Mit. – A VINGANÇA DA DEUSA LATONA

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Recontado por Lu Dias Carvalho

CS.12.3.4

Latona, a deusa da maternidade e protetora das crianças, foi também uma das amantes do fogoso deus Júpiter, esposo da ciumenta deusa Juno, que castigava quem mantivesse contato amoroso com o marido, enquanto o bonitão aprontava uma atrás da outra, sem ser castigado. E Latona, assim como Io e Calisto, foi uma das vítimas.

Ao descobrir que a rival carregava no ventre dois filhos de Júpiter, os gêmeos Apolo e Ártemis (Diana), a deusa Juno ficou abespinhadiça, como se não conhecesse o marido que tinha. Pediu à Gaia (Terra) que não lhe desse asilo em lugar algum, de modo que Latona não pudesse ter seus filhos e tampouco criá-los. A vítima só conseguiu abrigo na ilha flutuante de Ortígia, que depois teve o nome mudado para Delos. Tratava-se de uma esfera cercada por água. Foi ali que a infeliz Latona deu à luz os gêmeos. E foi dali que ela partiu para a Lícia, carregando seus dois tesouros nos braços.

Chegando, cansada e sedenta pela longa viagem até Lícia, Latona correu para uma lagoa de águas límpidas, para matar a sede que a devorava. Trabalhavam no local, várias pessoas, colhendo junco. E, para surpresa da deusa, ela foi impedida de beber água, ainda que essa fosse uma dádiva da natureza e por ela implorasse em nome de seus filhinhos. Como se instados pela vingança de Juno, os camponeses não permitiram que ela matasse sua sede. E fizeram mais, revolveram a lama do fundo da lagoa, para que a água ficasse suja. Diante de tamanha humilhação, a deusa Latona fez uso de seus poderes. Se não fosse por bem, que fosse por mal. Castigou os insensatos e grosseiros humanos.

A deusa rogou aos céus pedindo que aquelas pessoas desalmadas, nunca mais pudessem sair da lagoa. E seus rogos foram ouvidos. Todos foram transformados em sapos e rãs. Ainda que pudessem ficar por algum tempo fora da água, precisariam a ela retornar,

Nota: Latona com seus filhos Apolo e Ártemis (Diana), obra de William Henry Rinehart (1870)

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