Eu fiz um tipo de Paris, estudei em Paris, pondo na execução um pouco do que encontrei na pintura de Velázquez. Eu não entendo vocês. Talvez eu fosse mais compreendido se fizesse um tipo espanhol. (Manet)
Segundo Proust, a afirmação acima foi o modo como Manet desabafou, depois que seu quadro, O Bebedor de Absinto, que apresenta na composição um belo jogo de sombras, não foi aceito pelo júri do Salão de Paris, em 1859. Com esta obra, o pintor tentava fazer sua estreia no fechado Salão. Somente o pintor Delacroix, que fazia parte do júri, foi voz discordante, ao compreender os valores da pintura.
Colardet, colhedor de retalhos, foi o modelo usado na composição. Ele foi envolvido por um manto escuro, trazendo na cabeça uma cartola, cuja sombra advinda da aba tapa-lhe os olhos. Ao lado direito do homem, relativamente jovem, um copo de vidro mostra um líquido esverdeado – o absinto. No chão, uma garrafa jaz esvaziada.
O absinto, bebida muito comum à época, parecia ser tema constante na obra dos pintores franceses. Já vimos a tela de Degas, pintura com o mesmo tema.
Ficha técnica:
Ano: 1858/1859
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 180, 5 x 105,6 cm
Localização: Ny Calrsberg Glyptotck, Copenhague, Dinamarca
Fontes de pesquisa
Manet/ Abril Coleções
História da arte/ E.H. Gombrich
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