisiológicas. Já que os olhos estão cegos, não daria para sentir, pelo menos, o fedor advindo da cegueira e da indiferença? Refiro-me, principalmente, à situação dos dalits (intocáveis).
Considero um milagre o fato de a Índia estar despertando como uma potência econômica. Onde o país está jogando a “poeira” levantada pelos pés de Brahma, ou seja, os dalits, é uma indagação que faço? O simples ato de nascer naquele país pode representar o “Abre-te, Sésamo!” ou o “Fecha-te Sésamo!”, não importando o que aconteça ao longo da vida do indivíduo. Sua sorte está selada para sempre. Daí as excentricidades encontradas: podem ser vistos brâmanes (casta que fica no topo da pirâmide) pedreiros e faxineiros, assim como dalits que são advogados, professores, etc. Mas não se iluda o leitor, tais exemplos ainda fazem parte das exceções.
Apesar do tempo, as castas continuam firmes como a Muralha da China, portanto, senhorita donzela brasileira, não se apaixone antes de conhecer a casta do indivíduo de seus encantos, pois são exatamente os casamentos arranjados que perpetuam e fortalecem a pirâmide casteísta. Firanghi, pense mil vezes antes de entregar seu coração a um indiano, pois a “mami” e o “baldi” já escolheram a futura nora, levando em conta o sobrenome e a lugar de nascimento da moça. E, se ainda duvida, dê uma olhada nos classificados dos jornais do país, na parte de anúncios matrimoniais, que são divididos em castas e subcastas. Caso contrário, você é uma ulu.
Nota: imagem copiada de fotos.noticias.bol.uol.com.br
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Lu
Essas brasileiras que aceitam namorar indianos, mesmo sabendo dos costumes daquele país, parecem não terem um pingo de racionalidade. Se a vida para as mulheres de lá é difícil, imagine para as estrangeiras. Vão comer o pão que o diabo amassou.
Beijos
Nel
Nel
Elas estão atirando no escuro.
Nem fazem ideia do que as esperam por lá.
Isso quando não dão dinheiro para os caras e eles desaparecem para sempre,.
Abraços,
Lu
Lu Dias
Castas = vergonha mundial.
E ainda criticam os muçulmanos.
Mário Mendonça
Mário
Tanto o hinduísmo quanto o islamismo são radicais.
O primeiro, com as castas tidas como inferiores, e o segundo, com as mulheres.
Trocando em miúdos, nas duas religiões impera o desrespeito para com os seres humanos.
Abraços,
Lu