Mestres da Pintura – JEAN-BAPTISTE-SIMÉON-CHARDIN

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Autoria de Lu Dias Carvalho

chardin

A magia de seu trabalho é difícil de compreender-se. Usa espessas camadas de cores, uma sobre as outras, com o efeito final filtrando do interior. Alguma vezes parece que uma nuvem de vapor foi soprada através da tela, outras como se espuma de luz tivesse sido arremessada contra ela… Se se olha de perto, tudo se torna confuso, comprime-se, desaparece; quando se afasta, as formas reaparecem e vervivem. (Diderot)

Quem disse que se pinta com cores? As cores são utilizadas, mas as pinturas são feitas com emoções. (Chardin)

O francês Jean-Baptiste-Siméon Chardin (1699-1799) é tido como um dos mais importantes pintores de naturezas-mortas da arte europeia, sendo suas obras muito estudadas pelos artistas do gênero, posteriores a ele. As suas naturezas-mortas, assim como sua pintura de gênero, são elementos importantes da arte francesa. Sobre o pintor, assim escreveram os Goncourt, dois irmãos franceses: “Ele limita a sua pintura ao mundo humilde ao qual pertence, e ao qual pertencem seus hábitos, seus pensamentos, suas afeições […] adere à ilustração e à representação das cenas que tocam e o comovem…”

Chardin nasceu em Paris. Era filho de um marceneiro que o enviou para ter aulas Nöel-Nicolas Coypel, responsável por sua formação como pintor. Ao restaurar os afrescos de Rosso e Primaticcio em Fontainbleau, com Van Loo, adquiriu uma vasta experiência. Chardin  casou-se, mas sua esposa e filha morreram dentro de um período de dois anos de distância  uma da outra. Seu filho, também pintor, afogou-se em Veneza anos mais tarde, enchendo sua vida de eventos tristes. Foi aceito, aos 29 anos de idade, como pintor-mestre pela corporação de pintores da Academia de São Lucas.  Em 1728, foi para a Academia Real de Pintura e Escultura . Sua famosa tela “A Arraia”, ao ser exposta, fez com que ele fosse notado e reconhecido.  Em 1733, iniciou suas pinturas figurativas. Dois anos depois, passou a expor no Salão do Louvre.

O pintor francês limitava-se a pintar cenas plácidas, mas cheias de intensidade poética. Nelas tudo estava à vista, sem surpresas ou significados simbólicos. Ele era influenciado, sobretudo, pela natureza. Ao pintar, Chardin abria mão da imaginação para retratar o motivo diante de si. Usava cores contidas, matizadas e a arrumação dos objetos na tela parecia casual, sem nenhum destaque para a iluminação. Suas pinceladas apenas davam vida ao comum e faziam com que o todo parecesse mais do que a soma das partes.

Era admirador de Rembrandt, David Teniers – o Jovem, Willem Kalf, Johannes Vermeer, Pierre-Jacques Cazes e Noël-Nicolas Coypel. Artistas que se inspiraram em Chardin: Gustave Coubert, Édouard Manet, Henri Fantin-Latour, Paul Cézanne, Henri Matisse, Giorgio Morandi, Lucian Freud, dentre muitos outros.

Chardin teve uma longa carreira, iniciada com a pintura de naturezas-mortas, vistas, naquela época, pela Academia Francesa, como uma categoria inferior da arte. Depois passou a pintar cenas do cotidiano, sempre retratando ambientes humildes. Sua pintura é tida como verdadeira, direta e honesta. Morreu aos 80 anos de idade depois de um longo período de enfermidade, mas ainda pintando.

Fontes de Pesquisa
Os pintores mais influentes do mundo/ Girassol
A história da arte/ E.H. Gombrich
Arte em detalhes/ Folha

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